GCM tentou impedir distribuição de sopa para moradores de rua, acusa Júlio Lancellotti

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Jornal GGN – Na noite desta quinta-feira (20), o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, acusou guardas-civis metropolitanos (GCMs) de tentar impedir a distribuição de sopa para dependentes químicos e moradores de rua na região chamada de Cracolândia, no centro de São Paulo.
Através das redes sociais, o padre afirmou que “o grupo Mensagem de Paz está oferecendo sopa quente, água e acolhida na Cracolândia e estão sendo pressionados e impedidos pela GCM. Informei ao secretário de Segurança Urbana da Prefeitura. É inaceitável”.
O coronel José Roberto Rodrigues, secretário de Segurança Urbana, disse que foi contatado por Lancellotti e que, ao saber do ocorrido, ligou para o responsável pela Guarda Civil na região, pedindo para liberação da entrega do alimento.
Rodrigues afirmou que há um decreto que afirma que o alimento manipulado não pode ser entregue para a população de rua, e também disse que questão da distribuição da sopa foi resolvida.

“Neste momento de imediato (noite desta quinta), estamos fazendo esforço com Defesa Civil para minorar o sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade. As viaturas estão a noite inteira rondando para auxiliar essas pessoas. A gente tem de ver o lado humano das coisas. Tentamos convencer as pessoas para irem para albergues e a Defesa Civil da área está orientada a entregar cobertores”, disse o coronel.
Gestão Doria
Com o frio que chegou na cidade nesta semana, a preocupação com os moradores de rua aumentou e diversos casos geraram críticas à gestão do prefeito João Doria (PSDB).
Na tarde de terça-feira, um morador de rua foi encontrado sem vida no cruzamento da rua Teodoro Sampaio com a avenida Doutor Arnaldo, na zona oeste. Há indícios de que ele tenha morrido em razão da baixa temperatura, segundo a Polícia Militar.
Um dia depois, uma reportagem da rádio CBN denunciava que os moradores de rua eram acordados por jatos de água das equipes de limpeza da prefeitura, que molhavam seus pertences. Elesa também reclamavam da falta de vagas em abrigos.
Também na quarta-feira, Doria foi hostilizado por moradores de rua enquanto entregava cobertores na Santa Cecília, no centro da cidade.
Redação

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