O terror das panelas cheias e silenciosas na periferia, por Fábio de Oliveira Ribeiro

 

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Ontem assisti o Gazeta Esportiva e desliguei a TV às 19 horas. Um pouco antes disto vi o programa do PT através de uma matéria no GGN. Após jantar lavei a louça, escovei os dentes, fiz a barba e naveguei algum tempo na internet. Por volta das 20 horas assisti um documentário sobre Pompéia. Por volta das 21 comecei a rever filme “12 homens e uma sentença” (1957). Ao fim do filme fui dormir. Não notei nada de excepcional. Só fiquei sabendo do suposto panelaço ao ligar o computador quando acordei http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/programa-do-pt-em-rede-nacional-gera-2018panelaco2019-em-cidades-brasileiras-5840.html.

Moro na periferia Osasco, num condomínio residencial que poderia ser descrito como sendo de “classe C”. Onde estou há dezenas de torres de 7 andares com 4 apartamentos por andar. Ontem ninguém bateu panela no prédio onde moro. Silêncio absoluto nos prédios vizinhos. Muitos dos habitantes do condomínio não são petistas, nem votaram no PT. Mas me parece óbvio que eles sabem que suas vidas melhoraram nos últimos anos. O golpe de estado não é uma prioridade política no meio em que vivo.

O panelaço só despertou meu interesse como um fenômeno antropológico. O valor político do movimento é nulo por três motivos: os descontentes perderam eleições que foram limpas e homologadas pelo TSE; os votos deles não tem mais valor jurídico que os votos dos demais brasileiros; apesar de serem inteligentes, as novas TVs não transmitem o barulho das panelas às pessoas que aparecem nos programas políticos que, aliás, foram previamente gravados. O comportamento dos neo-paneleiros é ridículo e sem sentido. A esmagadora maioria da população não aderiu ao movimento. Portanto, o panelaço foi um panelacinho e só se tornou notícia porque foi divulgado pelas empresas de comunicação. Porque as revistas, jornais, telejornais e portais de internet não fizeram a cobertura do silêncio nos “outros” bairros? O que os “outros brasileiros” fazem ou deixam de fazer é indigno de ser noticiado?

Os cidadãos que bateram panelas parecem não estar satisfeitos. Eles estão passando fome? Não. Foram maltratados por uma polícia política? Não. O candidato deles foi preso ou impedido de participar da eleição presidencial? Não. Aécio Neves ganhou a eleição e foi impedido de tomar posse? Não. As economias dos neo-paneleiros foram bloqueadas, sequestradas ou confiscadas pelo governo federal? Não. Nos últimos anos eles ficaram mais ricos? Sim. Por mais que tente, não consigo encontrar motivos racionais para o panelacinho de ontem.

A única resposta que me ocorre é a seguinte: os neo-paneleiros estão tristes, deprimidos e perderam o contato com a realidade. Não convivo com eles, portanto, só posso fazer algumas suposições. Suponho que os manifestantes sempre se sentiram inferiores aos europeus e norte-americanos e compensaram este sentimento alimentando um complexo de superioridade sobre os “outros brasileiros”. Eles se distinguiam do povo pelo consumo. Agora que o povo pode consumir as mesmas coisas eles (imóveis, carros, passagens de avião, TVs de tela plana, celulares 4G, livros, etc…) os eleitores do PSDB ficaram completamente perdidos.

Durante séculos os brasileiros ricos viveram cercados de escravos, mucamas e agregados. Os descendentes deles não conseguem suportar a igualdade civil e acham intolerável a democratização do consumo. Suponho que vem daí os shows de depressão na frente da TV. Os neo-paneleiros estão formando uma nova elite: a elite dos medíocres que batem panelas que raramente usam, que nunca lavam e que, principalmente, nunca ficaram ou ficarão vazias.

A discórdia civil neste momento é evidente e potencialmente perigosa. Ano que vem o Brasil sediará as Olimpíadas. Em razão disto e do panelacinho, creio que as Forças Armadas precisam começar a rever seus procedimentos e manuais. Novos cenários de violência política devem ser estudados. Se o terrorismo panelizado ficar confinado aos apartamentos de luxo o problema será privado. Se a nova elite dos medíocres resolver explodir “panelas bombas” durante as provas de atletismo ou de natação a segurança dos atletas e dos turistas será comprometido e a imagem do Brasil no exterior ficará abalada.

Fábio de Oliveira Ribeiro

63 Comentários

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  1. Panelaço

    Também achei ridícula a apresentação, nos noticiários da Globo, do “panelaço”. Nos prédios com dezenas e dezenas de apartamentos apareciam uma ou duas janelas com os paneleiros (os portugueses que me desculpem…) Mostraram até uma “manifestação pública” com não mais de meia dúzia de pessoas. Acho que o PT poderia usar essas imagens para demonstrar que o índice de desaprovação não é verdadeiro, pois a esmagadora maioria nem deu bola para a convocação dos oposicionistas.

  2. Acertou em cheio!

    Parabéns pelas excelentes constatações e reflexões, Fábio!

    Concordo em tudo com você. A sociedade brasileira continua escravocrata, como no século XIX. Eles NUNCA quiseram igualdade de direitos! Os seus representantes no congresso estão aí lutando desesperadamente para deformar mais ainda a constituição cidadã, que já não era grande coisa. Tudo para reduzir ao máximo a participação do povo nas questões políticas. Para eles, democracia é apenas quando a elite está no poder!

    E, quanto ao povo, que está com sua panela cheia, só faz batucada em dia de festa com muito samba!

