Cinco perguntas para o economista Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo estará ao vivo conosco, na sexta 22/5 às 19h30, pelo Facebook da ABED – Associação Brasileira de Economistas pela Democracia.
O economista Gabriel Galípolo, é mestre em economia política e professor do Departamento de Economia da PUC de São Paulo. É presidente do Banco Fator e autor, em parceria com Luiz Gonzaga Belluzzo dos livros “Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo”, de 2017, e “A escassez na abundância capitalista”, de 2019.
Conversaremos sobre as seguintes questões:
O país não estava quebrado
1. Durante muito tempo falou-se que não tínhamos dinheiro para ajudar a economia brasileira a sair do atoleiro em que estamos desde 2015. Agora todos as diferentes escolas econômicas, tanto os conservadores quanto os progressistas, concordam que o governo precisa colocar dinheiro na economia para tentarmos evitar uma depressão ou diminuir o tamanho da queda na produção. O que aconteceu? Apareceu dinheiro de onde?
Emissão de dinheiro e dívida pública
2 Grande parte dos recursos que são injetados na economia, mesmo quando vão para as mãos das pessoas físicas, giram pela economia e acabam se tornando depósitos bancários. Outra parte fica girando em dinheiro vivo, mas é uma parte muito pequena, não é? Você pode explicar esse mecanismo e como o Banco Central acaba por pagar juros para essas reservas que se acumulam nos bancos?
A ‘zeragem’ das reservas bancárias e o regime de metas de inflação
3 Há uma interação entre o mecanismo que o Banco Central usa para ‘zerar’ o caixa dos bancos e o regime de metas de inflação. Mas são duas coisas diferentes, não são? Você pode explicar como isso funciona e dar sua opinião sobre o regime de metas de inflação e o mecanismo de sempre pagar taxa Selic pelas reservas bancárias?
O mercado futuro e a incerteza
4 Você poderia falar um pouquinho o que é mercado futuro e explicar como o preço do petróleo pode ficar negativo em um mercado futuro? Como o mercado financeiro está operando diante de tamanha incerteza?
Mudança na condução das políticas econômicas
5 Muitas pessoas têm lembrado do período entre os anos 1950 e 1970 em que a maioria dos economistas e os gestores de políticas públicas aceitavam a intervenção do Estado na economia. E foi um período de crescimento e aumento da participação dos trabalhadores na renda dos países. Daí, entre final dos anos 19970 e início dos anos 1980 tudo mudou. A maioria achava que tudo deveria ir para mãos privadas e que o governo faria muito se não atrapalhasse. A desigualdade aumentou, o crescimento foi menor e a pandemia mostrou que muitas coisa falham ao se deixar exclusivamente nas mão do mercado, como a falta de respiradores e mesmo a decisão de investir em desenvolvimento de vacinas antes da pandemia. Como você vê o efeito que a pandemia terá sobre a opinião geral? Vai haver uma nova mudança de paradigma?
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