Economia

Indústria 4.0 avança a passos lentos no Brasil

A indústria brasileira pode estar mais digital, mas as tecnologias utilizadas dentro da chamada indústria 4.0 em uso pelo setor permanecem restritas, conforme mostra sondagem elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a respeito do tema.

Em linhas gerais, o conceito de indústria 4.0 prevê a digitalização da produção para integrar as diferentes etapas da cadeia de valor, desde o desenvolvimento do produto até o uso final.

Em 2021, 69% das empresas brasileiras ouvidas pela CNI faziam uso de alguma das tecnologias em uso, percentual acima do visto em 2016 (48%).

A pesquisa apontou o uso de 18 tipos de tecnologias digitais usadas pelas empresas e seu uso nos diferentes estágios de produção. Em 2016, eram 10 tecnologias listadas.

Contudo, pode-se dizer que a baixa variedade mostra que o segmento está na fase inicial da digitalização: 31% das empresas ouvidas ainda não adotaram qualquer tecnologia digital, 26% utilizam de uma a três das 18 listadas, e apenas 7% adotaram 10 ou mais delas.

Tais números indicam que a falta de conhecimento das tecnologias por parte das próprias empresas é um ponto a ser trabalhado, e o uso restrito das tecnologias reforça a necessidade de avanço e de mais integração para ampliar os benefícios.

“A adoção das tecnologias digitais avançou nos últimos cinco anos. As empresas estão buscando novos métodos produtivos”, explica Samantha Cunha, gerente de política industrial da CNI.

“Porém, para alcançar os maiores benefícios que a indústria 4.0 permite alcançar, é necessário aumentar a variedade de tecnologias digitais adotadas, pois são tecnologias complementares. A integração no uso é importante para aumentar a produtividade das empresas”, pontua a gerente.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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