    Viva o Brasil do Povo Brasileiro!

     

     

     

    1. Excelente artigo. Vou

      Excelente artigo. Vou recortar e usar daqui pra frente em diversas situações (com a devida atribuição de autoria).

  3. Por enquanto, não há.
    Nos

    Por enquanto, não há.

    Nos primeiros panelaços, também não se ouvia nada nem nos bairros nobres das capitais do Nordeste. Ontem já houve.

    A crise está apenas começando. Os efeitos da desvalorização do real ainda não foram sentidos. Mas vão. Importamos trigo, por exemplo. Preço do pão vai aumentar. 

     

  4. Fábio!

    Aqui na Vila Mariana no epicentro do suposto panelaço não ouvi uma panela, nenhum grito e nenhum apito. 

    Em março no pronunciamento da Presidenta Dilma na TV em horário nobre o barulho e o panelaço foram absurdos.

    Na propaganda do PT em maio diminuiu 90%. Ontem, foi imperceptível. Tive que checar de que tinha o programa na TV para acreditar que o programa existiu. 

    A população está cansada desta briga interminável dos políticos, esta é a constatação que chego. 

    Nenhum Político da turma oposicionista anda se destacando em nada. E essa briga só está fazendo mal para a Economia e quase todos percebem. 

    O limite está se esgotando para todo mundo, penso eu. Nós precisamos dar menos atenção ao que a Mídia tenta passar como um fato impressionante!

    Foi um traque o panelaço de ontem por aqui. Repetindo: não ouvi uma panela sequer. (claro que a constatação é de um local específico, pode ter sido diferente em outras partes da cidade de São Paulo e do Brasil).

    Nós precisamos sair do mundo paralelo da velha mídia um pouco, ter um tanto de respiro e seguir a caminhada. 

    Abraço,

    Alexandre!

  5. Não se pode simplesmente desqualificar o panelaço

    Acho terrivelmente equivocada a tentativas de desqualificar completamente o panelaço. Até entendo quando pessoas “desabafam” assim nas suas redes sociais, mas isso como análise, seja de um portal como este ou nas declarações do partido, é algo, desculpe, estúpido. É claro que existe uma série de fatores a ser levada em consideração, é claro que o movimento é insuflado por um setor reacionário, mas bater panelas TAMBÉM expressa uma insatisfação legítima.

    Se o voto da classe C, mencionada pelo autor, vale o mesmo que o voto da classe média alta, o contrário também é verdadeiro –  a classe média alta tem também o direito de manifestar a sua insatisfação, e de reclamar por fatores como aumento de impostos e de juros.

    Insisto – não se trata de fechar os olhos para o golpismo infestando a sociedade e o Congresso Nacional. Mas simplesmente declarar que quem se manifesta assim “perdeu o contato com a realidade” é de uma superficialidade terrível…

  6. Movimento insuportável esse chamado panelaço

    Eu ontem senti um panelaço mais forte do que os anteriores, pelo menos na minha vizinhança rsrs.

    Bater panela como forma de protestar contra um governo, máxime durante os pronunciamentos oficiais, é notoriamente anti-democrático, autoritário, coisa de gente que não quer ouvir os outros, que não respeita ninguém quando se trata de impor a sua vontade e os seus interesses, quase sempre divorciados dos interesses público e nacional. Além de ser patético e um tanto lunático. “Você não fala, eu não deixo. Inclusive tento fazer os outros nao ouvirem o que você diz, só o barulho da minha panela pei pei pei, tá tá tá tá.” Bater panela, do jeito que estão fazendo, uma verdadeira sinfonia, é autoritário. Um barulho absurdo. Coisa de gente sem vergonha. Só podia ter sido na Argentina que criaram isso rsrs. Bater panela. Qual o sentido? Coisa mais anti-democrática. E pior, são os responsáveis pelo atraso do Brasil que batem panela, a classe média tradicional e classe média alta tradicional. Coisa ridícula.

    Vem o barulho da panela em coro e gritinhos de mulheres histéricas, as que mais pedem a saída de Dilma nessas horas. É que mulher, na média, não conhece solidariedade de gênero. Elas se consideram inimigas, principalmente as alienadas brasileiras de classe média e média alta, mal criadas como sempre foram (essas meninas nem lavar a própria calcinha lavam rsrs).

    Não é apenas irritante. Irritante é apelido. É insuportável. Além do barulho das pancadas na panela (pein pein pein pein, tá tá tá tá), terríveis mesmo são os “gritinhos” histéricos, desgoelados, finos, das mulheres: “ééééééé, Dilma, sai, sai, mulher, Dilmaaaa”. Na minha vizinhança, o campo é minado. Aliás, que me desculpem a franqueza, mas mulher brasileira geralmente é despolitizada, com as exceções de sempre. Neste país, as mulheres são muito responsáveis pelo atraso. São elas que ensinam o machismo às crianças etc. Mulher, no Brasil, tem o dedinho “pintado” no atraso. São as que mais pedem “fora Dilma”. E pode perceber: São as que mais atacam Dilma de forma baixa, mal educada (esculhambam mesmo, é de “bruxa”, “feia”, “vaca” para baixo, isso sendo mulheres).

