O abraço de Temer e PSDB pelo impeachment com cara de terceiro turno

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Para Temer e PSDB, impeachment é questão de votos, não de motivos plausíveis. Não envolve a reputação de Dilma ou o que ela fez em termos de gestão. Esses fatores pesam na atmosfera popular pró-impeachment, mas quem bate o martelo é o Congresso. E no mérito do que for decidido por lá, o STF já avisou que não deverá se meter

Jornal GGN – De maneira discreta, a Folha de S. Paulo resgatou, essa semana, um artigo de Michel Temer dos anos 1990, que esclarece seu ponto de vista sobre o impeachment: não é um julgamento sobre eventuais crimes cometidos, pois esse se daria em alguma instância do Judiciário. Trata-se de um processo que se dá conforme a “conveniência” da classe política. Se o Congresso entender que a governabilidade de um presidente já se esgotou, o impeachment é a solução.

Temer já teria enquadrado, segundo relatos do Jornal do Brasil, os deputados, um a um, para dizer o seguinte: “‘Eu vou assumir. Isso não vai continuar. Você vai ficar comigo ou com o [Leonardo] Picciani?'” – um dia antes de trocar a liderança do PMDB na Câmara por alguém não alinhado com o governo Dilma. Renan Calheiros ficou sabendo da série de intimações e não gostou nada disso, afirmou o jornal.

As declarações de Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso publicadas nesta sexta (11), após o PSDB oficializar o apoio ao impeachment, apenas reforçam que o objetivo da oposiçao é acelerar o término do mandato de Dilma, ainda que o processo tenha mais cara de terceiro turno eleitoral – “Não queremos mais essa presidente, vamos juntar votos para tirá-la daí” – do que de deposição por crime de responsabilidade fiscal, de fato.

Afinal, disse Aécio: “as razões objetivas para o impeachment estão colocadas”. Que razões? O parecer do Tribunal de Contas da União sobre o exercício fiscal de 2014, que não atinge o atual mandato? Os decretos que autorizaram créditos suplementares, também assinados por Temer e, acima disso, analisados e condenados por órgão nenhum? Ou as supostas “pedaladas fiscais” de 2015, igualmente não apreciadas?

Alckmin sequer tocou no mérito do pedido do impeachment. Argumentou que se não era golpe o PT pedir a saída de FHC no passado, tampouco seria golpe o PSDB encampar o projeto de poder de Temer e trabalhar pela queda de Dilma.

FHC fechou a questão: independente das razões colocadas ou do mérito do pedido em tela, o que importa é ter “clima” para o impeachment. “Se não houver, não há razão que derrube um presidente eleito.” Por isso, o tucanato não esconde que conta com Eduardo Cunha para arrastar a sangria de Dilma 2016 adentro, na expectativa de que a população saia das festividades de final de ano para as passeatas anti-PT.

Fato é que o apoio do PSDB ao impeachment – que também tenta cassar o mandato de Dilma via Tribunal Superior Eleitoral – não é novidade nenhuma. Apenas deflagra a guerra pelos votos que faltam para derrubar a presidente.

No episódio da comissão especial que analisará a admissibilidade do pedido de impeachment, a oposição saiu com 272 votos a favor de uma chapa que não garante a vitória de Dilma logo no início do processo. Em tese, faltam 70 votos para chegar aos dois terços necessários (342 de 513) para o impedimento. Mas em Brasília, até mesmo dentro do rachado PMDB, a leitura é que o placar da comissão especial não é base para nada.

Pois enquanto o tucanato tenta ajudar a ala de Temer a atingir o quórum do impeachment, o grupo de Renan Calheiros já anunciou que criará dificuldades, a começar pela recondução de Picciani à liderança da bancada. O plano é trocar vários suplentes que estão na Câmara porque os titulares são secretários em gestões estaduais e municipais e retirar parte das 35 de 65 assinaturas de peemedebistas que pediram a substituição de Picciani.

Do outro lado da trincheira, Temer e o PSDB tentarão capitalizar votos entre partidos que detém ministérios, como PRB, PR, PSD e PTB, já que os da oposição não serão suficientes. As manobras de Cunha na Câmara dão tempo e combustível para esse lado da disputa.

