Lula, o candidato indispensável do povo contra a oligarquia!, por Jean-Luc Mélenchon

Correto,conciso, sem rodeios

Dá engulhos ver as capas dos diários e semanários do PIG/PPV, numa repetição assombrosa, sem qualquer criatividade, ‘sutileza’ ou ‘sofisticação’, publicando editoriais que, mudando os nomes, são idênticos aos usados em 1954 contra Getúlio Vargas, em 1961-63 contra João Goulart e após o golpe militar-civil-empresarial de 1964 contra Juscelino Kubitschek, contra Carlos Lacerda e outros golpistas que esperavam se beneficiar com a inabilitação do “presidente voador”.

No mesmo dia da farsa/fraude jurídica perpetrada pela 8ª gangue do TRF4 contra o Ex-Presidente Lula, o golpista-usurpador-corrupto-profissional, michel temer, para uma platéia vazia em Davos, dizia que “O Brasil superou a ‘crise’ e voltou ao cenário internacional”. Ontem o “ministro da justiça”, torquato jardim, telefonou para o presidente do trf4, parabenizando os integrantes da 8ª gangue desse tribunal de exceção pela condenação de Lula em 2ª instância, chamando de “brilhantes” os três togados que, por meio do tapetão judicial, querem impedir que Lula seja novamente candidato e venha a presidir o Brasil.

Em 16 de julho de 2017, 4 dias após a divulgação da sentença condenatória contra Lula pelo torquemada das araucárias, Ricardo Noblat disse que a sentença seria não apenas confirmada como a pena poderia ser aumentada. Pergunto: como Noblat obteve essa informação? Quem vazou? Antes das 10p0min do dia 24, portanto antes mesmo da leitura do voto do relator, a TV Bandeirantes já anunciava que o TRF4 chancelaria a condenação por unanimidade. Quem vazou essa notícia à emissora de TV? Mais: além da imprensa golpista e do alto comando internacional, especuladores do mercado financeiro já haviam recebido esse vazamenteo, em dias anteriores?

Embora NENHUM jurista digno de respeito, brasileiro ou estrangeiro, tenha convalidado as ilegalidades e crimes de sérgio moro, evidentes na sentença que ele excretou contra o Ex-Presidente Lula, ficou claro o cartel, a associação mafiosa/criminosa entre os desembargadores do TRF4, sérgio moro, mídia golpista, mercado financeiro e alto comando do golpe.

Leandro Paulsen, presidente da 8ª gangue do TFR4, que não é relator da apelação, ou seja, que não recebe diretamente os autos nem acompanha o processo antes da apreciação pelo relator, mesmo que muito bem assessorado, teria condições de apreciar 250.000 páginas dos autos em 6 dias, ler o voto de 430 páginas eleborado pelo relator João Pedro Gebran Neto, dirimir dúvidas e elaborar o voto dele? E o gaguejante e pseudo-professoral Victor Laus teria condições, em menos de 45 dias, de destrinchar os autos e elaborar o voto dele? Quem responder sim a qualquer dessas perguntas ou não perceber que o quarteto (sérgio moro, joão pedro gebran neto, leandro paulsen e victor laus) elaboraram,  associados em quadrilha (pois são quatro ou mais… se contarmos os que lhes assessoram), ao longo de mais de um ano essa fraude jurídica só pode ser classificado numa das seguintes categorias:

1ª) incauto;

2ª) ignorante;

3ª) imbecil;

4ª) cínico;

5ª) hipócrita;

6ª) canalha.

Neste artigo, traduzido e reproduzido pelo GGN, Jean-luc Mélechon, com clareza, elegância e concisão, mostra o que de fato está ocorerndo no Brasil. Há mais de uma década, os brasileiros que desejarem se informar corretamente sobre o País devem recorrer aos veículos alternativos, que atuam apenas na internet, e esporadicamente a alguns veículos da imprensa internacional. Na mídia hegemônica local, o PIG/PPV brasileiro, NÃO há a mínima chance de se encontrar um jornalismo/noticiário minimamente honesto, feito dentro da boa técnica cujos rudimentos são ensinados nas faculdades de jornalismo, mas cuja maior parte do aprendizado se dá na labuta diária, indo a campo, ouvindo fontes diversas sem se deixar pautar ou influenciar por qualquer uma delas, apurando fatos, investigando contradições nas falas, escritos e depoimentos.

Comentários sobre a nota.

A falta completa de algum comentário até as 12:03 sobre a tradução da nota de Jean-Luc Mélenchon três horas depois da sua publicação mostra claramente que a maioria das pessoas não deram grande importância a ela. Porém isto não é devido ao desconhecimento da importância de Mélenchon na política francesa, mas sim devido a pouca informação, ou informações irrelevantes, que se tem sobre a França nos últimos anos.

O nosso conhecimento geral da política francesa é totalmente irrisório, principalmente porque os jornais e mesmo os sites progressistas ignoram o que é a França nos dias atuais e historicamente esquecem o que foi a França.

Primeira grande observação que passa batido por todos é que este país é a quinta economia do mundo e a segunda da Europa, que o Brasil é o país que tem a MAIOR FRONTEIRA com a França! Parece uma coisa que a França é um dos membros permanentes do conselho de segurança da ONU, que é a única nação que atualmente faz parte da União Europeia possuidora de arsenal nuclear e até 1939 tinha o maior exército do mundo.

Realmente após a França abrir mão da divulgação do seu nome no resto do mundo há algumas décadas atrás, a França vem sendo conhecida mais como um destino turístico (que quase se esgota em Paris) do que qualquer outra coisa.

Se o país começa mais ser mais conhecido por suas futilidades, como perfumes, alta-costura e outros bens de consumo supérfluo, não é de se estranhar que o que falou Jean-Luc Mélenchon não faça sentido, no contexto atual, do que falou o presidente do Burundi.

O atual presidente francês Emanuel Macron, que procura recuperar o prestígio e o protagonismo francês no mundo, deveria se dar conta que o próprio desinteresse que no exterior sobre o seu principal opositor, seja um sintoma grave do apequenamento que seu país em relação a política internacional, e talvez compreender que não basta somente ser um espécie de rei francês de um país que a cada dia menos é visto no mundo.