Farsantes na Fiesp e Firjan mantidos por voto de gaveta, por J. Carlos de Assis

Aliança pelo Brasil

Farsantes da Fiesp e Firjan mantidos por voto de gaveta

J. Carlos de Assis

Paulo Skaf é um farsante. Não preside uma verdadeira instituição de empresários, a Fiesp, mas um conjunto de prateleiras onde guarda os nomes e as credenciais formais de sindicatos de gaveta que lhe garantem os números de eleitores fictícios para se eleger presidente. A verdadeira indústria paulista, da Anfavea, automobilística, à Abimaq, de máquinas e equipamentos, não se sente representada na Fiesp, mesmo porque cada uma delas teria, nas decisões, o mesmo peso de uma indústria de cabo de guarda-chuva.

A Fiesp é uma instituição anacrônica, que viabiliza dirigentes anacrônicos. A chave para ter o comando dela, assim como de outras federações patronais, é controlar sindicatos fictícios facilmente compráveis nas eleições. Há coisas tão extravagantes como Sindicato de indústria de estopa. Só de padarias há cinco sindicatos em São Paulo, cada um com seu voto. A lista completa é um acinte. É com essa representação de circo que Paulo Skaf se apresenta ao Estado e ao país como grande paladino na luta pelo impeachment de Dilma. Não obstante, comanda recursos públicos da ordem de R$ 3 bilhões anuais.

Nem industrial esse arremedo de empresário é. Vendeu a indústria da família e tornou-se exclusivamente um rentista. Como pode ser contra a alta taxa de juros, que tanto incomoda os produtores industriais, se isso contraria seus interesses próprios? Seus negócios pessoais não rendem um único emprego. E como um empresário que não gera empregos pode tornar-se um sócio ideológico de um dirigente trabalhista, a não ser pelo fato de q

ue Paulinho da Força foi persuadido, por algum caminho suspeito, a aliar-se a ele pelo impeachment?

Entretanto, Paulo Skaf é um sujeito de sorte. Encontrou no Rio de Janeiro um parceiro à altura, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, outro industrial sem indústria, com quem estabeleceu parceira bilionária para saquear o Sesi e o Senai em favor de interesses próprios. No caso de Skaf, sua obsessão é tornar-se governador de São Paulo a qualquer custo, mesmo que isso custe o último centavo da caixa do Sesi e do Senai, cujos recursos públicos estão sendo investidos em campanhas eleitorais permanentes nas barbas do governo e do TCU.

Os prédios do Sesi e do Senai, principalmente as escolas de aprendizagem industrial e as escolas comuns, estão sendo cobertos em São Paulo e no Rio com as cores da bandeira nacional que eles apropriaram como um convite ao impeachment. Os professores estão intimidados. Os que se alinham às chefias, contudo, por algum interesse, passaram a ensinar aos alunos palavras de ordem como “Lula é ladrão”, num violento ataque à liberdade de opinião e à imparcialidade de cátedra, mediante a manipulação de mentes jovens.

No Rio, a Firjan está nas mãos de Geraldo Coutinho, seu vice presidente executivo, que é quem efetivamente manda na instituição, enquanto Eduardo Eugênio faz péssima política. Coutinho pertence ao Sindicato de Açúcar e Álcool de Campos, em cuja biografia denunciada por testemunhas encontra-se a acusação de ter usado seus fornos para cremar no mínimo dez opositores na ditadura. É esse tipo de gente que representa a indústria paulista e fluminense. Já é hora de acabar com essa farra corporativa que, por circunstâncias variadas e exclusivo interesse pessoal, tornou-se golpista com dinheiro do contribuinte.

J. Carlos de Assis – Economista, professor, doutor pela Coppe/UFRJ.  

Redação

12 Comentários

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    1. Almeida;
      Sugiro sim uma CPI

      Almeida;

      Sugiro sim uma CPI do Sistema S.

      Certamente e facilmente serão coisas de arrepiar o cabelo.

      O empresario brasileiro tanto da indústria quanto do comércio, com raríssimas exceções, ficam choromingando pelos altos impostos. Mas nenhum abre os olhos para ver o que acontece nas suas barbas no sistema S.