    Esse bater de panelas da classe média, média alta brasileiras, lembra-me a tresloucada participante do BBB 2, Tina, que chocou o país ao ter um surto psicótico durante o confinamento promovido pelo programa da Rede Globo, numa fase em que o programa era mais real e menos roteirizado para a televisão, e se notabilizou por bater panelas pela casa para acordar os outros participantes. Uma insanidade completa. Bial chegou a perguntar a ela se ela estava dormindo bem, um claro sinal de psicose (loucos, principalmente em surto, não conseguem dormir). Os batedores de panela brasileiros, a maioria composta pelos mesmos manjados e alienados de sempre, me lembram a participante Tina, do BBB 2.

    [video:https://youtu.be/HE9hlolgWT8%5D

    1. Bater panela é

      Bater panela é antidemocrático??

      E vc acha que autoritários são os outros????

      Vaiar, bater panelar, apitar etc são ações essencialmente democráticas. Assim como aplaudir, gritar apoio etc.

      Enfim, a democracia é baseada exatamente no direito de se manifestar, seja a favor seja contra.

  7.  
    … Na noite alvissareira

     

    … Na noite alvissareira de ontem, aqui, no condomínio onde eu moro, ‘nois’ fizemos uma buchada de bode coletiva, “e as panelas que estavam cheias foram devoradas”!…
    No dia anterior, foi feita uma enquete:
    buchada de boi [servida à noite (risos)] ou ensopado de coxinhas?
    O prato que foi servido na noite de ontem foi escolhido por “unanimidade absoluta”!
    Risos

    Viva o [verdadeiro] Brasil!

    Messias Macedo – “até agora sentindo o gosto do bode da buchada”!
    Feira de Santana, Bahia
    Brasil – em homenagem ao sapiente, leal, generoso e honesto povo trabalhador brasileiro!

  8. Trabalho
    Trabalho em um ambiente de classe média – renda acima de 12 SM – e noto que os paneleiros de lá tem um perfil característico.

    01. Não são os que ganham mais (não chegam a mais de 20 SM).

    02. Tiveram um aumento de renda a pouco tempo.

    03. Acreditaram que ganhar 8, 9 ou 10 mil reais os colocariam no topo da pirâmide de consumo. Quando perceberam que não ficaram tristes.

    04. Sempre desejaram consumir informações e consomem Veja achando que esta é o supra suma do jornalismo combativo, não possuem parâmetros de comparação pois nunca tiveram acesso à informação de qualidade.

    05. Foram aos EUA e Europa pouquíssimas vezes e mesmo assim os consideram como paraísos na Terra.

    Concordo com o artigo quando fala que nunca quiseram justiça social. Mas isso é a base do capitalismo, para que eu trabalho muito? Ora isso é simples: para ganhar mais. E para que eu vou ganhar mais se não posso me destacar da massa ou ainda tenho que fazer todo o serviço doméstico?

    Quando se forma uma sociedade cuja base é o carro que você tem e o endereço onde mora (nem que seja uma gaveta), panelacinhos são as consequências óbvias de um problema muito mais grave: ignorância da alma coletiva.

  9. Panelacinho

    Um imbecil batendo panela, outro buzinando seu automóvel no silêncio da noite, produzem barulho ouvido a longa distância, mas são apenas poucos imbecís acompanhados de uma midea sem credibilidade.

  10. Panelaço de c* é rola

    Um único vizinho panelou ontem.

    Profissional autônomo, arquiteto. Casa de 5 quartos e edícula com 3 cômodos. Dois carros importados na garagem. Duas filhas em colégio particular. A casa vale 600 mil reais. Pagou o micão ridículo de panelar sozinho. Quem é ele, que moral tem ele, pra falar em crise e corrupção? Vou perguntar pra ele, amigo, você declara seu IR direitinho? Os serviços que você presta de projeto e arquitetura estão todos documentados, pagos, com nota fiscal e o escambau? Quem é você amigo, do alto do seu Honda City ou Sangyong, pra bater panela contra a democracia?

    Panelaço de c* é rola, perdão do linguajar.

  11. Moro em JF no centro da

    Moro em JF no centro da cidade e não houve panelaço.

    Um caminhão de som até passou tentando induzir o panelaço, mas 

    foi um completo fracasso.

    Enquanto isso , assistia ao belo Programa do PT.

    Genial!

    A panela cheia é o que interessa.

    Panelas gourmet vazias deve ser pq a empregada não foi trabalhar.

  12. Receita para panelaços

    Numa panela Le Creuset, coloque óleo de peroba. Junte extrato de Boimate (marca “Veja”). Se não tiver extrato de boimate, pode ser o extrato da conta do Romário (também da marca “Veja”, e com a vantagem de ser da Suíça). Coloque cubos de carne das fazendas do Lulinha. Mexa bem. É importante manter o fogo alto. Se o fogo estiver se apagando, jogue mais lenha na fogueira – pode ser um novo boato sobre o Lula ou uma nova eneagésima fase da Vaza aos Jatos. Deixe cozinhando horas, dias, semanas, meses: as lavagens, inclusive cerebrais, demandam tempo. Ao final, sirva com vinho chileno ou francês (procedentes, portanto, de países indicados para auto-exílios suspeitíssimos).

     

    Se achar que ficou sem sal (ou, no caso, se já tiver vendido o pré-sal e ficado sem nenhum), use suas lágrimas de mau perdedor.

     

     

  13. Aqui onde moro, próximo ao

    Aqui onde moro, próximo ao centro de Joinville (SC), foi bem o contrário. Nas ocasiões anteriores, não percebi nenhum panelaço.

    Eu também já havia visto o vídeo do PT antes da vinculação na TV aberta. No horário em que a propaganda do PT passou, eu estava assistindo a série “Elementary” no Netflix e no começo nem havia me tocado da razão daquele barulho vindo dos prédios vizinhos. Foi quando minha esposa falou “está passando a propaganda do PT” que eu me liguei.

