“Contra o ódio do Pastor, meu Peru é mais Amor.”

Nesse período em que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara anda executando passos ridículos de Bêbado, em um lugar que precisa no mínimo da graça da Equilibrista. E considerando que não existe no horizonte ninguém com o brilho humanista de um irmão do Henfil apto a presidir aquela comissão, resta não perder a esperança que nos dá a molecada nos seus 20 e tantos anos, e que vai parar ruas do centro de São Paulo amanhã. Com a palavra, o Centro Acadêmico XI de Agôsto:

“Contra o ódio do Pastor, meu Peru é mais Amor.”

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CARTA ABERTA AO DEPUTADO MARCOS FELICIANO

A Peruada é uma manifestação político-carnavalesca da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Todos os anos os estudantes vão às ruas, fantasiados de maneira jocosa e irreverente como forma de protesto. Vota-se um mote, uma frase que pretende dar a temática crítica ao evento.

Nessa edição, o mote ganhador trata dos abusos do Pastor e Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Deputado Marcos Feliciano. O parlamentar tem atacado de maneira ostensiva o direito dos homossexuais e, paradoxalmente, preside a Comissão que mais deveria prezar pelos direitos e pela proteção das minorias.

Para comprovar e legitimar ainda mais a escolha dos estudantes como um protesto atual e de extrema importância, nessa semana, a do evento, o Pastor conseguiu aprovar mais uma de suas medidas retrógradas: sua comissão deu sinal verde para o projeto de lei que permite a organizações religiosas expulsarem de seus templos pessoas que “violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias”. A proposta ainda desobriga igrejas a celebrar casamentos em “desacordo com suas crenças”.

Os estudantes não devem e não vão aceitar medidas que privilegiem a segregação, principalmente as vindas e legitimadas por meios institucionais, como faz o pastor Marcos Feliciano na presidência da comissão que historicamente esteve na vanguarda da ampliação dos direitos civis. Convidamos o Deputado a participar conosco da Peruada desse ano e, quem sabe, perceber que “Contra o ódio do Pastor, meu Peru é mais amor”.

É PERUADA, OBA!