Fica claro que para Temer e para o principal partido de oposição ao PT, o impeachment é questão de ter votos, não de motivos plausíveis. Não envolve a reputação de Dilma ou o que ela fez ou tenha deixado de fazer em termos de gestão. Esses fatores só pesam na composição de uma atmosfera popular pró-impeachment, mas quem bate o martelo é o Congresso. E no mérito do que for decidido por lá, o Supremo Tribunal Federal já avisou que não deverá se meter.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

55 Comentários

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    1. desejo

      Isso é o que vc deseja ou o que vc acha? Já disse iso aqui antes e torno a dizer… O fiel da balança chama-se PMDB. Com isso em mente vc acha que dá para cravar qualquer previsão?  

  1. No Paraguai e Honduras também foi assim

    E no mérito do que for decidido por lá, o Supremo Tribunal Federal já avisou que não deverá se meter.

     Os golpes paraguaio e hondurenho ocorreram com o aval da Suprema Corte daqueles paises, e o interessante foi foi que, no período pós-golpe, numa queda de braço entre os poderes legislativo e judiciário, pelo menos 4 ministros do STF hondurenho foram impinchados. Conhecedo-se a tropa do cunho-temismo, imagine só se isso não acontecerá por aqui:  a não ser que os ministros coloquem o rabinho entre as pernas e façam tudo o que for do interesse dos golpistas.

  2. Ok! O Congresso aprova o
    Ok! O Congresso aprova o impeachment porque quer aprovar. O Podet Judiciario diz que não se mete. Ai o Poder Executivo, baixa um Decreto, fechando o Congresso e convocando eleição para o Legislativo. Pergunta: quem estaria errado nessa situação?

  3. O que se discute é a

    O que se discute é a legalidade.

    Pedalada fiscal é crime de responsabilidade?

    Há crime de responsabilidade fiscal na pedalada de 2015?

    Quem decide sobre legalidade é o STF. Ou não é mais?

    O STF lavar as mãos diante do estupro da Constituição é sujar as mãos.

     

     

  4. Ameaça de bombas em São

    Ameaça de bombas em São Paulo, contra operários justamente agora que a imagem de Alckmin derrete em razão da violência policial contra estudantes

     

    @DefesaGovBr @MPF_PGR investigarão se o @governosp espalhou bombas falsas p/ desviar a atenção dos paulistas do espancamento de estudantes?

     

    @DefesaGovBr @MPF_PGR investigarão se o @governosp espalhou bombas falsas p/ amedrontar os paulistas que apoiam @dilmabr contra o golpe?

  5. Lei de responsabilidade fiscal é para impedir que quebrem o país

    Dilma violou a lei de responsabilidade fiscal e com isso quebrou o país. É preciso desenhar mais claramente? 

      1. O FMI está a caminho Lenita

        Sem ajuste fiscal e continuando a gastança descontrolada que os desenvolvimentistas tanto gostam, rapidinho o FMI volta. E já que vocês não querem saber de ajuste fiscal… ele vai voltar mesmo.

        1. Que é isso, cara? Está

          Que é isso, cara? Está mentindo descaradamente, ou apenas é idiota mesmo? O país tem 370 bilhões de dólares de reservas. Mesmo gastando swaps adoidado, dado ao dolar maluco e à desorientação provocada pelos terroristas da economia coxinha, não se chegaria a dois bilhões de dólares por ano! As agências de rebaixamento quando se mostram com suas notas contra o país, apenas estão a fazer especulação desonesta, ganhando milhões às custas de um Brasil que está ferido e não pode dar atenção a tudo, sangrando pelas estocadas dos fascistas golpistas. Estas agências  já foram denunciadas por especulação contra o Brasil na Europa e nos Estados Unidos, já que aqui as respectivas autoridades aderentes ao golpismo não cumprem seu dever de investigá-las e denunciá-las. 

          A cota do Brasil no FMI é de 3 bilhões e 36 milhões de Direito Especial de Saque, ou SDRs em inglês, que equivale a um dólar e meio, mais ou menos. Poderia ser maior, mas politicamente não deixam. Está lá, intocada, e o provável é que lá permaneça, embora possa ser usada pelo Brasil sem qualquer problema. Só estaremos perto de esmolar aos pés do FMI se acreditarmos na Veja e no El País. Aliás, a nossa situação financeira está melhorando celeremente. Vem daí a urgência premente e imediata de darem o golpe agora, porque o Brasil vai tomar fôlego novamente e vai assombrar mais uma vez o mundo.   