    Pelo menos, no meu prédio ninguém aderiu. Só ouvi algumas panelas nos prédios vizinhos.

  14. Maioria Silenciosa Osasquense 06 de Agosto

    Na marcha dos acontecimentos e da insensatez da Revolução de Veludo Brasileira, esta reportagem comentada a gosto do GGN-NASSIF é fundamental e precioso documento para os Anais da História recente do país, escrita dramaticamente (Após jantar lavei a louça, escovei os dentes, fiz a barba e naveguei algum tempo na internet. Por volta das 20 horas assisti um documentário sobre Pompéia.) no front noroeste da megaconurbação paulista no calor dos acontecimentos do teatro da guerra civil lá pelos arrabaldes osasquenses insurgentes da sampa tucana por uma aguerrida testemunha ocular dos fatos vistos da janela alta do condomínio classe C bem seguro e vigiado contra as hordas miseráveis assistidas do Bolsa Família que de uma hora para outra se viram sem bolsa sem minha vida minha casa, tudo, tragado pelo buraco negro da inflação do tarifaço da carestia na feira livre.

    Os leitores do GGN-NASSIF, ávidos de notícias em tempo real,  informam-se, em primeira mão com exclusividade news clip vip, do grande levante noturno da Maioria Silenciosa Osasquense 06 de Agosto.

    É nóis!

    1. Só isso?

      Sobre o texto em específico, algo a acrescentar ou ponderar? Ou vai se limitar a essa embrulhada desqualificadora irônica e supérflua?

  15. Infelizmente…

    Não sei se antes não havia notado, mas ouvi panelas batendo na minha vizinhança ontem à noite. Me senti impotente para reagir, pois o que  se faz nessa hora? Bato pratos para mostrar que não estou de acordo com o panelaço ? Grito na sacada que é falta de educação fazerem barulho? Apenas me limitei a fechar a janela e lamentar.

  16. O PT tem que fazer o programa

    O PT tem que fazer o programa dele assim como a Dilma os seus disrcursos, deixem que batam panelas, uma hora vão ver como é ridiculo e param; o que ficou claro é a má vontade da midia já que alguns sites dizem que o partido “zombou” o tal panelaço, ou alguns jornalistas são obtusos e não sabem interpretar um texto ou é má-fé mesmo, não vi nada disso no programa; e parei de assistir ao gazeta esportiva quando um senhor ali mandou todos os espectadores “se danar” por que o Dunga havia ganho uma competição, e parece que houve um entrevero esses dias com o mesmo senhor por causa das ciclovias.

  17. Moro no centro de guarulhos e

    Moro no centro de guarulhos e aqui houve panelaço.

    A classe média bateu panela de alumínio pra imitar a classe dominante que bate panela ” Made in France”.

    Agora vão ter que lavar as panelas.

  18. O que achas, Fábio ?

    Mais um excelente artigo do Fábio. Eu concordo totalmente.

    O contraste do panelaço é o silêncio aterrador das camadas populares.Esses paneleiros em todo o Brasil não enchem o Ginásio do Maracanazinho.

    Por que a tv não mostra esse silêncio ensurdecedor dos bairros do centro, das camadas médias e da periferia ?

    Eu moro num bairro de classe média B próximo ao endereço dos muito ricos. No meu bairro não ouvi nenhuma panela batendo.

    Desta vez, tenho p’ra mim, não sei se antes ou depois da tentativa de impeachment da Presidenta Dilma, o povo trabalhador vai gritar a plenos pulmões que não aceita, em hipótese alguma, retornar ao regime de escravidão, ao regime de submissão total ao capital.

    Será que a oposição pensa que, desta vez, a história vai se repetir como em 1964, quando as Forças Armadas, equivocadamente, colocaram as tropas nas ruas para apoiar os paneleiros de então.

    E olha que os interesses das Forças Armadas serão, novamente,  atingidos fortemente pelo golpe. Será que as Forças Armadas vão admitir que o pré-sal seja entregue ao capital estrangeiro e que elas, mais uma vez, vão ser afastadas de sua missão constitucional de zelar pela defesa e a soberania nacional ?

    Sim, porque, durante a ditadura militar de 1964-1985, elas abriram mão da soberania nacional para uma potência estrangeira e receberam a missão menor, desonrosa, de combater um suposto inimigo interno, ou seja, os seus próprios compatriotas.

    Será que esses homens fardados não tem cerebro e culhões para perceber que chegou a hora de nos tornarmos uma grande potência como está traçado pelo nosso destino ?

    Será que eles não se deram conta que é o governo do PT que luta desesperadamente para encontrar espaço no orçamento que permita destinar recursos para reequipar, modernizar e dar dignidade às tropas para que elas honrem a sua missão ?

    É dessa potencial revolta popular decorrente de uma possível derrocada do governo popular e de uma visão da sociedade brasileira, (incluída aí as Forças Armadas), responsável, trabalhadora, empreendedora, democrática, de que caminhamos para sermos um povo melhor, mais culto, mais educado,, mais saudável, mais generoso e para constituirmos uma nação mais influente e respeitada no mundo globolalizado que eu imagino que o governo trabalhista cumprirá o seu mandato e superará essas dificuldades econômicas e políticas que estamos vivendo.

    O que achas, Fábio ?

