Guerra comercial de Trump atinge mercado de álcool europeu

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Presidente dos EUA ameaçou impor tarifa de 200% sobre álcool europeu em resposta à retaliação contra tarifas de aço e alumínio

Foto de Kelsey Knight na Unsplash

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump escalou o confronto comercial contra a União Europeia, ao ameaçar impor uma tarifa em torno de 200% sobre o álcool europeu, em resposta ao posicionamento europeu contra suas tarifas de aço e alumínio.

“Se essa tarifa não for removida imediatamente, os EUA em breve colocarão uma tarifa de 200% sobre todos os VINHOS, CHAMPANHE E PRODUTOS ALCOÓLICOS SAINDO DA FRANÇA E OUTROS PAÍSES REPRESENTADOS PELA UE”, disse Trump em sua rede Truth Social, ressaltando que a decisão será ótima para as empresas de vinho e champanhe norte-americanas.

Trump anunciou a cobrança de 25% sobre aço e alumínio na manhã desta quarta-feira e, em resposta, a União Europeia adotou uma série de contramedidas “rápidas e proporcionais” que devem entrar em vigor no mês de abril, e que incluíram tarifas sobre € 26 bilhões (US$ 28 bilhões) em produtos americanos, incluindo tarifas sobre barcos, bourbon e motocicletas.

Como explica a CNN norte-americana, a resposta de Trump é um exemplo de como as guerras comerciais podem sair rapidamente de controle. Agora, o mercado norte-americano de bebidas começa a se preparar para lidar com retaliações.

Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que a França é o maior exportador de vinho para os Estados Unidos, enviando US$ 2,5 bilhões apenas no ano passado, enquanto a Itália vendeu US$ 2,3 bilhões em vinho no mesmo período. O vinho é um dos principais produtos de exportação da França e da Itália paa o mercado norte-americano.

Nas redes sociais, o ministro do Comércio francês, Laurent Saint-Martin, declarou que “Trump está intensificando a guerra comercial que ele escolheu começar” e que seu país “revidaria”.

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