Baixa produtividade no Brasil: sistema ou indivíduo?
por Paulo Gala
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O padrão de especialização produtiva de uma economia é chave para entender o processo de aumento de produtividade. Ser produtivo significa dominar tecnologias avançadas de produção e criar capacidades e competências locais nos setores corretos. Produzir castanhas de caju ou chips de computador, carros ou sapatos, bananas ou computadores faz diferença.
Ou seja, o processo de aumento de produtividade de uma economia não é setor-neutro (depende da composição agricultura, serviços e indústria do PIB) e depende do tipo de produto que um país é capaz de produzir.
A produtividade da economia não depende dos indivíduos, é algo sistêmico. Trabalhadores inseridos em setores tecnologicamente sofisticados serão produtivos devido às características intrínsecas do setor e não a dos trabalhadores.
A partir dessa perspectiva a dinâmica de produtividade de uma economia depende de sua configuração setorial. Não se trata então apenas de educar mais ou até mesmo capacitar mais os trabalhadores; se trata de estimular e desenvolver os setores corretos.
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Falando especificamente do Brasil de hoje? Sei não! Desde pequeno que ouço e comprovo que onde tiver a presença /ou a mão do homem, nada será perfeito, infalível ou inquestionável, principalmente e infelizmente, no Brasil. Imagino que se uma empresa super tecnológica e automatizada, depois de gastar uma fortuna em pesquisas para fabricar produtos tecnicamente práticos e corretos, para determinado público alvo e gastar mais outra fortuna em publicidade para vendê-los o mais rápido possível, sinceramente eu entendo que poderá sim obter sucesso nas vendas. Porém, eu avalio que se receber alguma parte significativa dessas vendas, só poderá ser daqueles abonados 1% que detém quase 30% de toda riqueza. Contudo, ainda não se pode afirmar nada, visto que é justamente essa classe que leva a fama de serem os maiores inadimplentes, se comparados ao trabalhador honesto. Portanto, eu acredito que o trabalhador honesto e prudente só comprará o produto se tiver certeza de que poderá pagar, caso contrário seria uma espécie de vingança pelos sacrifícios que são obrigados a experimentar para se manterem empregados. Resumo, as vendas poderão ser um sucesso, mas a arrecadação será inversa a esse sucesso, e como prova de que no momento nem magia, nem macumba e nem varinha de condão tira o Brasil e os verdadeiros trabalhadores do sufoco, eu copio algumas manchetes bem atuais, que jamais fará o trabalhador acreditar nas baboseiras e mentiras que acreditavam antes. O governo atual e o ganancioso empresariado ainda fingem não perceber o desânimo, a frustração, a saturação, o descrédito, a desilusão, a depressão e o desinteresse na reação, que são males causados pela forte recessão que abate silenciosamente todas as estruturas do país. Para mim, a solução é o homem, é o indivíduo trabalhador, consumista e gerador de riquezas, quando não sequestram seus ganhos legais e de direito. As manchetes abaixo são provas recentes, não deixam dúvidas e também não deixam ninguém sossegado e muito menos otimista. Vamos a elas:
Impacto estimado com desmatamento na Amazônia supera US$ 3 trilhões
Guerra aos pobres – O Brasil, único no mundo, extingue o Ministério do Trabalho,…
Brasil, 2020: Roubar carga de carne já é mais atrativo que roubar carro-forte
Brasil terá recuperação abaixo da média global
Fim da dedução do trabalho doméstico no IR atinge classe média e precariza trabalho
Uso da mão de obra militar no INSS vai aumentar fraudes, avalia CNTSS
Ascensão do Endividamento – Queda do Crédito, por Fernando Nogueira da Costa
Depois da falsa euforia, os problemas da indústria da construção
Governo caminha para contratar estrangeiras em vez de nacionais, anuncia Guedes
Quatro pesquisas de institutos renomados apontam perspectivas sombrias para o Brasil
Endividamento bate recorde e atinge 65% dos brasileiros
A recuperação como ilusão e ideologia
Em privatização dos Correios, saldo pode ser demissão de 40 mil servidores
porque o PIB cresce apenas 1% ao ano. Essa pequena geração de riquezas é toda apropriada pelos bilionários, que estão ficando mais ricos enquanto 99% do povo está ficando mais pobre. O povo empobrecendo, diminui o consumo. Sem consumo não há razão para aumentar a produção. Além disso, os governos Temer e Bolsonaro retomaram o ultrapassado alinhamento submisso com os Estados Unidos, afastando importantes parceiros comerciais que compravam os produtos brasileiros. A balança comercial começa a cair, trazendo menos dólares para o país. Tem ainda a destruição ambiental promovida pelo governo Bolsonaro que também afasta compradores do mundo civilizado.
