Haddad afirma que violência da PM em ato foi “incompatível” com a cidade

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, manifestou-se sobre a repressão pela Polícia Militar, durante o ato pela redução das tarifas do transporte em São Paulo, ocorrido nesta terça (13). Para Haddad, as imagens são “incompatíveis” com a cidade que “sempre foi palco de manifestações”.
 
“A preocupação é grande com as cenas que foram colhidas ontem”, disse Haddad à imprensa na tarde desta quarta-feira (13). O prefeito cobrou que São Paulo seja espaço de “democracia”, onde as pessoas possam se manifestar livremente.
 
Pelo menos 13 pessoas foram detidas pela ROTA, ROCAM e Força Tática e outras dezenas foram feridas gravemente pela atuação da polícia, que depois foi elogiada pelo Secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre de Moraes, e pelo governador Geraldo Alckmin, que considerou “ótima a alteração da estratégia” da PM de atacar preventivamente. 
 
Entre os feridos, estavam uma grávida, que sofreu o temor de perder o feto após receber um chute em sua barriga, e um estudante, que teve fraturas expostas na mão, e pode perder alguns movimentos.
 
“As cenas são muito incompatíveis com a cidade de São Paulo que a gente deseja. São Paulo é palco de manifestações, este ano passado tivemos várias com 40 mil pessoas, 30 mil pessoas, sem incidentes”, disse o prefeito.
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. A violência policial foi, de

    A violência policial foi, de fato, excessiva.

    Mas não deve ter sido apenas mais uma demonstração de truculência. 

    Pode ter objetivo mais especifico, mirando outro alvo.

    Em ano de Olímpiada e de julgamento no TSE, nada melhor do que provocar protestos que decerto contarão com ativistas profissionais (padrão mundial), cada vez mais endiabrados. Cenário perfeito pra consumar um golpe.

  2. Lembrando que Alckmin foi reeleito em primeiro turno
    Sugiro a mudança do título para : “Alckmin considera “ótima a alteração da estratégia” da PM de atacar preventivamente”

  3. O Brasil entre o novo e as velhas praticas

    São Paulo e o Brasil entre dois compassos: de um lado a velha republica de Alckmins, de outro, o novo momento politico de um Haddad. Espero que escolhamos ir adiante e não ficarmos no passado.

    As passeatas sem incidentes em SP, são aquelas que não envolvem o governador Geraldo Alckmin.

  4. O sensato sob fogo cruzado

    De um lado, o troglodita Alckmin, responsável pela PM, manda descer o porrete. De outro, a meninada do MPL dá um jeito de colocar as digitais do Haddad no porrete…E no meio disso tudo, Haddad, um dos melhores políticos que apareceu no Brasil nos últimos tempos apanha de todos os lados.

    Ao invés dos mpelistas aproveitarem a abertura do Haddad, aproveitarem o fato de ter sido o prefeito que mais atuou no campo da mobilidade, construindo ciclovias, faixas de ônibus, concedendo passe livre a estudantes, sugerindo a CIDE-Combustível para subsidiar a tarifa de transporte…preferem atacar o prefeito até pelo que não fez (comandar a PM). 

    Sabemos que nunca conseguirão a tal tarifa zero (a ideia não é ruim), mas podem se gabar de terem sido o estopim para abrir a caixa de pandora do fascismo pós junho de 2013.

  5. desta vez haddad foi mais

    desta vez haddad foi mais incisivo e aproveitou  o momento correto de se pronunciar…

    em 20123, demorou muito e acabou sendo massacrado por todos os lados…

     cada vez  fica mais claro que , senão o mpl, os mpelistas

    usam o movimento para fazer puiblicidade de um anarquismo pós-moderno…

    e angariar simpatizantes para um caos do qual se aproveitariam…

    a que interesses defendem?

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