EUA é o primeiro país do mundo a atingir marca de 1 milhão de mortes por covid

Victor Farinelli
Victor Farinelli é jornalista residente no Chile, corinthiano e pai de um adolescente, já escreveu para meios como Opera Mundi, Carta Capital, Brasil de Fato e Revista Fórum, além do Jornal GGN
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País lidera o ranking de mortes (no qual o Brasil é o segundo) desde meados de 2020, e ainda tem grande parte da sua população não vacinada

Foto Xinhuanet

Os Estados Unidos superaram, nesta semana, a marca de 1 milhão de pessoas mortas por covid, tornando-se, assim, o primeiro país do mundo a alcançar essa estatística negativa, nestes cerca de 30 meses desde o começo da pandemia.

O recorde foi confirmado na noite desta quarta-feira (4/5) pelo telejornal NBC News, que também exibiu os primeiros cinco países do ranking mundial de mortes por covid: depois dos Estados Unidos aparece o Brasil, como 664 mil mortes, seguido por Índia (524 mil), Rússia (368 mil) e México (324 mil).

Considerando o total de 6,3 milhões de vítimas fatais da doença em todo o mundo, de acordo com o observatório do coronavírus da Universidade Johns Hopkins (Estados Unidos), os números se aproximam de uma proporção na qual uma de cada seis mortes por covid registradas no planeta acontece em terras estadunidenses.

Segundo os especialistas em saúde, a quantidade de mortes por covid nos Estados Unidos se deve, entre outros fatores, pela grande quantidade de pessoas não vacinadas no país, estimuladas por grupos antivax que tiveram muito espaço para divulgar sua doutrina, especialmente em 2020, último ano do governo de Donald Trump – que chegou a apoiar algumas de suas iniciativas, e que, mesmo quando deu uma guinada em favor da vacinação durante sua campanha de reeleição, manteve o apoio à “liberdade de expressão daqueles que não querem se vacinar”.

O estudo Our World in Data, respaldado pela Universidade de Oxford (Reino Unido), indica que cerca de 22% da população dos Estados Unidos não tomou nenhuma dose de nenhuma das vacinas disponíveis contra o coronavírus – o que compreende pouco mais de 70 milhões de pessoas.

Também há um importante setor, cerca de 11% da população, que não tomou todas as doses, o que reduz a pouco mais de 66% a porcentagem de pessoas que possuem esquema completo de vacinação nos Estados Unidos – uma das taxas mais baixas entre os países desenvolvidos.

Em janeiro deste ano, o governo de Joe Biden chegou a iniciar uma campanha de conscientização, baseada em números mostrando como a quantidade de mortes e casos graves da doença eram muitíssimo maiores entre pessoas que não estavam vacinadas – na época, cerca de 75% dos casos de hospitalização correspondiam a pessoas que não tomaram nenhuma dose de vacina contra a covid.

Victor Farinelli

Victor Farinelli é jornalista residente no Chile, corinthiano e pai de um adolescente, já escreveu para meios como Opera Mundi, Carta Capital, Brasil de Fato e Revista Fórum, além do Jornal GGN

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