BR 163 no centro da meta ou a economia política da circunstância, por André Araujo

A maior contribuição de Lord Keynes para o pensamento econômico foi expor a noção de que a regência da economia não se pode dar por receitas prontas e sim por ferramentas adaptadas às circunstancias. Acusado de inconsistente  é famosa a frase  de Keynes “When the events change, I change my mind, what do you do sir?

“”Quando os fatos mudam eu mudo meu pensar, o que o senhor faria ?”” disse ao interlocutor que o acusava de inconsistente. Keynes era um economista ortodoxo quando trabalhava no Tesouro inglês e já na assessoria da delegação britânica à Conferencia de Versalhes em 1919 mostrava seu gênio ao derivar para analises de circunstancias fora dos modelos-padrão dos economistas burocraticos. De sua observação na Conferencia escreveu seu primeiro clássico “

“As Consequencias Economicas da Paz” onde via muito mais longe que seus colegas convencionais que se limitavam ao papel simplista de punir a Alemanha e ponto.

Albert Hirschman, o grande economista do desenvolvimento do pós guerra, judeu alemão de formação cultural  francesa e que depois  seria um dos pais do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton tinha a mesma logica “ Sempre o mesmo remédio quando as doenças são diferentes, a mesma receita pare males distintos, os economistas precisam se ajustar `à realidade e não a realidade se ajustar a eles”.

No instituto de Princeton conviviam Albert Einstein, George Kennan e Albert Hirschman, entre muitos outros pensadores excepcionais de nossos tempos. Sua teoria do “possibilismo” era uma variante da economia politica das circunstancias de Keynes “Não há padrões, a economia deve dançar conforme a realidade , esta não deve se adaptar a uma formula pronta”.

F.Scott Fitzgerald tem uma frase para esse requisito da flexibilidade mental, raríssimo entre economistas em geral e impossível entre os “economistas de mercado”

“”O melhor teste para um cérebro de primeira ordem é poder trabalhar com duas ideias opostas ao mesmo tempo e ainda assim manter a capacidade de funcionar””

Hjalmar Schacht, outro dos grandes economistas do Seculo XX, formado em filosofia, um tanto demonizado pelos seus serviços à Hitler, foi o  artífice do fim da hiperinflação alemã de 1923, como Comissario da Moeda da Republica de Weimar e depois presidente do banco central alemão, o Reichsbank.  Sei plano conhecido universalmente como Plano Schacht, debelou em seis meses uma hiperinflação de 100.000% ao ano e o modelo foi exatamente repetido pelo Plano Real que é uma copia carbono do Plano Schacht, lembrando que o plano alemão foi a tese de doutorado do economista Gustavo Franco nos EUA,  todo o mecanismo alemão foi aqui reproduzido pelo Plano Real, incluindo a moeda de transição  URV.

O mesmo Hjalmar Schacht que zerou a inflação alemão criou dez anos depois o mais heterodoxo plano monetário para financiar o rearmamento alemão sob Hitler, que incluía uma moeda gráfica, os MARCOS DE COMPENSAÇÃO e um bônus rotativo para pagar os fabricantes de material bélico, os MEFO BONDS,  ferramentas que os economistas de manual de hoje achariam uma trapaça completa na visão ortodoxa.  Para combater o desemprego que estava em 40% na Alemanha quando Hitler chegou ao poder, Schahct conseguiu financiar com divida publica não só o rearmamento mas também a implantação de uma rede de super estradas, as AUTOBAHNS e grandes projetos de construção civil que em DOIS ANOS acabaram com o desemprego na Alemanha, nesse sentido Schacht foi mais bem sucedido do que Roosevelt nos EUA, que levou muito mais tempo para terminar com a recessão.

Os MARCOS DE COMPENSAÇÃO foram um instrumento tão engenhoso e eficiente que os estatutos do FMI proíbem EXPRESSAMENTE  o uso dssse tipo de instrumento porque ele desafia o controle centralizado da moeda mundial pelo Federal Reserve americano e pelos organismos de Bretton Woods.