     

  19. Aqui em SANTOS…

    Bom, não sei lá na zona noroeste. Ou mesmo em São Vicente e Vicente de Carvalho, no Guarujá. Mas aqui no Boqueirão, bairro de classe média “quase alta” de Santos, o panelaço foi grande. Detalhe… O prefeito de Santos é do PSDB, eleito em 1o turno com mais de 70% dos votos. Hoje dependendo do lugar em Santos, é bom não sair de camisa vermelha. O Jornal da Orla, progressista nos anos 80 e 90, virou uma VEJA santista, virou um panfleto do PSDB. O Edson Carpentieri ( acho que o Nassif até deve conhecer… ) deu uma de Lobão, virou a casaca total. Santos, que já tinha A Tribuna como mídia conservadora, tinha pelo menos o Jornal da Orla como contraponto de esquerda. Agora são dois batendo no PT e bajulando o PSDB semana após semana.

  20. Panelaço? onde foi?

    Em Florianopolis, na minha região (no continente) não ouvi uma unica panela batendo. Em nenhum dos prédios ou casas. Algumas pessoas que trabalham comigo dizem também não ter ouvido.

    Talvez na beiramar norte (concentra 90% da riqueza do estado), ou no Costão do Santinho. Se bem que, rico que é rico está pouco se importando, mas os filhos, ávidos por se mostrar para os vizinhos e amigos, certamente foram para as sacadas mostrar “como são politizados”.

    A medida correta do desinteresse pelos “mesmos assuntos de sempre” é o Ibope do JN.

    Se nem eu, que gosto de política, consigo assistir à qualquer jornal que fale de “lava jato”, “desemprego”, “crise”, imagine se aquela pessoa menos interessada vai querer ver. Se vai perder tempo em bater panela na janela.

    Isto é coisa de gente que quer aparecer, porque é muito mais fácil bater panela na janela ou passar horas comentando nos portais do que se mobilizar na sua comunidade. É muito mais comodo.

    Como em outros modismos de outra épocas, falar do PT, Dilma e Lula no onibus pra se mostrar entendido, isto esta na moda. Puxar o debate em família sobre “a quadrilha do governo” é ser tido como “inteligente” pelas tias velhas.

    Ninguém tem um parente sequer desempregado, ninguém deixa de fazer seus programas preferidos, se há a tal crise avassaladora, então que se engajem e parem de fazer (e falar) bobagem.

  21. efeito pavlov, indução, manada

    é o velho efeito pavloviano, manada, indução, sei lá…

    repetem o que o cara da tv falou, sem nem pensar o que é que tão fazendo…

    da um sendido de participar em algo, fazer alguma coisa, ser do grupo…. ter o que falar no dia seguinte, etc…

    efeito manada e ameba, só isso.

    o cara da tv falou pra rir eles, riem, falou pra bater palmas, vamos bater palmas, falou que a roupa da moda era aquela, vamo simbora comprar aquela roupa, falou que bom era bater panela, vamo bater panela então…

    possivelmente eles nem vão entender, estão tão condicionados a obdecer o que o cara da tv fala que nem se importam…

     

    em resumo, um monte de gente educado ouvindo xuxa cantando Ilarilarilariê (ô, ô, ô)

    alias, a turma dos paneleiros merece bem este tema: https://youtu.be/ZB_bbJUUTOs

     

     

     

     

     

  22. Aqui na Lagoa estava um
    Aqui na Lagoa estava um silêncio até minha vizinha, A Idiota, pegar sua panela e ficar na janela como uma alucinada.
    Até que cansou. Mas ao cansar diversos outros Há haviam se juntado.

    Como eu odeio essa veia idiota!
    Alguns poucos mas fizeram barulho sim.

  23. Perfil do midiota paneleiro

    Sabem vocês onde mora o ridículo disso tudo? É simples e vou elencar alguns dos elementos essenciais que fazem esse tipo de histeria coletiva ser risível:

    – Os tais paneleiros são perfeitamente identificáveis e isoláveis. São uma parte da população que reside em bairros nobres ou de classe média. Talvez haja, mas é pouquíssimo improvável que haja paneleiros em favelas ou em bairros pobres de periferia. O autor do texto deu uma amostra pessoal de que isso pode ser verdade;

    – São, via de regra, parvos que bebem do que a imprensa de massa (sabidamente mentirosa e parcial) noticia. Mas o que se nota é que não passam além das manchetes do título. Textos longos não são o forte dos paneleiros. Há também aqueles que se informam por posts do Facebook. Especialmente aqueles que não têm quase texto, ou que possuem somente imagem. Não se interessam em investigar ou se aprofundar em certos temas. Falta de recursos? Não. Só mesmo a falta de interesse;

    – Normalmente, os paneleiros desconhecem a fundo porque batem panelas. Isso porque aliado ao seu suposto grau elevado de informação a que arrogam possuir, estão as suas crenças. Essas, sim, representam o perigo. Porque essas mesmas crenças são reforçadas intencionalmente pela imprensa com o intuito de angariar cada vez mais midiotas e moldá-los àquilo que os veículos querem que eles pensem;

    – É gente que, não acostumada a perder – o que revela um certo grau de infantilidade – do alto de sua arrogância bravejam. Como não são habituados a raciocinar e ponderar sobre aquilo que acreditam ou vêem, parte para a estratégia do barulho, para o grito, devido à escassez de outro recurso pouco mais intelectual;

    – Há os ingênuos, que foram captados pela imprensa e não são conscientes dessa condição. Há também os paspalhos motivados, iguais aos ingênuos, com o adicional de se empenharem em espalhar tudo o que acreditam. São indivíduos mordazes, que vociferam todo o seu rol de crendices e de absurdidades. E, finalmente, há os calhordas letrados. Há aos montes entre os colunistas de Veja, Folha, Estadão, Globo e similares (a já mencionada imprensa de massa). Esses são os piores, pois são os gurus dos outros dois tipos. São aqueles que “formam opinião”. São o supra-sumo do discurso pérfido e mentiroso. Canalhas mesmo;

    – E, infelizmente, o que permeia e serve de lastro para tais revoltas de varanda, se destaca o ódio. Puro e simples. Esse ódio incontido e manifesto cabalmente pelas panelas ressoantes das panelas das janelas dos apartamentos luxuosos ou daqueles financiados em 25 anos da “nata” bem informada e politizada da população.

