Por Fábio de Oliveira Ribeiro
Todo golpe de estado é um roubo. A diferença entre ambos não existe ou é apenas virtual. Num roubo a vítima é privada da sua propriedade mediante violência ou grave ameaça praticada por um ou mais ladrões. Num golpe de estado o partido político que venceu as eleições de maneira legítima é privado do poder com o uso de artimanhas parlamentares e judiciárias ou com o emprego de milhares de soldados armados com fuzis, canhões, tanques e aviões de guerra.
A semelhança entre um roubo e o golpe de estado que tem sido encenado de maneira insistente pela oposição com ajuda da imprensa me fez lembrar algo ocorrido na década de 1980. Algo há muito esquecido e que hoje resolveu sair das cavernas da minha memória.
Antes de entrar na Faculdade de Direito fui “Assistente de Depto. Pessoal” na metalúrgica Brastubo S/A, empresa situada no bairro do Jaguaré em São Paulo. Naquele tempo eu curtia a vida carregando marmita e não tinha tempo para me preocupar com roubos, golpes de estado ou coisa parecida.
Após ganhar uma concorrência para produzir tubos revestidos para a Petrobrás, a Brastubo S/A contratou uma construtora para fazer reformas na fábrica a fim de iniciar a produção dos novos produtos. Os operários e o engenheiro desta empresa entravam na fábrica pela Portaria próxima ao meu local de trabalho. Em razão disto acabei tendo contato com eles. A história que passo a narrar é verídica.
O engenheiro que tocava as reformas fazia o pagamento dos seus operários em dinheiro. Num dia ele recolhia os cartões de ponto dos peões. Alguns dias depois, após os apontamentos e cálculos necessários terem sido feitos, ele sacava o dinheiro num Banco próximo e pagava os operários. Certa feita ele entrou correndo pela Portaria visivelmente perturbado.
– Acabei de ser roubado! gritou.
Eu e outros empregados no local o cercamos. O que ocorreu? perguntamos.
– Fui ao Banco sacar a grana dos peões. Quando entrei no carro fui abordado por dois caras armados. Eles entraram no veículo me fizeram dirigir até a esquina da Givaudan. Então me fizeram parar o carro, me jogaram para fora do mesmo e eu corri.
– Fodeu – disse o chefe da segurança da Brastubo – os peões da obra ficarão sem pagamento e o pagamento problema será meu.
– Não tem problema não Alonso. O dinheiro e a lista dos pagamentos estão comigo. Eles só levaram meu carro e três pacotes de cartões-de-ponto. Enquanto eu dirigia um dos ladrões pegou os mesmos no banco de traz perguntando se era o dinheiro. Disse que sim. Vi ele meter os pacotes no bolso da jaqueta enquanto o outro me jogava para fora do carro. Foi por isto que meti sebo nas canelas até aqui. Estava com medo deles descobrirem o engano.
Algum tempo depois, o carro do engenheiro foi encontrado próximo à Brastubo com buracos de bala. O incidente foi reportado à Polícia, mas não sei qual a solução do caso.
Os tucanos e seus “canetas” na imprensa estão tentando de todas as maneiras roubar o poder atribuído de maneira legítima a Dilma Rousseff. Até o presente momento os golpistas só conseguiram ficar com três pacotes de coisas sem valor para eles: derrotas judiciárias, zoação diária na internet e humilhação nos jornais europeus e norte-americanos. Os valores que a presidenta carrega não podem ser ser roubados. Estão em segurança e assim continuarão.
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“Até o presente momento os
“Até o presente momento os golpistas só conseguiram ficar com três pacotes de coisas sem valor para eles: derrotas judiciárias, zoação diária na internet e humilhação nos jornais europeus e norte-americanos”:
Eduardo Cunha, Renan Calheiros, e a terceira vaga ainda esta pra ser definida pois Aecio eh a Gafe Ambulante e nao qualifica nem pra auto-engano tucano!
Interessante…
Fico imaginando qual teria sido o desfecho desse caso,se à Lei tivesse conhecimento da identidade dos meliantes.
Quanto ao dinheiro do
Quanto ao dinheiro do pagamento dos peões (objeto pretendido por ambos) o crime não ocorreu (pois eles roubaram apenas os pacotes de cartoes-de-ponto). Mas eles responderiam pelo roubo do carro. Crime agravado pelo uso de arma de fogo.
Já é alguma coisa.
Já é alguma coisa.
Le Roi, Eduardo Cunha, o
Le Roi, Eduardo Cunha, o absoluto falará em cadeia nacional no dia 30 de julho. O dia seguinte já começa com ameaça do golpe marcado pela oposição. Tudo cronometrado, não sei se bem bolado. Um dia a cadeia nacional de Cunha será outra. Numa colônia, quem sabe? cheia de menores infratores como companhia. O tempo será teu juiz. Ou carrasco.
Depois da Casa Arrombada Acordei…
É muito importante que o governo se acautele e reforce as defesas. Até a presente data o Governo contou com auxílio popular, muita sorte e incompetência e briga de poderes dos adversários.
Entretanto, a parte que cabe ao governo se defender em áreas como : prevenir vazamentos ilegais em escândalos, segurança fraca ou “vendida” durante visitas no exterior, fraca defesa jurídica, descontrole de instituições que deveriam estar sob subordinação.
Hoje a economia está fraca, a população descontente devido ao desemprego e medo causado pelos meios de comunicação abertos e impressos, então se o governo deixar isto tudo vai minar seu principal capital que é o apoio popular.
Sem o apoio popular, mesmo o inimigo sendo incompetente, ele conseguirá romper as defesas.
Pois como por Maquiavel, quando o invasor “trata o povo” melhor que o governante, o “povo” seguirá o invasor. Normalmente é através de engodo, mas para o povo, o momento presente é o que importa.