Bolsonaro diz que há ameaça de volta da esquerda no poder

"Um fantasma paira", diz o presidente antes de pedir apoio para a reforma da Previdência e mostrar amizade com o Congresso

Foto: Carolina Antunes/PR

Jornal GGN – Jair Bolsonaro fez uma espécie de discurso de explicações aos seus eleitores e tentativa de angariar apoios a posicionamentos contraditórios do mandatário, durante a cerimônia de posse do novo presidente da Embratur, nesta quarta-feira (29). Como uma forma de pedir adesão popular à reforma da previdência e da sua aliança com o Congresso, disse que “há ameaças” sobre o retorno da esquerda no comando do país.

Muita gente não tem interesse de eu estar sentado naquela cadeira”, afirmou Bolsonaro, no discurso improvisado e sem relação com a posse de Gilson Machado na Embratur, nesta quarta. O tom dramático e do qual não quis “entrar em detalhes” foi dado logo antes de falar que precisaria da “consciência de todos” para obter a governabilidade e aprovar a mudança na aposentadoria dos brasileiros.

Em mistura de desabafo com auto-vitimização, Bolsonaro disse que é difícil ser presidente e que ninguém deveria “desejar sua cadeira”, porque ele enfrenta pressões. Ameaças existem. Muita gente não tem interesse de eu estar sentado naquela cadeira. Não vou entrar em detalhes. Estamos conseguindo governar o Brasil”, afirmou.

Seguindo nessa linha, o presidente admitiu que muitos de seus votos foram conseguidos pela opção de exclusão, ou seja, aqueles que votaram em Bolsonaro porque não queriam o PT. E buscando justamente que esse setor o siga apoiando, emendou que “um fantasma paira sobre o governo”, ao se referir a uma ameaça da volta da esquerda no poder.

Tudo isso para continuar na sua defesa contraditória pelas mudanças nas aposentadorias dos brasileiros, do qual afirmou precisar da “consciência de todos” porque “é necessária para o bem de todos” e mostrar que mantém bom relacionamento com o Congresso:

“Logicamente, no início de qualquer governo temos problemas, existem algumas caneladas, mas nunca somos inimigos”, disse. “Isso está voltando à normalidade, o relacionamento que deveria ter. Estou muito feliz com isso”, continuou.

Redação

6 Comentários

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  1. é a política de botar medo no povo….
    o medo da mudança real, como ocorreu na era petista….
    o medo da revolução francesa, por exemplo….
    o medo do terror e da guilhotina, em seguida….
    o medo de ter medo….e por aí vai a mutreta
    dessa direita infame, que aterroriza para manter
    o poder sem qualquer mudança em
    benefício da população….

  2. Ameaça ou esperança da retomada do estado democrático de direito? A esquerda tem sido golpeada desde a reeleição de Dilma Rousseff.

  3. O presidente tem um diploma fornecido pelo TSE, mas o verdadeiro poder já está nas ruas. Jair Bolsonaro não o controla e nunca irá controlá-lo. Logo, o capitão vagabundo ja caiu. Bolsonaro não vai admitir esse fato. Ele terá que ser empurrado para fora do Palácio do Planalto.

  4. Foi o discurso do anti-petismo que fez muita gente votar nele de olhos fechados…agora que começa a balançar no poder,usa a mesma tâtica com o executivo…só que esses são espertos…

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