A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei 5.146, que institui o dia 24 de junho como o Dia Municipal do Jongo, ritmo de origem africana, considerado o pai do samba carioca.
O Jongo é uma forma de dança tradicional brasileira que se originou entre os afrodescendentes no estado do Rio de Janeiro, especialmente nas regiões de Baixada Fluminense e Vale do Paraíba. É considerado uma das expressões mais antigas da cultura afro-brasileira e tem raízes na tradição Bantu trazida pelos africanos escravizados para o Brasil durante o período colonial.
O Jongo é caracterizado por uma combinação de dança, música e poesia. Os participantes formam uma roda e realizam movimentos rítmicos ao som de instrumentos musicais como o tambor, o caxambu e o reco-reco. A dança envolve gestos e passos específicos, como batidas de pés no chão, saltos, giros e movimentos de quadril.
Além da dança em si, o Jongo também é conhecido por suas letras improvisadas, conhecidas como “pontos”. Essas letras são entoadas pelos dançarinos em um estilo de canto chamado “lamento”, abordando temas como a vida cotidiana, a história e a luta dos afrodescendentes.
O Jongo possui uma forte dimensão cultural e social, representando a resistência e a identidade afro-brasileira. Ao longo dos anos, o Jongo tem sido uma importante forma de preservação cultural e transmissão de tradições ancestrais, sendo reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2005.
Atualmente, existem grupos e comunidades dedicados à prática do Jongo, trabalhando para manter viva essa rica manifestação cultural. A dança tem sido cada vez mais valorizada e difundida, não apenas no Brasil, mas também em outros países, contribuindo para a valorização da cultura afrodescendente e para o fortalecimento da diversidade cultural.
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