Na sequência de seu livro O voo de minerva: a construção da política, do igualitarismo e da democracia no Ocidente Antigo, Antonio Carlos Mazzeo traz aos leitores uma profunda sondagem teórico-histórica das questões mais importantes levantadas pela sociedade contemporânea acerca da democracia, do igualitarismo e do poder. Em Os portões do Éden: igualitarismo, política e Estado nas origens do pensamento moderno, o autor radica sua pesquisa histórico-filosófica nas origens helenísticas do igualitarismo e das formas políticas de resolução das necessidades organizativas das sociedades.
O corte filosófico encetado pela passagem da questão do “que fazer?” platônico para a questão de “como viver?” aristotélico dá início a um longo processo, contínuo-descontínuo, de construção de cosmologias que se adequem às diferentes formas sociometabólicas e histórico-particulares ocidentais até a modernidade.
O Renascimento e a apropriação peculiar da herança helênica do igualitarismo proporcionam uma imersão em autores que sintetizam a transformação civilizatória da nova era na “entificação” de uma nova cosmovisão da condição humana. Laicizar o divino e o estabelecimento do livre-arbítrio permitiram à humanidade historicisar o conhecimento na transformação dialética do ser humano e da consciência possível.
Nessa particular transformação que emerge do Renascimento, a forma sociometabólica do capital impulsionada pela burguesia traz consigo a superação do ideal clássico grego fundado na pólis e a ascensão do ideal burguês do homem egoísta, surgindo assim, a forma inacabada da individualidade ainda segmentada pela sociedade de classes.
O encerramento do livro com a primorosa contribuição de Maquiavel permite compreender em plenitude a construção ideo-política da forma societal burguesa em emergência.
A práxis política, o papel do Estado e o significado do igualitarismo no século XXI requerem a imersão na produção teórico-filosófica proposta por Mazzeo ao abrir os portões do Éden aos leitores.
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"A situação econômica é trágica e a situação fiscal é explosiva, num cenário internacional de guerra comercial."
Alternância de poder sem efetuar, promover, realizar AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA https://www.youtube.com/watch?v=liu_ajS1htU é pura continuidade do servilismo correspondente ao nosso IDH Educacional https://en.wikipedia.org/wiki/Education_Index que mesmo que suba dez posições não chega ao da Venezuela.
Infelizmente,mente a situação é caótica, é qualquer solução, implica na saída de quem no poder. Agora começamos a ter a prova do golpe que começou em 2014, os autores começam a beber do próprio veneno. Outros nomes irão aparecer e a população irá ficar estupefata aos nomes.