Bolsonaro diz que só existe democracia e liberdade quando as Forças Armadas quiserem

Bolsonaro também disse que irá governar junto "daqueles que amam a pátria, que respeitam a família e daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa"

Foto: Reprodução

Jornal GGN – “Democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas quiserem”, disse o presidente Jair Bolsonaro, durante discurso no aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro, na manhã de hoje (07).

A declaração foi dada para enaltecer o papel dos militares no país e também aproveitou o discurso para deixar o seu posicionamento sobre as atuais relações internacionais, em meio à crise política que vive a Venezuela e a aproximação que o governo Bolsonaro deu em relação aos Estados Unidos.

O discurso foi introduzido pelo mandatário ao citar o que ele acredita ser a missão de governar o Brasil. E, ainda, como já vem fazendo sempre que a platéia é formada por militares, tratou de exaltar sua empatia pessoal com as Forças Armadas:

“Temos uma missão de mudar o Brasil. Esse foi nosso propósito, essa foi nossa bandeira ao longo de quatro anos andando por todo Brasil. (…) O que eu quero para o senhores, meus irmãos militares. Sou do Exército brasileiro, mas tenho uma formação muito semelhante à de vocês. A minha última unidade foi a Brigada de Infantaria Paraquedista. Eu quero a vocês conversando, ouvindo, debatendo uma retaguarda jurídica para que vocês possam exercer seus trabalhos, em especial nas missões extraordinárias da tropa”, começou.

Em seguida, ainda nessa linha de valorizar os militares, disse que “a segunda missão” que ele tem na hora de governar o Brasil “será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil”. Neste momento, segmentou a fala para os seus eleitores específicos: “daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família”.

Até chegar a direcionar o discurso sobre as relações internacionais, no direcionamento dado por Bolsonaro junto ao Itamaraty, em meio ao cenário de crise com a Venezuela, do não reconhecimento do Brasil ao governo de Nicolás Maduro, do apoio ao opositor Juan Guaidó e também da aproximação maior dada pelo ministro Ernesto Araújo e pelo vice Hamilton Mourão junto à políticas do governo norte-americano.

Sem receio de excluir ou impedir o diálogo junto a outras nações, Bolsonaro assim se manifestou: “[A missão será cumprida ao lado] daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa”. E seguiu: “daqueles que amam a democracia e a liberdade”.

“E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer” [sic], concluiu.

Ainda durante o evento, o mandatário tratou de valorizar a plateia de militares e prometeu que terá um cuidado com eles na Reforma da Previdência: “O que eu quero aos senhores é sacrifício também. Entraremos sim, numa nova Previdência que atingirá os militares, mas não deixaremos de lado, não esqueceremos, as especificidades de cada força”, disse.

Redação

11 Comentários

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  1. É ameaça, mas vai falar que foi brincadeira………….

    Temos um desmiolado no controle de um dos maiores países do planeta, isso diz muito sobre o povo que colocou essa figura lá……..

    E o infeliz ainda esbravejou que se gasta muito com Educação…….

    Um transatlântico nas mãos de um desvairado tende a adernar ou colidir contra as pedras…..vamos ficar esperando sermos suas vítimas?

    Neguinho já arrumou dóis bi e meio e outro vai deseducar estadunidenses, e nós, sifu?

  2. As forças armadas possuem duas opções: podem estar ao lado do grupos sociais que detém o poder econômico ou ao lado dos que não detém esse poder. No Brasil, a escolha sempre foi a primeira. E quanto mais brutal o poder econômico dominante, tanto mais cruel as forças militares que lhe dão suporte.

  3. Esse vagabundo acredita que estamos com medo.
    Mas na verdade quem está apavorado é ele mesmo.
    Bolsonaro não comanda o Exército.
    Se vacilar ele será descartado num cemitério junto com os filhos.
    Portanto, nós temos o dever de dar uma empurradinha.
    Demorou… O que o Exército está esperando para substituir um fiscal de cu lunático pelo general-vice.
    Deixe de ser bunda-mole general Mourão. De um passo adiante e se apresente para o comando. Caso contrário você cairá junto com o capitão vagabundo.

  4. Forças armadas são instituições compostas por cidadãos brasileiros e que prestam um serviço a população e que por coerência deve obedecer a constituição brasileira. A democracia só existe quando os cidadãos respeitam a constituição, sejam eles do judiciário, da sociedade civil, das forças armadas. A nação vive da produção de bens de seus filhos amados…

    1. Então vc dá razão ao Bozo. Porque nenhuma dessas milícias, tanto a judiciária quanto a verde saúva, tem histórico de apreço à Constituição, muito menos às leis ordinárias.

  5. Nassif: só você não me escuta. Canso de repetir o alerta de Saint-Hilaire — Ou o Brasil acaba com as Saúvas que assolam a Nação ou essa praga destrói o Brasil. Principalmente a espécie Verde, a mais estarrecedora. São do tipo soldados, armados de poderosas pinças, que prendem e estraçalham o que estiver pela frente. Têm um apetite insaciável. Não há lavoura que suporte. Não há vegetal que resista ou suporte. Destroem tudo à sua volta. Depois voltam ao formigueiro e esperam que o lavrador recupere o que destruíram. Quando a plantação voltar a produzir, reaparecem, repentinamente, e começam tudo de novo. É cíclico. Mas fazem assim há mais de um século. Parece que nessa nova investida vieram associado a outra desgraça, calçada esta nova praga com muito dinheiro, tirado de uma empresa Petrolífera. E pretendem lançar para direção do formigueiro um dos seus nojentos membros, altamente mortífero e vingativo. Um formigão sem moral nenhuma. E estão se associando a moscas, ratos, baratas e lacraias. São imunes aos agrotóxicos liberados pela ministra da Agricultura. Pretende (com tanta grana) botar pra quebrar. Dizem que até as milícias do Tanque estão temerosas…

    PS: gostava quando davam “estrelinhas”. Ganhava poucas, raríssimas vezes cinco. Mas que saudade.

  6. O que o Bolsonaro disse não foi o que ele quis dizer e o que ele quis dizer não foi o que ele disse.

    Ele disse:

    “A segunda missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer”.

    Mas o que ele quis dizer foi o que o Mourão disse:

    “O que o presidente quis dizer? Está sendo mal interpretado. O presidente falou que onde as Forças Armadas não estão comprometidas com democracia e liberdade, esses valores morrem. É o que acontece na Venezuela. Lá, infelizmente, as Forças Armadas venezuelanas rasgaram isso aí. Foi isso que ele [Bolsonaro] quis dizer”. – Hamilton Mourão

    De acordo com o Generito Mourão, o problema está no receptor, não no emissor, muito embora o emissor não saiba se expressar. Quem se diz uma asneira como a a seguir transcrita, é um burro:

    “E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer”.

    Assassinaram a gramática.

  7. Será que Bolsonaro não deixou subentendido que está apenas exercendo um papel a ele “imposto”, que a qualquer momento ele pode colocar a bola em baixo do braço e acabar com o jogo; Isso não estaria confirmando o que o “Revoltado On Line” Marcello Reis havia denunciado em ? vídeo, e que foi tudo “mais uma bola na trave” apenas mas uma das articulações “que desandaram” de Fernando Henrique, o nosso querido “Mystérieux habitant de la Av. Foch” ••• youtu.be/a68G4V1oRLU •••

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