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Ministério da Saúde estuda inserção de ozônio no ânus como tratamento para Coronavírus
por Maitê Ferreira
Na última segunda-feira 03/08 o Ministro militar da Saúde Eduardo Pazzuelo participou de uma reunião com pauta no mínimo estranha: a pauta era discutir a eficácia de um suposto tratamento experimental para o Coronavírus que envolve o bombeamento de ozônio por via retal. Participaram da reunião, além do ministro, os deputados federais Giovani Cherini (PL-RS) e Osmar Terra (MDB-RS), bem como a diretora da sociedade brasileira de ozonioterapia, Emília Gadelha [1].
O insólito protocolo tomou as graças das redes sociais após uma firme defesa feita pelo prefeito de Itajaí em live na mesma segunda-feira [2]. O prefeito afirma estar oferecendo o tratamento experimental de 10 dias para todas as pessoas internadas no município catarinense [1].
A ozonioterapia é considerada um protocolo de caráter não-médico, e é proibida nos EUA pelos diversos efeitos adversos que ocasiona. O ozônio (O3) é uma molécula altamente instável, e rapidamente se degrada em O2 (oxigênio molecular que respiramos) e em O- (oxigênio atômico) — um radical livre que pode ocasionar inúmeros problemas de saúde e envelhecimento precoce. O tratamento com ozonioterapia não é regulamentado pelo Conselho Federal da Medicina senão para uso estritamente experimental [2]. Não existem estudos científicos que comprovem a eficácia da ozonioterapia para o tratamento de Coronavírus [3].
Referências
Maitê Ferreira – Advogada, jornalista, fotógrafa, militante, pensadora, transfeminista, irrequieta, ansiosa, utópica e construtora de um mundo novo.