      Os honetíssimos de sempre., de sempre se locupletando skaf, shazman, piana, etc etc

      sds

      Genaro

       

       

  1. Eu tenho a impressão de que

    Eu tenho a impressão de que este senhor Skaf tem sérias questões pessoais a serem resolvidas… parece ser uma pessoa emocionalmente vazia, não sei.

  2. Essa falsa representação vem

    Essa falsa representação vem de decadas e tem seu apaogeu nas cupulas nacionais, onde a CNI-Confederação Nacional da Industria teve uma longa relação de presidentes-politicos, de industrias pouco representativas do norte-nordeste, nunca um industrial de grande porte e representatividade esteve lá, o mesmo na CNC-Confederação Nacional do Comercio, onde um

    presidente eterno  reina por mais de 3 décadas. No lado dos trabalhadores a mesma coisa, um presidente da Confederação Nacional dos Trabalhaores na  Industria esteve no cargo por 41 anos e pedia que ninguem lembrasse dele para não ser incomodado enquanto desfrutava as mordomias do cargo.

    Até a decada de 70 os diretores das Federações e Associações empresariais eram industrias e empresarios de verdade, a partir dai vieram clones de empresarios ou empregados de empresas pagos para fazer esse papel de representantes nas entidades, falo pela minha associação, a ABINEE-Associação Brasileira da Industria Eletrica e Eletronica, da qual minha familia foi uma das sete fundadoras e onde fui diretor tesoureiro por 15 anos, a associação operava em conjunto com o sindicato patronal, o SINAEES-Sindicato Nacional da Industria Eletro Eletronica, do qual tambem fui 1º tesoureiro, o maior entre todos os sindicatos que integravam a FIESP em valor de arrecadação do imposto sindical.

    A era dos industriais acabou nessa epoca dos anos 70 e hoje nas associações perto de 100% são executivos empregados

    que não estão no risco pessoal do negocio como os antigos empresarios donos de negocios.

    Todo esse conjunto precisa ser reformado com a abolição do imposto sindical que tambem existe nos sindicatos patronais, calculado sobre o capital e fazendo com que cada um sobreviva pela sua utilidade e capacidade de conquistar adesões e não por imposto que dispensa do trabalaho de atender os socios.

    FIESP e FIRJAN viraram currais coronelisticos onde os dois presidente mudaram os estatutos para ficar ad aeternum e não permitir renovação, Eugenio já está no quarto mandato e Skaf no terceiro formando “grupos” internos de poder e passam a operar exclusivamente seus “projetos pessoais” que nada tem a ver com o interesse das empresas associadas.

    Portanto o contexto da FIESP é geral no Pais que hoje tem uma representação empresarial ineficiente e ilegitima, embora legal, o que explica em boa parte o atual quadro catastrofico das empresas produtoras nacionais orfãs de representação.

    1. Como sempre…Constituição de 1988, nossa Vida Seca!
      Muito preciso! Gostaria de salientar alguns pontos que considero importantes.
      Para reformar o Estado, tem que ter vontade e, acima de tudo, aceitar e enfrentar riscos. A não ser que vc ache que está tudo funcionando a contento. Talvez seja o caso de consultar o Mercadante para sabermos.
      O que as esquerdas acham sobre a possibilidade de extinção do IMPOSTO sindical?
      Não foi o Lula quem disse que a caminho para a sociedade conseguir a tão SONHADA redução da jornada de trabalho era nos sindicatos! Mas essa conquista é social ou disputa de classes?
      Então, me permita repetir a pergunta, o que as esquerdas acham sobre a possibilidade de extinção do imposto sindical?
      Quer reformar o Estado? Riscos, vai assumir?
      Esta parecendo Vidas Secas este comentário. Assim como no livro, nossa sociedade sempre volta ao mesmo ponto.
      Mas que ponto é este? A sim, a constituição de 88.