  24. Panelaço

    Moro no Planalto Paulista, um enclave neo-coxinha localizado entre Moema e Campo Belo, e ontem foi a primeira noite em que houve o bater das penalas, pois na vezes anteriores não tinha ouvido nenhum som vindo das Le Creuset. Fiquei assustado. Mas o melhor foi a abertura do Bom dia Brasil de Hoje, falando que em São Paulo se ouviu bater de panelas em Moema, Campo Belo, Morumbi e Higienópolis. Só periferia!!! 

  25. zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

    padre eustáquio em BHte até onde os meus ouvidos puderam alcançar ficou em silêncio, eu só fiquei sabendo q o programa do PT foi exibido ontem hoje de manhã

  26. Bater panela é mole

    Como diria o outro:

    “Bater panela é mole. Quero ver é escrever uma resenha crítica com dados históricos da conjuntura político-econômica do país com mais de 2000 caracteres que justifique a bateção. Mas sem CTRL+C – CTRL+V da Veja.”

  27. Aqui em gauainazes desde os

    Aqui em Guaianazes desde os primeiros panelaços,não ouve nenhum barulho.

    Há duas semanas atrás fiz um churrasco aqui em casa.Lá pelas tantas se entrou em assuntos como hitória,evoluiu para corrupção….e o atual cenário.Qual não foi minha surpresa quando ouvi os “manos ” dissertando:que o negócio é o seguinte,os cara que tirar a Dilma,para eles roubarem no lugar do PT pensa que a gente é otário.Os maluco tá aqui em São Paulo faz decadas roubando no metro…” Fiquei intrigada,já estava esperando um pau no PT ou qualquer mantra de odio…pelo ao contrário teve até defesa dos LGBTs e rovolta quanto aos linchamentos.

    Uma coisa é certa  galera aqui já é P da vida com os trens e metros diários,que são uma B…..agora a falta d agua..tem camarada que quando pode toma banho no trampo para economizar a agua da caixa,pois aqui demora a encher.

    São revoltados com o esculachos da PM.Sei não se houver resistencia e um norte a perifa vai bater lá no Palacio dos Bandeirantes.

  28. No geral, concordo com quase

    No geral, concordo com quase tudo desse texto do articulista Fabio de Oliveira Ribeiro, a começar pelo extremo artificialismo(a inexpressividade em termos de participação popular dispensa comentários) dessas manifestações no sentido de que merce dos problemas,  vivenciamos uma situação a anos-luz que justifiquem tanto desespero e ímpetos de agressividade como se verifica nos estamentos economicamente superiores da sociedade. 

    Deduz-se daí que muita dessa insatisfação decorra da perda de protagonismo ao longo desses últimos anos como também do medo que o processo avance mais ainda.

    Mas por que o “quase tudo”?

    Por mais que para os nossos pontos de vista as manifestações de terceiros sejam baseadas em motivações que não sejam apreendidas como pertinentes, isso não tira sua legitimidade. Os “paneleiros” e “paneleiras” são cidadãos e cidadãs detentores de plenos direitos e deveres. O máximo que podemos ir nas nossas críticas, penso eu, é a desqualificação no plano político-ideológico. Isso sem sobrelevar que dentre muitos deles há os que são motivados não só pelo egoísmo ou sentimento de “elite”, mas pelo incômodo da situação geral do país. 

    Perderemos o debate se nos autocentrarmos nas nossas visões e percepções e esquecermos que o esforço maior para vencê-lo não será através da depreciação dos posicionamentos dos circunstanciais adversários, mas sim, no fortalecimento e pertinência dos nossos. 

     

    1. Paneleiros são agentes idem

      Concordo parcialmente. Apenas ressaltar e declarar nossos posicionamentos parece não surtir tanto efeito em certos casos, especialmente em tempos atuais.

      Partilho da sua complacência com o direito legítimo de manifestação, ainda que de natureza contrária. Mas termina aí meu sentimento de benevolência com aquilo que não vai além do que o discurso de ódio. Mesmo cônscio da inerente condição de manipulados dos paneleiros, é hora de contrapor, denunciando paneleiros e a imprensa.

      Tem horas, e a atual é um exemplo completo, que o melhor ataque é partir para o ataque mesmo.

  29. A elite não cosegue entender

    A elite não cosegue entender que não há corrupção. Graças aos “corruptos” que os pobres brasileiros tem uma vida comparável à dos europeus. O pessoal acusado de corrupto apenas está se pagando pelo bem que fizeram ao povo. Eles merecem ficar ricos por todo o bem realizado. Como não existe nenhuma lei que os compense, eles estão apenas se pagando e o povo, grato, os compensa de todo o coração.

