O modelo do mito que nos governa é o “bully”, o valentão do pátio de escola, por Luis Felipe Miguel

Tal como o bully, é uma vítima permanente da própria insegurança, da consciência sufocada da própria inépcia, e se vinga contra tudo e todos.

O modelo do mito que nos governa é o “bully”, o valentão do pátio de escola

por Luis Felipe Miguel

Tal como o bully, é movido pela vontade de se exibir para o círculo de próximos e incapaz de medir as consequências do que faz. A “coragem” de afrontar as normas, que sustenta a imagem de “macho” que é seu bem mais precioso, é resultado direto desta insuficiência cognitiva.

Tal como o bully, tem ódio da inteligência e busca degradá-la com as armas de que dispõe – violência, grosseria e incompreensão. O corolário é o desprezo pelo argumento, indefeso diante da arma mais poderosa, o xingamento.

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Tal como o bully, precisa reafirmar ritualmente seu poder humilhando aqueles que o seguem de perto. É o que faz com seus ministros, em declarações ou nas infames “lives”, com tanto mais prazer quanto mais sabujos eles se mostram – Augusto Heleno e Sérgio Moro servem de bons exemplos.

Tal como o bully, é uma vítima permanente da própria insegurança, da consciência sufocada da própria inépcia, e se vinga contra tudo e todos.

A crise com a França ilustra tudo isso à perfeição. Levado a ler aquele pronunciamento hipócrita na televisão, não foi capaz de sustentar a compostura nem por um dia – na manhã seguinte já voltava a distribuir patadas e disparar sandices. Baixou o nível de vez ao endossar a repulsiva “gracinha” misógina contra Brigitte Macron.

Diante da resposta classuda do presidente francês, não encontrou outra reação a não ser ficar puto – e recusar a ajuda externa, o que significa não apenas abrir mão de dinheiro necessário, mas sinalizar que não tem mesmo compromisso com o combate ao desmatamento.

Agora, anuncia que recebe o dinheiro desde que Emmanuel Macron peça desculpas. Curioso caso de quem impõe exigências para receber ajuda. E o problema, para ele, não é a declaração endossando a ideia de internacionalização da Amazônia, mas a sensata e até generosa constatação de que o Brasil merecia ter um presidente que não envergonhasse o país.

Não se trata de soberania nacional, claro. Esse é outro discurso hipócrita, usado pelos generais entreguistas que estão no governo. É seu frágil orgulho ferido.

Indagado se também pediria desculpas pelas ofensas à primeira-dama francesa, fez birra e declarou que não ofendeu ninguém – com isso produzindo mais uma ofensa, desta vez à inteligência de todos nós.

É essa triste figura – o valentão que inferniza a todos e destrói tudo em que toca, sempre com medo de que o mundo perceba aquilo que ele no fundo já sabe, que não passa de um bosta – que foi alçada, no Brasil, à condição de “mito”.

Parabéns a todos os envolvidos.

Luis Felipe Miguel

8 Comentários

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  1. “Vamos e venhamos”, está cansativo os assuntos relativos ao bozo e seus “parças”.
    É verdade que a imprensa está se beneficiado, pois não falta assunto. Na verdade até sobre e muito.
    O que temos de fazer é cobrar de quem pode fazê-lo que encha o protocolo do Parlamento de pedido de impedimento do bozo e de alguns de seus ministros porque vários crimes por eles foram cometidos nestes 8 meses. É um absurdo que nenhum foi protocolado e se foi a imprensa não dá nenhuma notícia (nem a grande imprensa nem a alternativa.

    1. Não há nada a fazer !!!

      Porque ele está lá enquanto ninguém tirar a BOCA do Saco do Paulo Guedes !!!

      Ninguém quer tirar ele se isso implicar em algum risco de derrubar o Paulo Guedes !!!

    2. Não há nada a fazer !!!

      Porque ele está lá enquanto ninguém tirar a BOCA do Saco do Paulo Guedes !!!

      Ninguém quer tirar ele se isso implicar em algum risco de derrubar o Paulo Guedes !!!

  2. A Situação do país está gravíssima no governo de Jair Bolsonaro e, ainda, mais, com Sérgio Moro no comando da pasta da Justiça e Segurança Pública. Eu também defendo uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar esquema criminoso da Lava Jato. Eu só digo uma coisa: Essa Lei de Abuso de Autoridade que foi aprovada, recentemente, lembra muito bem os abusos e atrocidades cometidos pelos agentes “fora da Lei”: o ex-juiz Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, em conluio com os procuradores da Lava Jato, e “o chefe do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Roberto Leonel, que compunham o “trio de ferro” da Lava Jato. Leonel, instado por Dallagnol e Moro, investigava ilegalmente dados fiscais de pessoas vítimas dos algozes da Lava Jato. É crime gravíssimo. Como esta quadrilha está ainda em seus cargos e no serviço público?” Essa Lei de Abuso de Autoridade, surge em boa hora para frear e dar um basta na farra dessa “gang” empoderada, que quebrou as maiores empreiteiras do Brasil, deixando milhões de trabalhadores desempregados, inclusive, utilizando-se de “lawfare”, que é a utilização indevida da lei para fins políticos; é a utilização indevida da lei contra os inimigos. Foi assim que o ex-juiz Sérgio Moro, em conluio com Deltan Dallagnol, os procuradores da Lava Jato e o chefe do Coaf agiram contra o ex-presidente Lula, condenado-o, sem prova, porém, forjando provas contra o ex-presidente para impedir que ele participasse da Eleição Presidencial de 2018, facilitando, assim, a eleição de Bolsonaro. O ex-juiz Sérgio Moro, se corrompeu! Em recompensa, o ex-juiz foi contemplado com o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública, ficando, portanto, comprovada a utilização de “lawfere”, a suspeição, a quebra da imparcialidade, e a corrupção do ex-juiz Sérgio Moro, atuando em conluio com seus comparsas como agentes “fora da lei”, motivos pelos quais, o ex-presidente Lula não teve um julgamento justo. O que houve, na verdade, foi um acerto de condenação. Vocês querem saber pra que o ex-juiz Sérgio Moro condenou Lula, mesmo sem prova, e o prendeu? Foi pra Lula servir de escada pra Sérgio Moro, para que hoje ele fosse Ministro da Justiça. Cabe, agora, ao Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de justiça deste país, anular as condenações, sem prova, do ex-presidente Lula, libertá-lo do cárcere, afastar Sérgio Moro do cargo de Ministro da Justiça, exonerar Deltan Dallagnol, os procuradores que atuaram em conluio no caso Lula, bem como o Chefe do Coaf, Roberto Leonel, a bem do Serviço público, e puni-los, exemplarmente, na forma da Lei, inclusive, impedi-los de exercer quaisquer cargos públicos neste país por manterem condutas incompatíveis com o exercício de seus cargos, e para aprenderem a respeitar as Leis, a Constituição Federal, e as autoridades supremas deste país. Aqui se faz, aqui se paga! Quem com ferro fere, com ferro será ferido. É a lei do retorno. A lei é para todos! Ninguém está acima da lei! Ninguém mesmo! Nem o juiz, nem os procuradores, nem os policiais, Nem o chefe do Coaf, nem os militares, nem o Presidente da República. (Poeta nordestino, de Sousa, no Sertão da Paraíba)

  3. BOLSONAROS, pai e filhos, não conseguem e sabem conviver com adversários políticos. Eles precisam de inimigos em todos os sentidos. Não só políticos.

    BOLSONAROS pensam e tem certeza, convicção de que foram ELEITOS para serem os DONOS do país.!!

  4. É o Capetão Cavalão em ação. Podemos dizer também um Midas, mas que transforma em merda tudo o que toca. Sem falar na excreção diária que sai de sua, vamos dizer boca, e que expõe do que está cheio o seu coração e cérebro. Se ao menos seguisse o próprio conselho de dia sim, dia não.

  5. É o Capetão Cavalão em ação. Podemos dizer também um Midas, mas que transforma em merda tudo o que toca. Sem falar na excreção diária que sai de sua, vamos dizer boca, e que expõe do que está cheio o seu coração e cérebro. Se ao menos seguisse o próprio conselho de dia sim, dia não.

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