      Vamos ver outro pontinho nesta Constituição? Um detalhe pequeno. Tem como defender indústria NACIONAL se somos o país Com o maior número de fábricas de carros do mundo? Cuma? ???
      Vou mudar a pergunta.
      Tem como defender a indústria NACIONAL se a Wolks do Brasil, Ford do Brasil, Renault do Brasil, Volvo do Brasil, Mercedes do Brasil, Honda do Brasil e etc. São consideradas indústrias NACIONAIS?
      Quer reformar o Estado? Sem assumir riscos??? Hehehe

      Constituição de 1988, nossa Vida Seca!
      Admita, foi sabotada em sua criação nos seus PONTOS principais para a construção de um país.
      Sabe quem vive elogiando esta Constituição? A Globo…Constituição cidadã, kkkkkk. Lembre se, é sua Constituição! A defenda por mim!

  3. Agência anti ” Temista”

       O governo Dilma, ja nos próximos meses, precisa mudar o sistema de finaciamento público publicitário e assistencial. Já é sabio que 1/3 da renda das mídia elitizadas vem através do marketing de Empresas Públicas, S.E.Mista, e Autarquias. Também é preciso os repasses de verbas estarem condicionado a abertura de cargos de confiança para Entidades Paraestatal e ONGs.

  4. os irrelevantes pretenciosos

    Na Italia a Confindustria deixou de representar o grande empresariado industrial, é por demais paroquial e ares cosmopolitas.

    Recentemente a FCA (Fiat Crysler) procurou espaços mais convenientes e representativos em outros ambientes.

    A FIESP tem alguma relevância no capitalismo que manda?

  5. Patos, cuidado com o cuco que se “eskafede” depois de derrubar!

    Patos, abram os olhos com esses cucos tucanos, pois é oportunismo muito desleal botar ovo em ninho alheio  que eclode antes, para assassinar seus irmãos de choca, derrubando-os do ninho,  afim de ficar com todo o alimento. A categoria moral do Skaf faz parecido, pois sacrifica seus representados ao apostar no quanto pior melhor. A esquerda latino americana fez o papel dela: saiu da concepção de ditadura para a de hegemonia de classe gramsciana ao propor uma composição que incorpora amplas massas em sinergia com o fortalecimento de empresários que aceitam as leis do estado democrático de direito, através do crescimento e posterior desenvolvimento do mercado interno; essa esquerda também viu a importância das forças produtivas modernizadas pela associação anterior com o Império e quis preservar o legado bom desse patrimônio, como a competitividade, porque ele também é fruto da genialidade e diligência do povo trabalhador, ou seja, reconheceu que uma parte do bolo cresceu e ainda poderá ser distribuído, levando ao desenvolvimento de todos numa verdadeira concepção social democrata.

  6. Quem paga o pato

    Além do Skaf ser um dirigente industrial que vive de renda, ele é contra a propriedade intelectual, já que pirateou o pato, e agora está sendo processado por seu verdadeiro criador.

  7. GBOBO GBOEBELLS SEMPRE APRONTA E… NADA DE NOVO NO FRONT
    O silêncio dos (ex) jornalões diz tudo: o caso de sonegação da Globo tem um potencial muito mais explosivo do que as relações carnais entre o bicheiro Cachoeira e a redação da Veja. A Globo é acusada de sonegar R$187 milhões. Acusada por um auditor fiscal. Processo Globo_Derrete02oficial na Receita Federal. A Globo recorreu e perdeu em instância administrativa. Com multa e juros, o valor a pagar passava dos R$600 milhões. Isso em 2006! Hoje, seria mais de R$1 bilhão! São vários mensalões… DOMÍNIO DO FATO PEGA FAMÍLIA MARINHOMiguel do Rosário, via O Cafezinho em 10/7/2013 A teoria do “domínio do fato”, defendida com unhas e dentes pela Globo para prender José Dirceu, pode se voltar contra a família Marinho. Agora que há provas de que documentos incriminadores foram roubados por uma servidora, a mesma teoria, tirada da cartola pelo procurador-geral da República para suprir a falta de provas… >> https://gustavohorta.wordpress.com/2016/04/05/sonegacao-da-globo-equivale-a-30-mensaloes-a-grande-midia-se-cala/

     

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