          Veja alguns itens do relatório para a imprensa sobre o desempenho do país em 2015:

          Banco Central do Brasil

          NOTA PARA A IMPRENSA – 26.11.2015

          A posição da dívida externa bruta estimada para outubro totalizou US$350,3 bilhões, redução de US$355 milhões em relação ao montante estimado para setembro. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$286,5 bilhões, aumento de US$233 milhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$63,8 bilhões, redução de US$588 milhões no mesmo período.

          As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$371 bilhões em outubro de 2015, aumento de US$360 milhões em relação ao mês anterior. No mês, o estoque de linhas com recompra atingiu US$9,7 bilhões, acréscimo de US$500 milhões em relação à posição de setembro. A receita de remuneração das reservas somou US$224 milhões. As variações por preços reduziram o estoque em US$329 milhões e as variações por paridades o elevaram em US$507 milhões. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$361,2 bilhões em outubro, redução de US$140 milhões em relação ao mês anterior.

          A conta de serviços registrou despesas líquidas de US$2,8 bilhões no mês, recuo de 34% na comparação com outubro de 2014. As despesas líquidas com transportes recuaram 41,5%, na mesma base de comparação, atingindo US$435 milhões. As viagens internacionais registraram despesas líquidas de US$549 milhões, 66,4% inferiores ao ocorrido em outubro do ano anterior, com recuos de 52,7% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior, e de 6,1% nas despesas de viajantes estrangeiros ao Brasil. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$2 bilhões, redução de 4,2% frente ao resultado de outubro de 2014. As despesas líquidas com telecomunicação, computação e informações elevaram-se em 14,8%, enquanto aquelas com serviços de propriedade intelectual recuaram 19,2%, na mesma base de comparação.

          As despesas líquidas de renda primária totalizaram US$3,5 bilhões no mês, redução de 8,8% na comparação com outubro do ano anterior. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$2,3 bilhões, ante US$2,6 bilhões, em outubro de 2014. As despesas líquidas de juros somaram US$1,3 bilhão, incremento de 1,2%, no mesmo período comparativo. As saídas líquidas de renda de investimento direto totalizaram US$2,4 bilhões, recuo de 13,9%, na comparação com outubro de 2014. As despesas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$794 milhões, compostas por despesas líquidas de lucros e dividendos, US$315 milhões, juros de títulos negociados no mercado externo, US$457 milhões, e no mercado interno, US$23 milhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos atingiu US$604 milhões, 1,1% inferiores ao registrado em outubro do ano anterior, enquanto as receitas de reservas totalizaram US$224 milhões.

          Os investimentos diretos no exterior permaneceram estáveis no mês, com retornos líquidos de US$77 milhões em participação no capital, incluídos US$389 milhões decorrentes do reinvestimento de lucros no exterior, e concessões líquidas de empréstimos intercompanhia de US$76 milhões.

          Os investimentos diretos no país propiciaram ingressos líquidos de US$6,7 bilhões, dos quais US$5,8 bilhões em participação no capital, incluídos US$1,1 bilhão decorrentes de reinvestimento de lucros; e US$941 milhões em operações intercompanhias. Em doze meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país somaram US$70,7 bilhões, equivalentes a 3,84% do PIB.

          http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPEXT

           

           

           

  6. Não é terceiro turno: #GolpeNuncaMais

    Não se trata de terceiro turno, isso é o que a direita está dizendo. Não podemos alimentar essa coisa de terceiro turno e sim focar no que é inegável: trata-se de um golpe parlamentar com o apoio do que de pior existe nesse pais, reunidos em torno do cunho-temismo. Breno Altman, em artigo na Carta Maior, esclareceu muito bem porque não devemos alimentar essa coisa de que estamos num terceiro turno. Sim, o Fica Dilma vs Fora Cunha é um plebiscito que não faz muito sentido quando o momento é de lutar e concentrar forças contra o golpe. #GolpeNuncaMais

  7. Forças não ocultas

    Estamos presenciando um processo vergonhoso de se praticar política no Brasil. “Isso é uma vergonha”…. é de baixo “nível”. É a junção da “Raposa Temer” com “Aécio Hiena” esperando pela “carniça”. Desculpem o termo utilizado mas…… é vergonhoso o que está acontecendo no nosso pais. Com todos os erros praticados….acho que a “Presidenta” deveria vir a publico colocar seu cargo a disposição e explicar as forças “que já não são tão ocultas” estão atrapalhando o seu governo e o país está desgovernado. E deixe o povo se manifestar. Este comentário é de um brasileiro que está com vergonha de pertencer “a geração do futuro” e ver que o futuro chegou a situação do país é vergonhosa.    

     

  8. Quem deve se meter quando o

    Quem deve se meter quando o presidente da Câmara dos Deputados rouba cinco milhões de dólares do orçamento público federal?

    Quem deve se meter quando o presidente da Câmara dos Deputados e não é que estabelecia quem seria diretor da principal estatal do Brasil?

    Quem deve se meter quando o presidente da Câmara dos Deputados mantém uma planilha de pagamento a 260 deputados federais para votarem conforme seu interesse?

     

  9. A prova da incompetência dos golpistas: a aliança Temer e Serra
     

    A prova da incompetência dos golpistas: a aliança entre Temer e Serra

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    Por Paulo Nogueira

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    do DCM

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      A prova da inépcia dos golpistas: Serra & Temer

    A prova da inépcia dos golpistas: Serra & Temer

     

    Em meio à tragédia da tentativa de golpe, cenas de pastelão surgem para fazer a audiência rir.

    Por exemplo: Temer, o capitão do golpe segundo Ciro Gomes, diz que quer unir o país com a ajuda de Serra.

    Pausa para rir.

    Vou repetir: unir o país com a ajuda de José Serra.

    Ora, ora, ora.

    Serra consegue desunir até uma mesa numa festa, como se viu no episódio em que ele recebeu uma justa descarga de vinho depois de ser inconveniente, grosseiro e machista com Kátia Abreu.

    E ele vai unir um país dividido em dois?

    Serra é aquele sujeito que se mediar um desentendimento entre duas pessoas vai acabar brigando com ambas. Ele é o cara que se você disser numa discussão que está com ele é capaz de dar um esculacho em você.

    E Temer quer unir o país com ele.

    É um sinal de quanto Temer é sem noção. Temos um capitão do golpe vaidoso, deslumbrado, inconfiável e, acima de tudo, incompetente.

    Temer estava no jantar em que Kátia Abreu enquadrou Serra. Teve a chance de ver o poder deletério dele. Mas está pisando nas nuvens, e parece não enxergar muita coisa além da possibilidade de, por vias tortas, se transformar em presidente.

    Do ponto de vista psicológico, quanto pesa nos seus passos golpistas a ideia de se tornar rei e, com isso, fazer de Marcela rainha? Deixo esta discussão aos especialistas em mente.

    A que extremos Macbeth não desceu para coroar Lady Macbeth? Shakespeare era mestre nas artimanhas das mentes tomadas de cegas ambições.

    Se Temer não foi capaz de entender a potência destrutiva de Serra na festa, teve uma segunda chance um dia depois.

    Serra conseguiu unir todo mundo em torno de Kátia Abreu, ela que desde o começo do governo Dilma 2 é alvo de críticas iradas por suas conexões com o agronegócio e desconexões com os direitos dos índios.

    Kátia virou heroína instantaneamente por ter feito o que todos esperavam há tanto tempo com Serra. Nas redes sociais, memes a consagraram.

    Serra virou trending topics no Twitter: nos milhares de comentários, ninguém manifestou simpatia por ele.

    Ainda no Twitter, Kátia Abreu reafirmou sua indignação com Serra, e informou que no Senado ninguém tolera suas piadinhas agressivas.

    Este é o homem que Temer acha que vai unir o país, um inepto que se julga gênio e que jamais fez nada que prestasse como prefeito e governador de São Paulo. Não obstante, julga ter direito divino à presidência.

    Um amigo colunista me disse outro dia, aflito, que estava aflito com a incompetência do governo em se defender dos golpistas.

    Respondi, imediatamente, que ele deveria se acalmar porque os golpistas são ainda mais incompetentes.

    Temer se abraçar a Serra para unir o país é uma fabulosa demonstração disso.

     

     

    1. É a típica conversa dos

      É a típica conversa dos homens bons, conversa de gente branca que ainda pensa que ainda é dona do Brasil. A hipocrisia mais deslavada rege este tipo de confabulação. Temer não tem nada mais para oferecer, não pode propor mais nada, oferecendo como moeda de troca a entrega do país para a degola. Este privilégio está nas mãos do Cunha, enquanto não se transfere para o Supremo. O que ele pode fazer é apenas ficar quietinho e esperar para ver se o golpe de seus patrões vingará, e se lhe vão dar um lugarzinho no governo da Nova Ditadura. Tudo indica que não, e não. 

  10. Representatividade discutível

    O Temer não conseguiu nem 100 mil votos, ainda em São Paulo, na última eleição de Deputado Federal, em 2006. Esse é o cacife do capitão do Golpe!

    Dos 513 deputados federais que compõem a Câmara, apenas 35 (6,8%) receberam votos suficientes para se elegerem sozinhos. Os demais alcançaram o mandato com a soma dos votos dados à legenda ou de outros candidatos de seus partidos ou coligações.

      1. Existe alguma forma de

        Existe alguma forma de receber votos sem ser candidata?

        A Presidente foi eleita com 54 milhões de votos, numa democracia respeita-se os resultados das urnas, quarteladas e golpes são coisas de republiquetas.

        1. Inútil

          Paulo, inútil tentar arrancar alguma coisa com o mínimo de silogismo sensato desse indivíduo. Ela vai te responder de novo com alguma frase solta sem sentido. Aguarde.

          1. ““Pela primeira vez na

            ““Pela primeira vez na América Latina, o povo brasileiro deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege um político, destituir esse político. Eu peço a Deus que nunca mais esqueça essa lição. Aliás, na Constituinte nós defendíamos uma tese de que na hora que o povo vota num candidato a deputado ou vereador, e depois de um determinado tempo esse vereador não está cumprindo com aquilo que era o programa durante a campanha, que os mesmos eleitores que elegeram a pessoa poderiam destituir a pessoa. Se a gente conseguisse isso, seria a salvação da lavoura nesse país.”Lula.

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=L-k0dzeDWvo%5D

             

             

          2. Onde que uma declaraão de

            Onde que uma declaraão de Lula sobre o impedimento é uma “frase solta sem sentido”.

             

          3. Jornal GGN – Em janeiro de
            Jornal GGN – Em janeiro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) enfrentava os ataques da oposição em função da crise econômica que assolava o País à época, Lula, então presidente de honra do PT, contrariou o próprio partido e pregou respeito ao resultado das urnas.

            “Lula voltou a sugerir a realização de um grande debate nacional com o objetivo de discutir soluções para a crise. Mas disse que a oposição só aceita conversar com FHC se o governo admitir que pode mudar o rumo de sua política econômica”, publicou a Folha de S. Paulo.

            Segundo o jornal, o PT, na figura de Tarso Genro, cobrava a renúncia de FHC e a convocação de novas eleições como saída para a crise. Lula disse ao jornal que era contrário à medida, pois FHC tinha “20 e poucos dias de mandato” e não era correto achar que toda vez que um governante começa com o pé esquerdo ou tem graves dificuldades de gestão, a solução é a troca imediata. “Se eu achar que, porque as coisas vão ruins, o presidente tem de renunciar, daqui a pouco vai ter gente defendendo a renúncia dos governadores do PT”, comentou.

            Também atravessando crise econômica – e política – após a reeleição, a presidente Dilma tem sido alvo de ataques do PSDB de Aécio Neves, que tem ajudado a convocar protestos anti-PT, como o do próximo domingo (16), para pedir a renúncia da petista e a realização de um novo pleito. A iniciativa do grupo de Aécio não é unanimidade dentro do PSDB. A ala que apoia a candidatura de Geraldo Alckmin, por exemplo, prefere aguardar que a tempestade passe naturalmente e pavimentar uma candidatura pela via democrática até 2018.

            O GGN reproduz a matéria sobre a postura de Lula em 1999 na íntegra, abaixo.

            Antecipação de eleição não resolve, diz Lula

            Da Folha

            O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou de “prematura” e “precipitada” a proposta do ex-prefeito de Porto Alegre Tarso Genro (PT) de convocar novas eleições presidenciais em outubro. Genro defendeu também a renúncia do presidente Fernando Henrique Cardoso.

            “Eu não acho que o problema do Brasil será resolvido com a antecipação do processo eleitoral. O problema poderia ter sido resolvido em 4 de outubro. Não foi. A população fez uma opção, certa ou errada, foi uma opção da maioria do povo”, declarou Lula.

            “Fernando Henrique tem 20 e poucos dias de mandato. Ele tem tudo para fazer, mas até agora não fez nada. Se eu achar que, porque as coisas estão ruins, o presidente tem de renunciar, daqui a pouco vai ter gente defendendo a renúncia dos governadores do PT. Aí, vai virar moda no Brasil”, arrematou.

            Embora tenha criticado muito a postura de FHC diante da crise, o petista afirmou que agora o papel do PT é mobilizar a sociedade para tentar mudar a política econômica do governo.

            Lula voltou a sugerir a realização de um grande debate nacional com o objetivo de discutir soluções para a crise. Mas disse que a oposição só aceita conversar com FHC se o governo admitir que pode mudar o rumo de sua política econômica.

            O petista anunciou que o PT vai promover, independentemente do governo, reuniões entre líderes da oposição, empresários e sindicalistas. Ele próprio vai, nos próximos dias, agendar encontros com o empresariado.

            “Não acredito nessa história de pacto nacional. Para conversar com a oposição, o presidente precisa abrir mão de algumas de suas certezas. Pacto em torno do que o governo defende não é pacto.”

            Lula defendeu, indiretamente, a saída do ministro da Fazenda, Pedro Malan. “Eu não escolhi o Malan, não posso tirá-lo. Mas até em jogo de futebol quando o jogador vai mal, o técnico faz a substituição”, disse.

            “Não é possível que FHC não perceba que economistas de outros matizes discordam da equipe econômica. Aliás, o próprio José Serra (ministro da Saúde) não concorda com grande parte dessa política. Será que essa equipe econômica está tão certa? Ou será que o governo deixou se envenenar pelo beijo do FMI (Fundo Monetário Internacional) e não consegue escapar de suas orientações?”

            Para Lula, em pouco tempo, caso seja mantido o ritmo de saída de dólares do país, o Brasil vai estar em situação de “moratória técnica”. Ele acha que uma inflação de 4% ao ano não faria tão mal ao país. “A gente não deve ficar assustado se o Brasil tiver uma inflação de 4% ao ano. Não é burrice ter 4% de inflação com o PIB crescendo 3%. É burrice ter inflação zero com o PIB decrescendo.”

          4. Vai Oneide, mais argumentos por favor.

            Vai, Oneide! Mais uma frase! Mais argumentos por favor. Não é possível que você não tenha mais nada na manga! Tenta! Vamo lá! Você consegue!

          5. Confirmado

            Confirmado:

            Oneide, quando emparedada, só consegue responder da seguinte forma:

            – Com um vídeo qualquer (talvez conhecido por todos, mas ela mesmo assim insiste em requentá-lo, como o vídeo do Lula em questão);

            – Com uma figura aleatória que parece dizer muito para ela, mas que na verdade não diz nada;

            – Com uma frase simples, desconexa e fugidia, pois lhe falta cabedal inclusive para sustentar aquilo que ela defende.

          6. O instituto jurídico a que

            O instituto jurídico a que Lula se refere é o plebiscito revogatório (recall político), previsto no Ordenamento Jurídico da “ditadura” da República Bolivariana da Venezuela e em outros paises, para que os eleitores decidam, apos o prazo legal, se o governante deve ou não permanecer no exercício do mandato a ele conferido em virtude dos descumprimento das suas promessas de campanha. Ademais, o “recall politico” não pode ser utlizado para destituir um presidente recém eleito, pois exige que o Chefe do Poder Executivo tenha um prazo razoável para cumpir os seus compromissos de governo. Nossa Constituição não acolheu essa tese. Aliás, o próprio Lula disse na entrevista: “se a gente conseguisse isso”, numa clara referência ao instuto do “recall político”. Sobre o impeachement, na entrevista ele afirma que no caso de Collor ficou provado que as acusações eram verdadeiras, pena que após três anos. Para o impeachemente, é fundamental a comprovação de cometimento de crime de responsabiliade pela Preseinte  da República Portanto, é bom estudar um pouco mais antes de falar o que não sabe e também usar de boa fé para interpretar corretamente a entrevista.

        2. Ele estava tentanto

          Ele estava tentanto desqualificar o atual vice pq recebeu poucos votos antes da ultima eleição, o mesmo argumento serve para Dilma.

  11. E o Ministro da Justiça, amigo de tucanos, como dizem ?

    Já foi dito aqui e neste texto mais uma vez, mas parece que ficou por aqui mesmo, O ABSURDO ILÍCITO EM ANDAMENTO desse processo de impeachment.

    E o CRIME está no fato de que, para abertura desse processo, em primeiro lugar seria necessária a prova de crime de responsabilidade, cometido pela presidente da República, o que NÃO EXISTE.

    E enquanto isto, o MINISTRO DA JUSTIÇA, que poderia intervir para IMPEDIR O GOLPE CRIMINOSO, DORME NO POSTO.

    Segundo o Aurélio, ex officio é: 1.Por obrigação e regimento; por dever do cargo. 2.Diz-se do ato oficial que se realiza sem provocação das partes.E “de ofício” é: Jur. Por iniciativa e autoridade própria.Essa expressão é usada quando o juiz (ou alguma autoridade) determina uma medida que não foi requerida pela parte ou interessado.

    E como sabemos, ” A justiça não socorre os que dormem” ( iustitia non subveniat dormientibus )

    A se destacar do texto:

    “Que razões? O parecer do Tribunal de Contas da União sobre o exercício fiscal de 2014, que não atinge o atual mandato? Os decretos que autorizaram créditos suplementares, também assinados por Temer e, acima disso, analisados e condenados por órgão nenhum? Ou as supostas “pedaladas fiscais” de 2015, igualmente não apreciadas?”

  12. mimimi quer mais?

    Estamos pagando o vice da Presidenta para usar água luz telefone motorista  gasolina e muito mais, tudo tirado dos nossos impostos para ele trabalhar contra um projeto de governo que bem ou mal o colocou nesta função?

  13. a foto

    a foto do golpista aecio, de braços dados com o golpista traidor temer, lembra muito outra foto…………

    lembra a  foto do general que gostava de cavalos, de braços dados com o golpista que ficou rico dando suporte á ditadura.

  14. impiachement da presidenta Dilma

    Eu ja vi este filme, se a memória não me falha em 1963/64

    nunca sonhei ver de novo PMDB e ARENA tão juntos lutando

    pela ” governabilidade do BRASL” o resultado desta soma, é golpe

    só falta envolver os militares. Acredite neles “inocentes”

  15. Se,

    Se o objetivo de colocar o Temer, fechando os olhos para muitas tranbicagens, é dar um freio nas investigações que já ameaçam atingir políticos outros que não sejam do PT e “amigos”, então a fatura já está liquidada.

    Acertado o esquema, votações secretas garantirão o sucesso da empreitada.

    Como já dito, o processo é político, portanto, somente a manifestação popular majoritária pode revertê-lo.

  16. Das duas, uma.
    Ou esses caras

    Das duas, uma.

    Ou esses caras terão sucesso com seus intentos, e serão marcados eternamente como golpistas, ou entrarão para o limbo da historia, e encerrarão às suas carreiras politica no prazo de um ano.

    É uma pena que aqui não tem “paredon” para conspiradores, mais, pelo menos, acredito que suas carreiras politicas ficarão bem abaladas.

    Eu preferia o paredon.

  17. Onde está escrito que o STF não vai se meter?

    O processo é claramente inconstitucional logo, quem deve decidir é o STF. 

    Onde a Cintia Alves leu que o STF disse que não vai se meter?

    O incostitucional Gilmar Mendes que vende seus serviços ao próprio poder judiciário é o porta-voz do Supremo, por acaso? Que eu saiba, foi este cidadão sem escrúpulos que disse isto.

     

  18. golpe jurídico ou

    golpe jurídico ou político,

    tudo é golpe nesse pedido de impedimento da presidente dilma….

    é impensável que essa penca de corruptos vença no voto…

  19. O abraço de Temer e PSDB pelo impeachment com cara de terceiro t

    O pedido de impeachment não tem base jurídica segundo afirmações renomados juristas Brasileiros.

    A base do pedido são as pedaladas fiscais do mandato anterior(2014) e não compromete o atual. E pelo que sabemos o próprio congresso ja autorizou um deficit de  até R$119,9 bilhoes de reais nas contas do governo para 2015. Isto significa que não vai haver mais pedaladas porque o governo está com margem de sobra.

    Simplificando: o erro (pedaladas fiscais) foi do mandato anterior e não contamina o atual. Se o PSDB tivesse entrado com recurso junto ao TSE no período das eleições ou no final do mando tentando impugnar a chapa  alegando irresponsabilidade fiscal e administrativa na gestão que acabava em 2014 isto poderia até colar mas naquela época as contas não tinham sido apresentadas e o TCU não tinha ainda analisado.

  20. CARNAVAL ANTECIPADO.

    ABRAÇO DOS AFOGADOS.

    O SUPREMO JÁ SE METEU.

    E vai determinar que se siga as normas do CONGRESSO no processo de IMPEACHMENT.

    O que não estava acontecendo.

    Após essa determinação não haverá mais espaços pra manobras regimentais.

    Sendo assim, DILMA tem grandes chances de já na câmara, arquivar o processo.

    Mas… só depois do CARNAVAL.

    A não ser que o CARNAVAL seja antecipado com a QUEDA do CUNHA.

    Seria muito bom se DILMA ou a providência DIVINA pudesse destituIr TEMER.

    Aí CUNHA seria seu vice NEUTRALIZADO até ele ser CASSADO.

    O  que aconteceria se TEMER assumisse???

    CUNHA seria VICE sem a NEUTRALIZAÇÃO, e com vigência prolongada AD INFINITUM.

    AÍ MEU IRMÃO, NÃO TERIA SOLUÇÃO!!!

    SERIA UM QUEBRA-QUEBRA GERAL, UMA REVOLUÇÃO!!!

  21. A ENTREVISTA DE LULA

    É incrícel como as pessoas começam a reproduzir informações sem o menor conhecimento sobre o que diz ou escreve. Ou é dificuldade de compreender a entrevista ou má fé na sua interpretação. Lula, na entrevista, faz a distinção entre dois institutos jurídicos: o “recall político” e o impeachment. O impeachement é o insituto jurídico previsto expressamente na nossa Constituição Federal para a perda do mandado eletivo do Chefe do Poder Executivo nos caos de comentimento de crime de responsabilidade, assegurado o devido processo legal, com a ampla defesa e o contraditório, cujo julgamento caberá ao Senado da República.  O “recall político” (referendo revogatório) é o instuto por meio do qual os cidadãos são novamente chamados às urnas para decidir se revogam ou não o mandato concedito para o exercício da função pública, exigindo quorum qualicado para sua convocação e o decurso de prazo razoável para que o representante popular possa cumprir os seus compromissos eleitorais. O recall politico se destina, portanto, a revogação do mandato popular quando o seu titular não mais goza da confiança dos eleitores, não se exigindo o cometimento de qualquer crime por parte do titular do mandato eletivo. Lula fez claramente essa distinção na entrevista, assegurando que no caso de Collor ficou provado o cometimento de crime de responsabilidade, razão de ser do impeachemente, e asssegurou ainda que é defensor da tese que o povo deve ter o direito de decidir livemente (sem manipulaçoes da vontade popular) se o Chefe do Poder Executivo deve ou não permanecer no cargo. O “recall político” não pode ser utilizado contra a Presidenta Dima Roussef, pois a Constituição da República Federativa do Brasil não prevê esse instituto jurídico. Portanto, impeachment sem a comprovação de cometimento de crime de responsabilidade é ato atentatória ao Estado Democrático de Direito, golpe parlamentar.

  22. Não há mais como conseguir

    Não há mais como conseguir votos por convencimento de altos interesses do país e altas convicções democráticas. Torna-se-á ridículo quem pensar que pode pregar à Nação esta potoca. Só resta mesmo para os golpistas a barganha monetária pura e simples, ou o loteamento de toda uma constelação de cargos e carguinhos onde se pode fazer ao bel prazer tudo aquilo que a lava jato tem dito que condena. 

  23. Será dobradinha STF/PSDB?

    No mesmo dia da reunião do PSDB o Min Marco Aurélio de Mello apareceu, com pose de democrata, afirmando que não cabia a regulação da lei 1079/50, que deveria ser admitida a  possibilidade de auotregulação do congresso. Esperar bom senso do Eduardo Cunha é realmente não ligar para o Brasil. Estão agindo igualzinho ao PSDB, para derrubar a Dilma vale qualquer coisa. Mas talvez não seja suficiente.

    Ai o povo pode dará sua resposta.

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