Demagogia vagabunda: Dallagnol não dá um pio sobre Tacla Durán, mas bate no indulto, por Kiko Nogueira

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Kiko Nogueira
 
No Diário do Centro do Mundo
 
Golbery do Couto e Silva, general articulador do golpe de 1964, se referia com arrependimento ao Serviço Nacional de Informações, o SNI, que idealizou e comandou: “Criei um monstro”.
 
O golpe, o antipetismo e a louvação insensata à Lava Jato criaram outros monstrengos no Ministério Público Federal.
 
Por mais indigente e desprezível que seja Michel Temer, não faz sentido procuradores passarem a mão na bunda do presidente da República de maneira tão descarada.
 
Para variar, Carlos Fernando dos Santos Lima e Deltan Dallagnol, da Lava Jato, são os responsáveis pelo show de molecagem, demagogia e desrespeito.
 
Lima passou os últimos dois dias no Facebook criticando o indulto de Natal de Temer, “uma afronta à (sic) todos que lutam por um país melhor. Milhares de criminosos na rua”.
 
“Dupla dinâmica. O que Gilmar faz com as prisões preventivas, Temer faz com as prisões definitivas”, escreveu. “O Governo Temer joga a segurança pública e o combate à corrupção no lixo”.
 
Dallagnol, mini me de Lima, foi mais longe, afirmando que Temer “resolve o problema do corrupto. Em um quinto da pena, está perdoado. Melhor do que qualquer acordo da Lava Jato!!! Liquidação!!”
 
“Opa, tem um réu querendo colaborar com a Justiça? Bom, considerando que ele tem um desconto de 80% de pena do indulto e o risco de ser solto e o processo demorar décadas, de o caso prescrever ou ser anulado, será que o réu aceita colaborar se dermos um desconto de 97% da pena?”, questiona.
 
Finaliza histérico: “Se Marcelo Odebrecht tivesse visto esse indulto de Natal do presidente Temer, não teria feito acordo! Perdão de quatro quintos da pena! Continua aberta a temporada da corrupção. Fraudem licitações. Desviem da saúde, educação e segurança! Venham, roubem, levem embora!! Essa é a mensagem”.
 
DD não fala nada sobre Tacla Durán, Zucolotto ou do papel da Globo no escândalo da Fifa. Já Michel Temer, que ele ajudou a colocar naquele lugar, é alvo fácil para o valente irmão em Cristo.
 
O comandante do Exército Eduardo Villas Bôas retirou o general Mourão do posto de secretário de Economia e Finanças da instituição depois que ele se manifestou sobre intervenção militar pela segunda vez em dois meses.
 
A PGR, no entanto, é a casa da Mãe Joana. Raquel Dodge — e antes dela Rodrigo Janot — deixa funcionários públicos livres para barbarizar e fazer o que quiserem. Talvez porque tenham o rabo preso. Nenhuma democracia séria sobrevive a isso — mas quem disse que somos uma coisa ou outra?
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. POIS É, SEU BOSTA!

    Pois é seu bosta, evangélico hipócrita dos cornos, se o Temer faz o quer, foram vocês que ajudaram a colocá-lo lá desde quando ajudaram a derrubar a Dilma……mas se você tivesse vergonha na cara dava alguma explicação convincente sobre a questão das denuncias do Tacla Duran, pelo menos pra tentar livrar a cara do verme Moro e seu amiguinho Zucoloto.   Explique aí. seu merda, quanto de grana sai nas negociações das delações premiadas, o olha aí a vergonha que o estrume Moro fez perdoando o reincidente Alberto Youssef……e você, Deltan Dalagnol tem coragem de ficar bravinho…..ora, vá à p.,q.p., afinaL, QUANTO DE”INDULTO VOCÊS DERAM PARA OS DEDOS DUROS QUE DELATARAM COM MUITA GRANA ENVOLVIDA E AGORA ESTÃO EM SUAS MANSÕES CUMPRINDO PENA DOMICILIAR…….SEU MERDA, MOLEQUE MALDITO.

  2. Raquel Dodge precisa impor novas regras…

    porque as que estes caras estão usando são das antigas, da época em que eram colocadas a serviço da arbitrariedade sem qualquer limite………………..

    por mais graves que sejam os fatos, os que investigam, processam e até os que julgam por livre convencimento, continuam com o dever de respeitar os estritos limites da Constituição

    apesar de não declararem abertamente, quando apelam para o “podemos tudo” estão a nos mostrar que consideram a Constituição como sendo um enorme obstáculo para eles

    e Raquel Dodge precisa se impor, deixar claro que é mesmo um enorme obstáculo e que exatamente por isso eles devem parar de fazer o que estão fazendo, não só internamente, entre eles, mas também nas participações públicas, porque segundo a Constituição o poder público tem limites que devem ser respeitados principalmente em público

  3. É querer fazer a gente e o

    É querer fazer a gente e o povo brasileiro de besta!

    Será que ele não sabia quem era o aécio?

    Quem era o Temer?

    Quem era Eduardo cunha?

    Nem o que a globo fazia?

    O judiciário torceu por eles!

    Foi o Jucá quem disse, “Com STF e Tudo!”!

    Vibraram com cada vitória!

    Quando pintaram as caras, foram ao Facebook, foram as passeatas para derrubar a Dilma, todos esses a quem eles chamam de corruptos já viviam disto!

    Eles não se tornaram corruptos em 2016 não…

    Não vou dizer que eles nasceram corruptos, por que ai já é demais, mas que tem muito tempo que eles estão na vida da maracutaia, isso eles estão!

    E tem muitos outros, gente com grana que vem ai para ferrar o povo!

    Vocês são parte disso, e põe culpa nisso!

  4. A história um dia vai contar

    A história um dia vai contar todas as verdades, que mentiu, quem falou a verdade, qem tava certo, quem tava errado… Afinal, eu acredito nas palavras de Jesus: “Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado.” 

     

  5. Esses dois são caso de
    Esses dois são caso de demissão a bem do serviço público, no mínimo.
    Eu pessoalmente optaria pela solução usada pelos revolucionários franceses, funcionou bem lá e salvou a revolução.

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