Essa é a grande questão dentro da qual se vê o modelo de METAS DE INFLAÇÃO, um remédio fixo para situações mutáveis que necessitam de FLEXIBILIDADE MONETARIA para terem seus problemas enfrentados com o uso de todas as ferramentas que um Estado dispõe.

Ficar amarrado a um grilhão fixo como as METAS DE INFLAÇÃO em um mundo em constante e cada vez mais rápida mutação geopolítica que se reflexa na reorganização permanente dos fluxos monetários e comerciais é optar pela prisão quando se pode ser livre.

Um Estado não pode operar dentro de camisas de força monetárias como METAS DE INFLAÇÃO. Um mecanismo que faz da estabilidade monetária o único eixo da politica econômica, quando esta deve ser compatível também com a prosperidade e o pleno emprego, como é aliás o mandato estatutário do Sistema de Reserva Federal americano. Fazer toda a politica  econômica girar apenas em função de meta de inflação é um objetivo muito pobre, medíocre, não exige muito trabalho e nem esforço mental, é tarefa de um banco central preguiçoso, improdutivo e descompromissado de obrigações  para toda a população.

E agora uma derivação das METAS , o ORÇAMENTO com teto regido pela inflação, outra anomalia que vai na contramão da flexibilidade de uma politica monetária que tem que atender mais do que um objetivo apenas, a politica econômica é um conjunto de objetivos.

O modelo de METAS atende hoje exclusivamente aos interesses do mercado financeiro às custas da  economia produtiva, aquela que dá os empregos e o abasteciemento.

A recessão brasileira, HOJE JÁ DEPRESSÃO, só acabará com LARGA EXPANSÃO MONETARIA, o que exige o fim do regime de METAS DE INFLAÇÃO,  um aprisionamento incompatível com as circunstancias atuais da economia brasileira que requer o uso de instrumentos monetários  e cambiais pro-crescimento, prioridade maior que uma mera estatística de inflação.

A depressão só acabará com GRANDE INVESTIMENTO PUBLICO que só pode ser pago com emissão de moeda. Pelo nível de ociosidade do aparelho produtivo do Pais e da imensa massa de desempregados, uma injeção de DOIS TRILHÕES DE REAIS na economia poderá causar alguma inflação  perfeitamente administrável.. É um preço barato a pagar para o pais voltar a andar.  A moeda é um instrumento da prosperidade, não é um fim em si mesmo, não é um totem ou um fetiche, a moeda serve para as pessoas viverem de forma razoável, uma moeda estável que não está no bolso da população de nada adianta, é a paz do cemitério.

O CUSTO DA ESTAGNAÇÃO é infinitamente maior do que  dois trilhões de reais a injetar na economia. Cada dia com fabricas paradas e mão de obra ociosa de milhões de homens aptos a trabalhar CUSTA MUITO MAIS EM TERMOS DE PERDA ECONOMICA REAL do que qualquer risco de inflação, perfeitamente suportável no curto prazo, até sair da estagnação.

Se a inflação sair do controle é muito mais fácil traze-la de volta à estabilidade do que suportar por mais uma década a ESTAGNAÇÃO atual. Um novo plano alemão acaba com a inflação em seis meses e pode ser executado em clima de economia funcionando e baixo desemprego.

A massa de desempregados por uma década VAI DESTRUIR O TECIDO SOCIAL DO PAIS por uma geração. Não são só os 13 milhõs de desempregados, são mais 20 milhões de jovens em idade de procurar o primeiro emprego e que não o encontrarão em um ambiente de estagnação. Um caldo de cultura semelhante produziu o nazismo na Aleamanha e pode colocar abaixo governos e sistemas políticos em grandes países.

Medidas paliativas modestas sequer fazem cocegas no desemprego , produzem micro ou nenhum efeito, liberação de FGTS, concessões e privatizações, nada disso  terá qualquer impacto na escala do atual nível de desemprego e de estagnação da atividade econômica.

Enquanto isso o Pais sofre com uma ABSURDA CARENCIA DE INVESTIMENTO PUBLICO, tendo todos os meios físicos para realizar grandes obras, temos fabricas de cimento trabalhando com 70% de ociosidade, usinas de asfalto, portos de areia, pedreiras, fabricas de tubos, temos todo o CAPITAL FISICO para um grande plano de obras, falta apenas a POLITICA ECONOMICA para por em funcionamento um grande plano de infraestrutura,  NÃO FALTAM MEIOS FISICOS.

A tragédias de milhares de caminhões atolados na rodovia BR-163 e em outras rodovias amazônica, demonstra o absurdo da PERDA REAL DE VALOR na economia brasileira, por falta de investimento físico para o qual o Pais dispõe de amplos meios de realizar. Temos um imenso parque de maquinas para construção rodoviária e todo o material necessário para consolidar uma essencial rede de rodovias federais, sem as quais a produção não sai do lugar.

E porque não se faz ? Porque se fizer pode afetar o atingimento das METAS DE INFLAÇÃO.

No momento em que o Pais afunda no lodaçal das rodovias, uma equipe econômica de anões se congratula porque a inflação atingiu o CENTRO DA META, ao fundo o Brasil se desintegra.

 

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

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  • André, não sei se você leu um

    André, não sei se você leu um artigo do Rui Castro na folha do dia 10 de março (Idade de Dançar). Pra mim ele falou besteira sobre a depressão americana, falando que o presidente Hoover torrou orçamento, deu subsídios e sustentou milhões de pessoas com dinheiro de vento. E é claro que ele não menciona que a economia só não piorou porque o Roosevelt jogou dinheiro a rodo, faltando jogar da janela para os mais pobres ( e por isso foi acusado de querer transformar os EUA em um país comunista ).  Não sei se seria pedir muito você fazer uma análise deste certo e mostrar como colunistas se põe a falar de coisas que eles não tem a mínima ideia - como o próprio Ruy quando triou um sarro da Dilma sobre a questão da nuvem de dados e o Nassif mostrou a bobagem do Ruy - ainda mais de um jornalista que confessadamente não gosta e portanto quase não entende de tecnologia.

     

     

    • Hoover tentou combater a

      Hoover tentou combater a crise de 1929 com medidas tópicas, algo muito parecido com as que hoje a equipe economica

      apresenta, mas Hoover não compreendeu a DIMENSÃO DA CRISE, que não poderia ser enfrentada com meia duzia de obras

      e algumas providencias paliativas. Como a recessão virou depressão, Hoover foi derrotado nas eleições de 1933 por Roosevelt

      que tinha entendido que a agora Depressão só se resolveria jogando macro dinheiro na economia e foi o que ele fez.

      Hoje existe um quadro parecido, uma equipe economica mediocre quer combater a recessão com coisinhas que nem sequer arranham o desemprego e a estagnação, algo como o saque do FGTS,  um evento micro-economico com impacto minusculo.

      • FGTS na mídia

        O quadro é muito grave, mas não é divulgado. Por outro lado o assunto FGTS é noticia há quanto tempo? Ocupa o centro das atenções, diariamente, várias semanas. Ao ponto de iludir até pessoas que se esperava ter um pouco de discernimento, mas que chegam a ir ao banco "ver se tem alguma coisa". Que dizer dos mais pobres e mais desinformados?

        E tome "reportagens" sobre o "primeiro dia de saques" e analistas de bancos embromando os ouvintes. Sim, a maioria é levada pela orelha...

  • André, ouvindo rádio, teve um

    André, ouvindo rádio, teve um dia que ouvi, na cbn, que teve uma deflação em um dos itens analisados. Depois fiquei procurando e não ouvi mais essa informação. Deflação na economia é o mesmo que hipotermia para uma pessoa = sinal de que ela pode entrar em óbito. Claro que pras Mirians e Sanderbergs isso  é ótimo, significa que a febre foi debelada - só que não explicam que é uma febre debelada pondo o paciente dentro de um freezer (rs). 

