Prévia da inflação oficial tem maior resultado para fevereiro desde 2016

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,99% em fevereiro, 0,41 ponto percentual acima do registrado em janeiro e a maior variação para o mês desde 2016 (1,42%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,58% e, em 12 meses, de 10,76%, acima dos 10,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2021, a taxa foi de 0,48%.

Oito dos nove grupos pesquisados subiram no período de pesquisa, sendo que a maior variação (5,64%) e o maior impacto (0,32 p.p.) vieram do grupo Educação. Na sequência, vieram Alimentação e bebidas (1,20% e 0,25 p.p.), e Transportes, que subiu 0,87% após queda de 0,41% em janeiro e contribuiu com 0,19 p.p. em fevereiro.

No caso do segmento de Educação, o resultado foi diretamente afetado pelos reajustes dos cursos regulares (6,69%), que são habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (8,03%), da pré-escola (7,55%), do ensino médio (7,46%), da creche (6,47%) e do ensino superior (5,90%). Curso técnico e pós-graduação subiram 4,40% e 2,93%, respectivamente.

No caso do grupo Alimentação e bebidas, as maiores altas vieram de alguns tubérculos, raízes e legumes, como a cenoura (49,31%) e a batata-inglesa (20,15%). No grupo Transportes, destaque para o aumento de preços dos veículos próprios (2,01%): automóveis novos (2,64%), motocicletas (2,19%) e automóveis usados (2,10%).

Por sua vez, os combustíveis registraram estabilidade em fevereiro (0,00%): enquanto o óleo diesel (3,78%) e a gasolina (0,15%) subiram, etanol (-1,98%) e gás veicular (-0,36%) registraram queda.

Na análise regional, o maior resultado ocorreu na região metropolitana de São Paulo (1,20%), influenciado pelas altas dos cursos regulares (6,39%) e dos automóveis novos (2,24%). A região metropolitana de Porto Alegre (-0,11%) foi a única que registrou queda no período, afetado pela energia elétrica (-7,05%) e pela gasolina (-4,89%).

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Redação

Redação

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  • Economia, índices, inflação e etc estão bem fora do meu conhecimento. Porém, me atrevo pensar que esses índices se justificam pelas causas que lhes tornaram como consequência. Com mais ou menos exageros, eles se apresentam como reflexo de medidas erradas ou medidas tímidas ou medidas excessivas. Contudo, o que se mostra mais na contra-mão da relação causas/consequências, e que não está na matéria(ou eu é que posso estar por fora) é o fato do dólar chegar ao valor de R$5,00. Parece estranho que com tantas turbulências graves ameaçando mudar radicalmente toda a economia mundial, o dólar recua constante e estranhamente no dia a dia. Me lembra o dito do recuo para pegar impulso, como acontece com o efeito pré-tsunami. Na minha leiga opinião, o Brasil parece se fingir de maduro quando ignora, banca,injeta mais oxigênio e promove o início da regulamentação da bolha inflada pelas criptomoedas, mas age como cego quando, em minha avaliação, o dólar se comporta na contramão do fluxo perigoso empreendido pela política nacional e também quando ignora os possíveis grandes estragos, que os estilhaços da sanguinária política internacional podem causar ao Brasil. Enfim, mesmo não presente na matéria é o comportamento, neste momento, que mais me intriga e mais me levanta suspeitas

  • E eis que surge ele, o dólar, reluzente, invejado e sedutor. O plano B dos barões do mercado e dos que adoram tiros, bombas, tragédias e até a paz, desde que tenha um rendimentos muito superior aos acontecimentos citados anteriormente.

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