O episódio Carlinhos Cachoeira, envolvendo autoridades goianas, o ex-Secretario de Seguranca Demóstenes Torres, talvez ajude a deslindar um dos grandes mistérios do sistema penal estadual: o caso Leonardo Pareja.
Trata-se daquele rapaz preso no CEPAIGO, presídio goiano, que, aproveitando um dia de visitas no presídio, transformou vários visitantes em reféns, denunciando as condições em que viviam os prisioneiros.
A rebelião foi dominada. Tempos depois, Pareja se envolveu com a filha de uma alta autoridade do estado.
Foi morto. Há suspeitas de que sua execução foi decidida em salas influentes do estado.
Atualização às 09:52 de 05/03
Vocês fizeram um belíssimo trabalho de reconstituição da vida de Leonardo Pareja.
Mas a questão principal ainda não foi solucionada: quem planejou sua morte?
Há lendas que correm no interior do Tribunal de Justiça de Goiás sobre reuniões extra-oficiais que teriam ocorrido lá e que poderiam jogar luz no episódio.
Que jornalista se habilita? A retribuição poderá ser um Prêmio Esso de Reportagem.
Pareja foi morto em dezembro de 1996.
Clique aqui para uma pequena note sobre o traficante que matou Pareja. Ele foi preso no dia 15 de maio de 2011.
Provavelmente a chave para esse mistério é Leonardo Dias Mendonça que esteve preso no CEPAIGO até pouco tempo atrás e foi transferido para um presídio de segurança máxima no sul do país. Leonardo Mendonça foi preso na Operação Diamante, da Polícia Federal.
Aliás, quem conseguir o relatório sobre a Operação Diamante, favor postar nos comentários.
Atualizado às 14:15 de 05/03
Belíssimas contribuições de vocês para o caso Pareja.
Do que levantaram até agora, constata-se:
- A Operação Diamante teve um alcance enorme, envolvendo inclusive o sistema antidrogas dos EUA.
- Leonardo Dias Mendonça tinha enorme influência sobre desembargadores e autoridades goianas.
Para aprofundar as investigações, vamos focar em algumas suspeitas específicas:
- Há informações de que a Operação Diamante deteve por uma noite alta autoridade do executivo goiano. Depois, a detenção teria sido abafada. Quem seria?
- Ainda não sabemos se a influência de Leonardo Dias se restringia aos desembargadores presos ou ia além. A informação é relevante até para reconstituir o histórico de cumplicidade do crime organizado com os poderes em Goiás.
- Há informações de que Pareja teria se envolvido com a sobrinha de uma alta autoridade em Goiânia. Pode ser que a fonte tenha confundido com a sobrinha de ACM. De qualquer modo, seria bom levantar as moças que caíram na lábia do nosso Don Juan dos presídios.
- Precisamos saber também se os dois traficantes que participaram da sua execução pertenciam ou não à quadrilha de Leonardo Dias.
Nosso quebra-cabeças ainda não está completo. Há alguns hipóteses a serem analisadas, em paralelo, para entender melhor a trama:
- Uma hipótese seria a de que Parejo foi executado foi ter se metido com moças que não devia.
- Há a possibilidade de ter se tornado uma testemunha extremamente perigosa, porque com acesso às informações do presídio e com acesso à mídia.
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