    Só uma observação = você diz que Schacht foi mais bem sucedido que o Roosevelt. Mas aí entra o ambiente político = esse economista estava num governo em que UM mandava e ponto - Hitler -, enquanto Roosevelt era um país em que o congresso tem até hoje muita força e ainda tinha a suprema corte, que também não era favorável aos planos de Roosevelt. 

     

    • Voce tem razão quanto ao pode

      Voce tem razão quanto ao pode pessoal maior de Hitler e menor de Roosevelt mas em contrapartida não há comparação entre

      aos recursos da economia americana muito maiores do que os da economia alemã. Os EUA eram autosuficientes em petroleo e alimentos, bem como de minerio de ferro, cobre e outros minerios,  enquanto a Alemanha dependia de importação de materias primas e alimentos.

  • Atavismo udenista

    Logo o Rui Casttro, aquele que jamais seria capaz de traduzir Big Crash ou Wall Strret....

  • A Alemanha estava na fossa até 23 de março de 1933.

    A primeira medida foi fechar o congresso. Aquilo era um antro de corrupção, ineficiência e outras

    coisas que não ouso citar aquí. Por falar nisso, vamos ou não ver a lista das 140 cadelinhas do congresso

     "supostaqmente" compradas pelos "supostos" corruptos golpistas?

    Outra medida foi faxinar o tal qual empesteado sistema judiciário vigente na época ( 05/12/1933). Foi criado

    o um tanto mais decente "Volksgerichthoff" que promoveu um ajuste de contas com os traidores da Alemanha.

    Foi feita uma limpeza interna dentro do partido, eliminando aquela escumalha do Ernst Röhm, na "noite das longas

     facas". Nossos sindicatos e partidos de falsa bandeira de esquerda estão precisados.

    O governo do cara escolheu colaboradores mais capacitados, sem olhar a etnia ou posição filosófica,

    como por exemplo, o Hjalmar Schacht.

    A Alemanha viveu pleno emprego, segurança, sem inflação. Muitos alemães que sairam de lá fugindo

    da miséria, voltaram para lá, saindo do Brasil, da Argentina por exemplo. Depois essa gente se

    desgraçou, pois a partir de 1939 a guerra inevitável trouxe suas consequências.

    O paralelo e as semelhanças da situação Alemanha com o Brasil atual não é mera coincidência.

    O Brasil por enquanto está longe de vivenciar o caos de um país que perdeu guerras. Também

    ainda não houve ainda um grupo ou pensador que fizesse um diagnóstico mais correto do que

    está ocorrendo. Estamos como baratas tontas, com a dose excessiva da manipulação midiática.

    Lemos ótimos textos como este do AA, com uma riqueza de minúcias descritivas e que não

    levam ao ponto principal. Ninguém passa do meio da montanha (nem eu) e se atreve a dar o

    nome aos bois, dizendo qual o grupo que está dando as cartas no mundo.

    Sugiro que olhemos com atenção, para verificar quem e o que são, realmente, esses sabotadores

    do sonho tão lindo  de um Brasil mais justo e humano que vai se esvaindo.

     

     

     

     

    • Após 23-03-1933, a Alemanha se tornou a própria fossa

      A Alemanha estava na fossa até 23 de março de 1933. Após essa data, a Alemanha se transformou na própria fossa. Não fossem as Forças Armadas Soviéticas fossa nazista não teria tido fim, ao contrário, ela teria fossilizado o mundo inteiro.

  • O mal que atormenta o país: ideologização excessiva de tudo

    As discussões sobre temas econômicos em redes sociais permitem algumas conclusões sobre a psique hodierna.

