Cinco trabalhadores em regime de trabalho análogo à escravidão foram resgatados pela equipe de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho de uma empresa de carvão na região de Cassange, em Salvador (Bahia).
O estabelecimento ensaca carvão vegetal, em pacotes de 1,650kg, 2,00kg e 4,00kg e realiza o transporte para outras empresas que distribuem o produto no Estado.
Segundo o Ministério do Trabalho, a empresa não fornecia equipamentos de proteção como calçados, vestimentas ou máscaras, e os empregados trabalhavam usando chinelo e bermuda.
O estabelecimento também não disponibiliza local para alimentação, tendo os trabalhadores de realizar suas refeições no mesmo galpão de ensacamento do carvão.
Nenhum trabalhador nunca foi submetido a exames médicos admissionais ou periódicos, eles não tinham acesso a água potável e as instalações sanitárias eram desprovidas de porta, lavatório, assento e coletor de lixo.
A denúncia também aponta uma jornada de trabalho acima de 12 horas por dia, com os empregados chegando a trabalhar mais de 12 horas por dia, produzindo até 1.000 ensacamentos de carvão a uma remuneração de R$ 16 centavos por saco.
Além disso, os trabalhadores não tinham registro de contrato de trabalho, férias, décimo terceiro salário ou adicional de insalubridade. Resgatados, eles terão direito a três parcelas do seguro-desemprego, e a empresa está em negociação para pagar os direitos devidos.
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