Secretário de Cultura deixa governo após Bolsonaro censurar séries LGBT

"Não tem cabimento fazer um filme com esse tema”, havia afirmado Bolsonaro sobre produções com temática LGBT

Henrique Pires (esq.), secretário especial de Cultura do Ministério da Cidadania – Foto: Clarice Castro/Ministério da Cidadania

Jornal GGN – O secretário especial de Cultura, Henrique Pires, abandona o governo de Jair Bolsonaro, por se considerar “voz dissonante” dentro da pasta. A decisão ocorre após o presidente Jair Bolsonaro suspender um edital com series sobre temas LGBT.

O fim do edital foi “a gota d’água”, afirmou: “porque vem acontecendo e tenho sido uma voz dissonante interna”, disse Pires.

Segundo o secretário, que disse ter respeito por Bolsonaro e pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, ele não “chancela a censura” e não concorda com “filtros” na atividade cultural.

“Eu não concordo com a colocação de filtros em qualquer tipo de atividade cultural. Não concordo como cidadão, e não concordo como agente público, você tem que respeitar a Constituição”, disse Henrique Pires.

Durante uma transmissão ao vivo, Jair Bolsonaro anunciou que não iria financiar produções de filmes e televisão com temas LGBT e que havia “garimpado” na Agência Nacional de Cinema (Ancine) sobre a liberação de verbas para produções com temas LGBT.

“Fomos garimpar na Ancine, filmes que estavam já prontos para ser captado recursos no mercado. […] É um dinheiro jogado fora. Não tem cabimento fazer um filme com esse tema”, havia afirmado Bolsonaro.

Em resposta, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse que foi ele quem demitiu o secretario: “o cargo foi pedido pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, na terça-feira (20), à noite, por entender que ele não estava desempenhando as políticas propostas pela pasta”, escreveu, em nota.

 

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Redação

5 Comentários

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  1. Bpm mesmo pra presidente do Brasil eh video de pornografia gay.
    O Presidente do Brasil ADOOOOOOORAAAAAAA esses videos…

    Aaaa
    Dooooo
    Raaaaaaa

    Todos eles.

  2. Ja vai tarde. Estado não é mamãe de cineasta. Censura é quando não pode de jeito nenhum. Não é o caso. Pode. Basta arrumar um capital de empresa privada e faz o filme. Pronto.

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