    No Brasil, discutimos temas econômicos de forma muito sofisticada, em muitas vezes beirando excessos de academicismo pedante. Não vejo cologas europeus, americanos e japoneses, a maioria com alta formação, discutindo e debatendo temas, na qual são considerados mestres, de forma tão intensa. Ponto altamente positivo para nós, colocarmos, no cotidiano do dia-dia, discussões de temas tão sofisticadas

    O problema é que ideologizamos o nosso pensamento. Isso é o problema: IDEOLOGIZAÇÃO, TOMADA DE POSIÇÃO, INFLEXIBILIDADE. Trata-se de um comportamento tosco, na medida em que tira a realidade dos fatos, acarretando em conclusões extrapolante do tipo botar um hipopótamo dentro de um Fiat 147 e obrigá-lo a dirigir.  Aa ideologização e a tomada de posição irredutível é o grande mal, aliado ao ímpeto de vaidade pessoal, no manejo da política econômica do país atualmente.

  • A tragédia neoliberal

    Uma das múltiplas coisas que me incomoda nestes toscos economistas neoliberais é que, quando não se fazem os investimentos necessários, a inflação inercial da economia aumenta, coisa absolutamente desconsiderada por eles.

    Ora, se eu não faço um investimento em uma rodovia ou uma ferrovia, o custo de transporte se eleva, tenho maiores gastos de manutenção nos veículos, a quantidade de acidentes aumenta, a quantidade de mortes e inválidos aumenta (afora a tragédia social, é a própria viúva quem tem que arcar com todos estes custos).

    Isto retira drasticamente competitividade do país e ainda é inflação inercial na veia, eu deixo de fazer o investimento necessário em nome de superávits ou metas de inflação e lego não só mais inflação inercial por anos, como oblitero sua competitividade e seu desenvolvimento.

    Neoliberais entendem de bancos, securitizações, especulação e afins, a economia real é a última coisa que os interessa. Aliás, só interessa na medida em que se canalize todos os recursos de quem trabaha e produz para o mercado financeiro (mesmo que, em última instância, se mate a galinha dos ovos de ouro, como é o caso que fizeram desde que Joaquim Levy e seus sucessores assumiram o comando do ministério da fazenda).

  • Com sua devida vênia,e
    Com sua devida vênia,e esperando contar com o apoio macico dos cadastrados que aqui aportam diuturnamente,Sol a Sol,o nome do senhor para figurar na lista dos candidatos ao Prêmio Nobel.Estou em seríssimas dificuldades em escolher qual categoria vosmece deve disputar,tal a quantidade de assuntos que aborda,com a maestria que lhe é peculiar.Eu me inclino pela categoria aérea,não sei ainda a opinião das senhoras e dos senhores cadastrados.

    • Confesso não ter entendido a ironia

      Mas quem sabe então uma nova. Tenho certeza que, pela originalidade de teu alter ego, vais saber nominar.

  • Faz um tempo que os artigos
    Faz um tempo que os artigos do meu xará estão sem a barra com os links para publicar em outras mídias como whatsapp, entre outros.

  • EXCELENTE ARTIGO!
    A

    EXCELENTE ARTIGO!

    A estabilidade monetária não é um fim em si mesmo. "Política econômica" é como um estoque de medicamentos na prateleira de uma drogaria, à disposição dos clientes. Todas são úteis para curar enfermidades, de acordo com as receitas formuladas pelos médicos, fundados em exames e diagnósticos feitos com enfermos específicos. Só que umas servem para um tipo de doença, outras para males diversos. O que não se pode é aplicar em um doente de tuberculose remédios próprios para cardiopatas...É isto que os economistas do mercado não entendem, eles tem as mesmas ferramentas monetárias como panacéias para todo tipo de enfermo e enfermidade, em qualquer circunstância e contexto.Pudera, eles em geral são apenas financistas, enquanto a Ciência Econômica é muito mais rica, e é sobretudo política... 

     

  • O André trouxe informações

    O André trouxe informações históricas relevantes. Existem ferramentas econômicas excelentes para cada circunstância, mas a aplicação delas é uma questão 100% política. No caso presente, os patrões dos economistas são os banqueiros golpistas, então , como 2 + 2 = 4 , as ferramentas usadas são aquelas que beneficiam os bancos. 20 milhões de desempregados e milhares de empresas à beira da falência entram na equação desses economistas, no máximo, como "oportunidade de ganhos marginais"   

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