  30. Batendo panela

    O que Fábio não disse é que as classes B, C em diante hoje, têm além de panelas, o que botar dentro dando uma utilidade real para a penela, não fazenho das mesmas intrumento de percussão.

  31. Quem não bate panela não necessariamente está batendo palmas..

    Acho que a uma enorme confusão aqui. O fato do bater panelas durante pronunciamento da presidente ou de programas do PT ficar restrito a classe média alta não significa que a população trabalhadora de baixa renda esteja na frente da TV batendo palmas. Grande parte da população vai lavar as panelas no horário politico – é o tempo que sobra para isso – , não fica na frente da televisão vendo. Há um corte de classe e os sentimentos e formas de expressão de insatisfação das classes de menor renda são bastante diferentes dos da classe média alta, pois suas condições de vida são diferentes. A divisão de classe não se expressa necessariamente na divisão partidária do céu da politica. O comentário de Eliane Ribeiro foi o único a captar um pocuo disso: ‘querem roubar no lugar do PT’ disse ela ter ouvido; generalizando: ‘Todo politico é ladrão, só pensa no seu intereresse’, isso é algo comum de se ouvir das classes trabalhadores de baixa renda. Isso não é conservadorismo, nem direitismo da população nem é algo ‘novo’. É resultado do enorme distanciamento histórico da politica em relação à vida cotidiana da população e o caráter autoritário do Estado brasileiro, rompido em breves momentos de nossa história.

    A população de baixa renda que trabalha em jornadas extensas, corre atrás de um ‘bico’ para complementar a renda ou para ter alguma, tenta estudar a noite em uma faculdade privada cara e ruim e passa horas em um transporte  também caro e ruim não tem tempo para a ‘politica’.  O distanciamento e a indiferença com a ‘politica’ é resultado das suas condições de vida, da luta cotidiana pela sobrevivência: falta agua, o metro é caro e ruim, a prestação tá atrasada, a comida tá cara e por aí vai. Os ‘politicos’, a grande mídia, os ditos ‘intelectuais'(na verdade ‘especialistas’ pois intelectuais é categoria em extinção) abandonaram a vida cotidiana da população trabalhadora – as jornadas de 2013, com todas suas contradições e problemas deixou isso claro de alguma forma – e não acho que ela esteja satisfeita com isso, batendo ou não panelas.

    1. André é claro ,que só por que

      André é claro ,que só por que a minha perifa não bateu panelas. Significa que esteja contente com as medidas da Dilma.Mesmo por que são medidas que foram na veia…mudança no seguro desemprego,Pis,reajuste na luz e gasolina! atualmente nós perifa temos carro.A questão que eu quiz expor é de que apesar de acharem que nós não pensamos( eu me incluo julguei errado)por não termos diploma superior .Somos sim ciente  do que acontece.Não  sabemos expor de forma bonita e bem elaborada e fundamentada em numeros,Como um Diogo Costa.Mas sentimos a diferença, eu tenho 30 anos e minha geração na minha classe,  hoje possui carro ou tem seu negocio próprio,simplesmente crescemos ouvindo Racionais e vendo nossos pais desempregados no periodo FHC.Não que achamos que todos roubam mas vamos resumir, roubaram pra ca….. nunca fizeram nada para gente e vem agora escandalizar! já faz é anos que sofremos com o descaso do Estado nas periferias…pegue do 1 album do Racionais é o contexto do que vivemos.Ao contrário do que muitos pensam não compactuamos com o PCC.Somos obrigados a conviver com esse poder paralelo!

      Eu vi muitas familias abandonadas e passando fome,não  por falta do Pai acordar cedo,como muitos coxinhas nojentos reverberam,foi por falta de trabalho mesmo ou ganhar muito pouco.Minha familia  apesar de sermos negros sempre fomos uma especie de classe alta da periferia.Meu pai era da CMTC  ajudava muitos vizinhos e familiares.

      Então sabemos que agora com crise e tudo podemos comprar carne 3 vezes por semana e antes era 3 vezes por mes!

      E sabemos que esses que vive com a corrupção na boca nunca nos proporcionou nada e agora vem falar de miséria para quem viveu na pele!

       

    2. So uma coisa que discordo,o

      So uma coisa que discordo,o supermercado não está caro! hoje temos variedades proximo a nossas casas,encontramos arroz a R$9,00 tipo 1 e feijão a R$3,00.E a feira tirando a cebola.encontramos verduras e legumes na media de R$2,50.

      O problema é a carne que está por volta dos R$17,90.Mas na minha perifa o que ouço mais de reclamação é a falta de médicos nos prontos socorros,metro e trens,falta da agua e internet que é uma bos…. ou roubam os fios! é veridico.enquanto a trampo  está de boa.

       

  32. Pelo visto foi mais do mesmo.

    Pelo visto foi mais do mesmo. Eu estava no meu trabalho na Lapa, Rio, e não ouvi nada, mas confesso que estava com headfone ligado na Rádio MEC. Provavelmente onde minha mãe mora, em Laranjeiras, deve ter havido. 

    Mas o importante não é se teve panelaço ou panelinho. Protesto contra governos faz parte da democracia. O problema é que isso é instrumentalizado para derrubar um governo eleito, o que claro nada tem de democrático. Um panelinho pode ser amplificado e usado para promover o tal ato com que o Aécio conta para pressionar o TCU.

    É dentro dessa realidade que o governo tem que atuar. Mas é claro que se a panelagem tivesse ido além dos bairros ricos seria deveras preocupante. 

  33. ANTOLHOS MIDIÁTICOS

    — Sinto muito, mas não dá pra bater panelas com elas cheias.

