Cinco pessoas são resgatadas de trabalho análogo à escravidão

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Condições de trabalho encontradas em empresa de carvão na Bahia foram consideradas degradantes e insalubres

Foto: Fabienne FILIPPONE via Unsplash

Cinco trabalhadores em regime de trabalho análogo  à escravidão foram resgatados pela equipe de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho de uma empresa de carvão na região de Cassange, em Salvador (Bahia).

O estabelecimento ensaca carvão vegetal, em pacotes de 1,650kg, 2,00kg e 4,00kg e realiza o transporte para outras empresas que distribuem o produto no Estado.

Segundo o Ministério do Trabalho, a empresa não fornecia equipamentos de proteção como calçados, vestimentas ou máscaras, e os empregados trabalhavam usando chinelo e bermuda.

O estabelecimento também não disponibiliza local para alimentação, tendo os trabalhadores de realizar suas refeições no mesmo galpão de ensacamento do carvão.

Nenhum trabalhador nunca foi submetido a exames médicos admissionais ou periódicos, eles não tinham acesso a água potável e as instalações sanitárias eram desprovidas de porta, lavatório, assento e coletor de lixo.

A denúncia também aponta uma jornada de trabalho acima de 12 horas por dia, com os empregados chegando a trabalhar mais de 12 horas por dia, produzindo até 1.000 ensacamentos de carvão a uma remuneração de R$ 16 centavos por saco.

Além disso, os trabalhadores não tinham registro de contrato de trabalho, férias, décimo terceiro salário ou adicional de insalubridade. Resgatados, eles terão direito a três parcelas do seguro-desemprego, e a empresa está em negociação para pagar os direitos devidos.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador