Elo dos Bolsonaro com milícia cresce após prisão do tio de Michelle

Jornal GGN – A ligação da família Bolsonaro com as milícias ganhou um novo capítulo na noite de quarta (29), com o Correio Braziliense revelando que o tio de Michelle Bolsonaro foi preso sob a acusação de integrar uma organização criminosa no Distrito Federal envolvida com grilagem.

O tio de Michelle se chama João Batista Firmo Ferreira, e é sargento da reserva. Ele foi um dos sete militares presos na quarta (29) durante a Operação Horus, que investiga PMs por crime de loteamento irregular do solo, extorsão e até homicídios.

Imagem: Reprodução/Twitter

Os investigadores têm contra o tio da primeira-dama grampos telefônicos e transferências bancárias que comprovariam sua ligação com a milícia investigada.

Segundo reportagem do Correio, o suposto miliciano é irmão de Maria das Graças, mãe de Michelle Bolsonaro.

Os sete policiais-milicianos presos trabalham ou já trabalharam na região do Sol Nascente, onde vive a família de Michelle.

A participação do tio da primeira-dama e dos outros militares na milícia foi delatada por um de seus integrantes, que procurou a polícia para oferecer detalhes do esquema em troca de benefícios, como redução de pena.

“A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal, em parceria com a Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária da Polícia Civil DF e com a Corregedoria Militar do Distrito Federal”, afirma o Correio.

Procurado, o governo Bolsonaro não quis comentar o assunto.

HISTÓRICO

Não é a primeira notícia sobre a proximidade dos Bolsonaro com as milícias.

A campanha de Flávio Bolsonaro, no Rio, também comportou entre seus colaboradores dois milicianos presos ainda em 2018.

Em 2019, a imprensa revelou que a esposa e mãe do miliciano Adriano Nóbrega, ex-Bope, trabalharam por 10 anos com Flávio, em seu antigo gabinete de deputado. A contratação foi feita por Fabrício Queiroz, investigado por esquema milionário de desvio das verbas parlamentares.

Um dos milicianos investigados na operação também era vizinho de condomínio de Bolsonaro e está sob suspeita de envolvimento com a morte de Marielle Franco.

Redação

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