Espionagem americana ensinou Brasil a proteger seus dados

Jornal GGN – Diante de um contexto de espionagem internacional, tendo que lidar com a realidade da existência de um programa de vigilância global da agência de defesa nacional dos Estados Unidos, o governo brasileiro dá um passo importante para garantir a segurança de suas comunicações. Até o final do ano, o país deverá celebrar o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o primeiro satélite público brasileiro.

Construído rigorosamente dentro do cronograma, o satélite será controlado pelo Brasil em estações localizadas em áreas militares, sob coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa. O satélite garantirá segurança total nas transmissões de informações estratégicas.

Além disso, o SGDC também oferecerá serviços de banda larga nas regiões menos acessíveis às Forças Armadas. “O governo é o principal cliente, com prioridade para as áreas de grande alcance social, como educação e saúde, em regiões remotas aonde as fibras óticas não chegam”, explicou Jorge Bittar, presidente da Telebras.

O satélite está em fase final de testes e depois segue para o local de lançamento, no Centro Espacial de Kourou, na Guinana Francesa. Ele foi construído com recursos do governo federal, a um custo de R$ 2,5 bilhões.

“Por ser o primeiro tem um custo mais elevado. Nem lançamos o primeiro e já estamos realizando, por exemplo, estudos de espaços orbitais e do estado da arte de novas tecnologias junto aos principais fornecedores para os próximos, que terão custos, com certeza, menores. Trabalhamos com a perspectiva de uma constelação de satélites”, informou  Bittar.

Do Clube de Engenharia

Brasil celebra o primeiro satélite público brasileiro

O presidente da Telebras, Jorge Bittar, em entrevista ao Portal Clube de Engenharia confirma que até janeiro de 2017, “talvez já em dezembro de 2016, o país deverá celebrar com muita intensidade o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), primeiro satélite público brasileiro”. Além de ser o mais avançado, construído rigorosamente dentro do cronograma, o SGDC garante comunicação segura às organizações do governo, entre muitas outras conquistas.

Há muito que comemorar: o satélite garante a comunicação entre as organizações e entidades da administração pública federal e a segurança total nas transmissões de informações estratégicas. E o principal: seu controle será realizado no Brasil em estações localizadas em áreas militares, sob a coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa.

Bittar dá forte ênfase aos objetivos do SGDC, esclarecendo que entre os principais está o de prestar serviços de banda larga nas regiões menos acessíveis às Forças Armadas, que será parceira na sua operação. “O governo é o principal cliente, com prioridade para as áreas de grande alcance social, como educação e saúde, em regiões remotas aonde as fibras óticas não chegam”, afirma.

Dentre as muitas razões que merecem ser comemoradas Bittar cita, ainda, a importância da Internet como vetor de desenvolvimento, com  grande alcance social e econômico; o conhecimento técnico que o SGDC traz no sentido de acelerar o programa espacial brasileiro; e os campos estratégicos que vêm sendo abertos para que as empresas brasileiras possam desenvolver tecnologia nacional.

Estágio final de testes

Foi dado o último passo antes do embarque para o local de lançamento, sob a responsabilidade da Arianespace, no Centro Espacial de Kourou, Guiana Francesa. O lançamento ocorrerá assim que forem encerrados os testes que atualmente estão sendo realizados na França pela empresa Thales Alenia Space, com acompanhamento da Telebras. 

Com recursos do governo federal,  a um custo global de 2,5 bilhões de reais, incluindo o lançamento, todo o desenvolvimento foi acompanhado pela Telebras, Forças Armadas, Agência Espacial Brasileira e pela Visiona. Empresa da Telebras em parceria com a Embraer, a Visiona foi criada para ser integradora de satélites brasileira e para participar do processo de transferência de tecnologia associado ao contrato com a Thales Alenia Space.

“Por ser o primeiro tem um custo mais elevado. Nem lançamos o primeiro e já estamos realizando, por exemplo, estudos de espaços orbitais e do estado da arte de novas tecnologias junto aos principais fornecedores para os próximos, que  terão custos, com certeza, menores. Trabalhamos com a perspectiva de uma constelação de satélites”, informa o presidente da Telebras.