    Respondeu a PERIFERIA e boa parte da ELITE que conseguiu retirar os ANTOLHOS MIDIÁTICOS.

  34. Aqui onde eu moro, Perdizes,

    Aqui onde eu moro, Perdizes, teve como das outras vezes uma masturbação coletiva dos onanistas coxinhas! A verdade, caros, o articulista colocou meuito bem, estes onanistas coxinhas não suportam ver classe c e d comprando, se divertindo, viajando, estudando (como, até estudando?). REclamam, mas no sábado e domingo estão eles lá no parque da  àgua Branca com suas bábas vestidas de branco! Mas confesso quediminuiu bem o número de famílias que possuem “isso”!

  35. O senhor acha mesmo que quem

    O senhor acha mesmo que quem é muito rico que ja foi dono de escravos esta mesmo preocupado com panelas? ou em depressoes em frente a tv de led? na verdade quem é rico nessas horas deveria estar em algum iate, ou tomando uma bebida que custa sei la mais de 20 mil reais, infelizmente por conta dessa lavagem cerebral que o governo esta conseguindo fazer com quem geralmente tem um ponto de vista e não abre mão de ver q seu ponto de vista pode estar equivocado se ele generaliza de forma absoluta as coisas, quem é rico e esta com dinheiro esta pouco se lixando para tudo isso, agora o que poucos percebem é em relação aquela parte da população que nasceu pobre que morou na periferia, que passou fome em determinado momento na vida, que perdeu diversos amigos para as drogas para outras coisas, mas q preferiu mesmo com todas essas dificuldades seguir e lutar e nao ficar se lamentando e que pode-se dizer que conseguiu trinfar na vida, poder ter um carro, uma casa, enfim e essa parte da população é justo que eles sofram os prejuizos causados pelo Governo, esse povo tambem ja bateu ou bate panela, o que eu tb acho ser um protesto primeiro que eivado de falta de educação, e depois sem nexo nenhum, com base na ignorancia, é preciso sim debater as coisas em prol de toda a população não só de pobres miseraveis, tampouco para ricos, mas ja esta escandalizado demais essa tentativa de dividir ricos contra pobres estão esquecendo da população que não é nem rica e nem pobre mas q precisa da economia com força para manter o q lutou para conquistar, ao invés de escritores pregarem isso pelo contrário pregam mesmo a lide, e em crises quanto mais dialogos, e admitir o erro mais facil podemos sair dela, agora amigos pobres reflitam sobre isso, e amigos ricos, reflitam tb sobre a possibilidade de lutarmos contra as diferenças sociais, afinal ter dinheiro, ter poder aquisitivo é o q todos querem pobres ou ricos, é essa a nossa briga não adianta encher a panela de comida na periferia se nao tiver programas sociais q realmente busquem diminuir a diferença social, a panela cheia satisfaz por pouco tempo, pelo poder do consumismo todos querem ter poder aquisitivo maior, o pobre merece muito mais do q panela cheia isso é o minimo é obrigação. 

    1. Nós X Eles

      O PT conseguiu efetivamente dar um “upgrade” à velha dicotomia Nós X Eles. Antigamente os inimigos eram a tal elite, na verdade uma abstração, um totem, uma entidade etérea que ninguém sabia dizer exatamente o que consistia, exceto que seus integrantes eram sempre os outros. Mas os coxinhas são diferentes, eles têm existência material. Cruzamos com eles nas ruas, todos conhecem ao menos um deles. Isso é meio constrangedor, pois se antigamente podia-se externar a bile contra uma figura etérea e abstrata, hoje o inimigo pode ser seu vizinho, seu colega de trabalho e até seu parente. É triste, não estamos mais lado a lado gritando contra um inimigo comum que nunca reage.

      Mas uma coisa não mudou: sejam as manifestações de ontem ou de hoje, sejam contra ou a favor do PT, quem toma parte é a pequena burguesia politizada e cheia de anseios e frustrações. Penso que essa definição se enquadra a todos os participantes deste forum. Os ricos de verdade não querem nem saber disso, têm coisa mais interessante para fazer, e quando estão descontentes com o país, simplesmente mudam de país. O mesmo se diz a respeito dos pobres das favelas: ninguém viu nenhum deles no panelaço de ontem. Mas tampouco alguém os viu batendo panela contra Collor ou FHC. Tal como os ricos, eles vivem em um outro mundo que pouco é afetado por tocas de governo, e quando saem às ruas, é porque algum vizinho foi baleado pela polícia ou os traficantes ordenaram.

    2. sobre pontuação

      Sr. Wlmojr (que nome!), nos seus longos (acredito), anos de estudo, por acaso aprendeu algo sobre pontuação? Por acaso ensinaram ao senhor que existe o ponto final, a vírgula, os dois pontos, o ponto e vírgula, o ponto de exclamação e o de interrogação? Repare bem o texto que escreveu e pense no que escrevi. Abraços.

  36. Estão se queixando de que?

    Estes mesmos que batem panelas, são aqueles que no ano passado deixaram no exterior DOZE (12) BILHÕES DE DÓLARES, em suas viagens de férias e lazer. Foram DOZE (12) BILHÕES DE DÓLARES que ajudaram a pesar negativamente a balança comercial brasileira. Não foi dinheiro gasto com importação de bens de capital ou o que o valha. Foram DOZE (12) BILHÕES DE DÓLARES esbanjados para o seu prazer único e exclusivo. Agora, estão se queixando de que?   

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