Lucro das empresas com ações na Bolsa cresce 73% no 2º trimestre; o setor com maior lucro foi o dos bancos, com ganho de R$ 22,73 bilhões
20 maiores lucros do terceiro trimestre de 2019 de empresas que investem na bolsa: “as oito empresas que lideram o ranking são dos setores de petróleo, mineração, bancos (cinco entre os oito de maior lucro) e bebidas.
Por que os bancos têm lucros cada vez mais elevados numa situação em que a economia e a maioria do povo passam por uma grande crise?
Resposta: porque os bancos investem na bolsa de valores, que vem tendo altas recordes.
Porque a bolsa está subindo tanto se a economia e o povo vão mal?
Resposta: Porque vários setores deixaram de aplicar na produção por causa da crise crônica. A indústria é um exemplo típico. A indústria hoje está 17,1% menor do que no período pré-golpe (IBGE, 2011). Setores do agronegócio começam a seguir o mesmo caminho dos industriais.
A interrupção do processo de resgate do valor histórico da remuneração mínima do trabalhador brasileiro, agora anunciada, deixa pelo caminho uma esperança de melhor condição de vida para milhões de pessoas e uma visão de civilização, em que as diferenças se estreitariam em benefício de todos
Endividamento bate recorde e atinge 65% dos brasileiros
Mais de 65% dos brasileiros estão endividados. É o que informa pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) no dia 9 de janeiro. O número é o maior registrado desde o estudo começou a ser realizado, em 2010.
No último dado publicado pelo FGC, o montante de depósitos a prazo é de R$ 928,73 bilhões, distribuídos por 20,7 milhões titulares. A maior concentração (moda) de clientes está situada na faixa até R$ 5 mil, apresentando 16 milhões titulares. A faixa com os valores acima de R$ 1 milhão concentra a maior parte do saldo, R$ 644,6 bilhões, distribuídos por 71.595 titulares. Os milionários representam 0,3% dos clientes do produto, mas possuem 69,4% do seu valor total. Este é o Brasil!
Os “rapazes do mercado” e seus parceiros na equipe econômica de Guedes querem forçar a ideia de que “agora a economia vai”, sem que exista qualquer fundamento lógico para um ciclo de crescimento, que pode vir da DEMANDA, que não existe porque a renda da população está caindo e não subindo ou do INVESTIMENTO que hoje está no seu nível TOTAL mais baixo dos últimos 50 anos, mas o INVESTIMENTO PÚBLICO baixou mais ainda do que o total, de onde virá essa “arrancada” de crescimento sem motor de arranque? É um engodo, mas os “rapazes do mercado” e seus ´parceiros na GLOBONEWS precisam criar um “clima” de agora vai, que é FALSO, não tem alicerce na realidade, algo que De Bolle e Zeina Latif sabem e divulgam.
Três cérebros brilhantes estão percebendo que NÃO EXISTE MERCADO SÓLIDO EM UM PAIS MISERÁVEL, o desastre social de 27 milhões de desempregados e desalentados, mais outro tanto de subempregados, estão sendo empurrados para um campo de extermínio. TODAS AS POLÍTICAS do Ministério da Economia cortam na já pouca renda dos mais pobres, nas corporações de renda alta se dão aumentos, na renda dos pobres se corta
O BRASIL NÃO ESTÁ NA ROTA DE CRESCIMENTO, o ridículo Boletim Focus não acerta uma, nem a taxa de inflação, nem o valor do dólar, nem o PIB, nada.
Se pegarmos o Boletim de janeiro de 2019 e confrontarmos com dezembro, nenhum número chegou sequer próximo, erraram feio na inflação, no dólar, no PIB, para que fazer essa bobagem que evidencia uma “parceria” mal ajambrada entre o BC e o “mercado”?
Desmonte da Previdência ‘trava’ mais de 3 milhões de aposentadorias
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A solução é todas as empresas “investirem na Bolsa”, para aumentarem seus lucros e repassarem aos empregados.