Bandas Ka e X

Por meio da banda Ka, o SGDC terá capacidade para tramitar, simultameamente, 54 gigabits por segundo, sendo considerado pelo Governo Federal como prioritário para expandir o acesso à banda larga. Ao mesmo tempo, por meio da banda X, o satélite será utilizado para transmissões militares.

Com o lançamento poderão ser atendidos mais de dois mil municípios, com a oferta de serviços de acesso à internet em banda larga, em especial na região Norte do País. O SGDC também permitirá a interligação de diversos projetos estratégicos no campo da defesa, como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz) e o Sistema de Defesa Aérea (Sisdabra).

Quando for ao espaço, O SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico. De lá, o satélite vai se comunicar com uma antena de 18 metros de altura, 13 metros de diâmetro e 42 toneladas, localizada em Brasília (DF) e uma segunda antena ficará no Rio de Janeiro (backup). Já instalados e em testes e treinamento das equipes de operação, o centro de controle de Brasília fica em área da Aeronáutica, próxima ao aeroporto e o do Rio, em área da Marinha, na Ilha do Governador.

Cinco HUB’s de telecom, chamados “gateways”, estarão em Brasília, Rio, Florianópolis, Campo Grande(MS) e Salvador. O projeto é fruto da parceria entre os ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação. A expectativa, após um período de ajustes, é que permaneça ativo por um período de quinze anos.

Veja como funciona o satélite:

https://www.youtube.com/watch?v=LYL5LPjAUwY height:394

Redação

10 Comentários

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  1. Tinha, deu, agora investe outra vez…

    Pergunte-se que deu de presente a EMBRATEL com seus satélites para os “amigos”…????

    Veja-se na privataria!!!!

  2. Brilhantismo brasileiro

    Para aqueles que possuem complexo de vira-lata, mais uma prova de que o país pode dar certo. Só depende de boa vontade, empenho e um bom direcionamento. Só não vale dizer que foi obra do Temer…

    1. Lá esse risco é minimo. Está

      Lá esse risco é minimo. Está sob controle francês. Em Alcantara é que, parece, qualquer um entrava. Qualquer sabotador pagando uma merreca entrava e ainda tinha a supervisão para que ninguem atrapalhasse.

  3. Nassif: russos e chineses

    Nassif: russos e chineses estão fulos.

    Agora, informação secreta do Brasil só a CIA, o MI6 e o Mossad terão acesso. E prometeram compartilhar com o governo. O pessoal do SSI está radiante com a possibilidade de ter algum acesso as conversas, notícias e outros secretos. Isto sim é eficiência. O Inelegível do Jaburu não terá mais de fazer relatório para Washington.

  4. Fiquem tranquilos
    Porque é a Halliburton quem tem a guarda de TODOS os dados geológicos acumulados pela Petrobras em seus 50 anos de existência.

    Sabe aquela informação que a Petrobras investiu dezenas de bilhões de dólares Só para ter? É apenas isso que eles tem.

  5. Pelo ………..

    Pelo sim ou pelo não, concordando ou não que irá dar certo, o fato é que os entreguistas, parasitas, coxinhas e catervas, irão enfiar o dedo e se rasgarem !!!!!

    Chupa coxinhas !!!!!!!!!!!!!!!!

  6. Elementar…

    Nassif: vamos raciocinar juntos — a Nação tem umas coisas que muita gente cobiça. Então, para proteger essas coisas, ela não possui suficientes elementos técnicos e científicos (knowhow). Aí, um dos seus próximos, que também cobiça tais bens, tanto ou mais que os outros, inclusive, detentor de grandes recursos, econômicos e científicos (inclusive bélicos), dá uma de “bonzinho” e oferece ajuda para que os bens sejam preservados e defendidos. Acontece que esse benemérito é também um dos grandes causadores das dores de cabeça dessa sociedade, inclusive, fomentador de agitações políticas, em conluio com reconhecidos maus caráter e ladrões locais. Concluindo, como essa Nação vai defender seus bens em uma possível investida (bélica ou econômica) desse ajudador se ele, no fundo, sabe e controla os meios de defesa? Não seria botar a raposa para vigiar o galinheiro?

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