A minha contribuição para previsões dos próximos anos, por Rogério Maestri

A minha contribuição para previsões dos próximos anos, uma futurologia muito arriscada

por Rogério Maestri

Prever o que pode acontecer num mundo que sacode de um lado para o outro, uma América Latina que treme ainda com intensidade ainda maior e sobrepondo a isto toda a turbulência que ocorre no Brasil é quase algo tipo Mãe Dinah, ou seja, mais especulação do que previsão.

Porém como nunca fui de correr de desafios vou imaginar o futuro de 2020 que, desta imaginação, podemos considerar algo totalmente incerto. Mas coragem, vamos lá com uma análise futurológica.

O atual governo, com todas as bizarrices que faz e o pior para ele, com todas as incertezas que ele gera na economia tem grande chance de não chegar o atual ocupante do cargo de presidente da república no mandato até o fim do ano, porém esta perspectiva no momento por dar os ares de um golpe palaciano e não de algo que saia das massas, pode criar um cenário ainda pior do que podemos avaliar nos dias de hoje.

Se o governo com esta atual composição chegar até o fim do ano de 2020 ele chegará um governo altamente débil, sem a mínima base popular e política, ou seja, se transformar num governo refém do congresso nacional que só deixará que as besteiras que o chefe do governo venham a enriquecer o anedotário político nacional.

Dentro desta primeira possibilidade, a manutenção do presidente no cargo, o que pode acontecer na política e economia internacional será um fortíssimo fator de instabilização de todo o sistema, ou seja, se a hipótese das forças que atualmente mandam no país, ou seja, o congresso com apoio das forças armadas, correm o risco de mantido o governo como ele está, em 2020 ou nos dois anos subsequentes, haver aí sim movimentos populares vigorosos e praticamente espontâneos com saques, tumultos e manifestações populares sem grande controle, levarão a uma situação em que não será o governo que será colocado em questão, mas sim o sistema como um todo.

A segunda alternativa, nada animadora, é que o atual governante por um ato do poder legislativo apoiado pelo poder judiciário e as forças armadas deporem o presidente. Num primeiro momento isto aparecerá como algo estabilizador de médio prazo, porém em termos de política econômica se trocará seis por meia dúzia, com um agravante, com o anos de 2020 ganho pelas forças conservadoras esse houver fatos políticos e econômicos notáveis no cenário internacional, a própria mobilização popular e com a perspectiva das eleições de 2022 as tendências mais a esquerda lançarão propostas bem mais radicais do as propostas dos dias atuais. Este tipo de discurso, inviabilizará a continuidade de uma política econômica neoliberal, que deverá ser continuada numa mudança simples do comando do executivo, não restando mais para o governo o que partir para um governo autoritário com base somente nas forças de repressão e com contribuições do grande capital nacional e internacional. Com esta guinada a extrema-direita o poder poderá ser mantido por alguns anos, eu diria até antes de 2030, para no fim cair no mesmo fim do que se pode prever caso o governo seja mantido assim como ele está.

Em resumo, a conjuntura internacional que comandará os próximos cinco a dez anos no Brasil, podendo só haver um real controle nacional depois disto.

Nada animador, espero com todo vigor que esteja errado.

Redação

Redação

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