Dia Mundial da Alimentação, UNICAMP, 16/10

Por Rui Daher

Amigos e amigas do blog e do Jornal GGN,

Na próxima sexta-feira, 16/10, será comemorado o Dia Mundial da Alimentação, como feito em mais de 150 países, desde 1981.

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA), da Faculdade de Engenharia de Alimentação, da UNICAMP, realizará uma mesa redonda com o tema “Da produção ao consumo de alimentos: desafios e tendências”, em que participarei.

Os demais participantes constam do cartaz do evento aqui colocado.

Pretende-se debater as seguintes provocações:

a)     Necessidade de segurança alimentar versus aumento populacional, distribuição de renda, escassez de recursos naturais e geração de lixo;

b)    São os consumidores que ditam as tendências de produção agrícola e industrial? Mecanismos de escuta e conhecimento diante da velocidade das mudanças;

c)     Regulação do teor de certos ingredientes. Sim ou não? Doenças ligadas à alimentação: que atuação podem ter os agentes para amenizar os malefícios da vida moderna?

Minha apresentação terá, em parte, viés sociológico cético em relação à possibilidade de construção harmoniosa de tendências na medida de como, hoje em dia, se desenvolve o sistema capitalista.

Uso aqui um trecho do livro “A Fome e a Abundância”, de Massimo Montanari (EDUSC, 2003), para explicar o que penso:

“ (…) a comida é também um prazer, e entre esses dois polos desenrola-se uma história difícil e complexa, fortemente condicionada pelas relações de poder e pelas desigualdades sociais. Uma história de fome e de abundância, na qual a imaginação cultural também possui um papel decisivo. Uma história que não deseja absolutamente ser “diferente” ou “alternativa”, justamente, em razão de sua centralidade existencial, a história da alimentação desenvolve-se em estreita sintonia com as “outras” histórias, determina-as e é por elas determinada – mesmo se as suas fortes implicações antropológicas expõem a cronologia a um apertado, e às vezes difícil, confronto”.

Na outra parte, citarei tecnologias não agressivas capazes de amenizar o uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos na etapa primária de produção agropecuária.

Estão convidados. 

No próximo domingo, publicarei aqui um resumo do evento.