Superávit primário soma R$ 3,7 bilhões em outubro

Jornal GGN – O setor público consolidado registrou superavit primário de R$ 3,7 bilhões em outubro, interrompendo assim uma sequência de cinco meses com resultados negativos, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).  Apesar de positivo, o resultado de outubro é o mais fraco para o mês desde 2002, quando houve superávit de R$ 6,265 bilhões.
Ao longo do período, o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) apresentou superavit primário de R$ 4,9 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais registraram deficits de R$ 741 milhões e de R$ 434 milhões, respectivamente.
No ano o resultado primário acumula deficit de R$ 11,6 bilhões, comparativamente ao superavit de R$ 51,2 bilhões contabilizado no mesmo período de 2013. Considerando-se os fluxos acumulados em doze meses, o superavit primário atingiu R$ 28,6 bilhões (equivalente a 0,56% do PIB – Produto Interno Bruto), comparativamente a R$ 31,1 bilhões (0,61% do PIB) em setembro.
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 21,5 bilhões em outubro, abaixo da variação de R$ 43,9 bilhões registrada em setembro. De acordo com o BC, o desempenho do indicador foi afetado pelo resultado favorável de R$ 6,8 bilhões obtido nas operações de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares), ante resultado desfavorável de R$ 18,4 bilhões no mês anterior. No acumulado no ano, os juros nominais atingiram R$230,7 bilhões, comparativamente a R$194,9 bilhões no mesmo período de 2013. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$284,6 bilhões (5,57% do PIB), elevando-se 0,04 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados por competência, foi deficitário em R$17,8 bilhões em outubro. No acumulado no ano, o deficit nominal alcançou R$ 242,2 bilhões, comparativamente a R$ 143,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. Nos últimos doze meses, o deficit nominal alcançou R$256 bilhões (5,01% do PIB), elevando-se 0,09 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
No mês, ocorreram expansões de R$ 35,2 bilhões na dívida mobiliária e de R$ 1,4 bilhão no financiamento externo líquido, que foram parcialmente contrabalançadas pelas reduções de R$ 11,8 bilhões na dívida bancária líquida e de R$ 7 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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