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Suzano reduz prejuízo, mas ainda amarga reflexos da variação cambial

Jornal GGN – A Suzano Papel e Celulose registrou um prejuízo líquido de R$ 247,5 milhões no segundo trimestre, apresentando uma pequena melhora ante a perda de R$ 264,3 milhões apresentada no ano passado, mas revertendo o lucro de R$ 41,9 milhões contabilizado no primeiro trimestre.

De acordo com balanço financeiro divulgado ao mercado, o resultado foi negativamente influenciado “pela variação cambial no período, pelo imposto de renda e contribuição social, pela depreciação, amortização e exaustão, e pelo resultado financeiro”, além dos fatores operacionais que afetaram o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Com o resultado, a perda acumulada ao longo do primeiro semestre chegou a R$ 205,6 milhões, ante o prejuízo de R$ 192,4 milhões registrado em 2012.

O EBITDA ajustado foi de R$ 408 milhões, um incremento de 37% no comparativo com o mesmo período de 2012. A margem atingiu 30,6%, número 8,1% superior à margem do ano passado. Estes números subiram em virtude do aumento de preço da celulose e do papel. Sem ajuste, o indicador somou R$ 515 milhões, com margem de 38,6% em relação à receita líquida do período.

No ano, o EBITDA totalizou R$ 842,3 milhões, com margem de 33,6% em relação à receita líquida do período, ao passo que o indicador ajustado foi de R$ 735,3 milhões e margem de 29,3%.

A receita líquida apurada no trimestre foi de R$ 1,334 bilhão, enquanto o volume total de vendas de papel e celulose alcançou 754,8 mil toneladas, alta de 6,2% ante o primeiro trimestre, mas 5,7% abaixo do registrado no segundo trimestre de 2012.

Em 2013, a receita líquida foi de R$ 2,508 bilhões. O volume total de vendas de papel e celulose no semestre foi 3,9% inferior ao acumulado do primeiro semestre de 2012, alcançando 1.465,7 mil toneladas. O preço líquido médio da celulose foi 16,8% superior ao registrado no primeiro semestre do ano passado, e o do papel apresentou crescimento de 7,5% no período.

A empresa também conseguiu reduzir seus custos em 2%, resultado de um menor consumo de insumos e redução dos custos fixos, reflexos da maior produtividade e um trimestre sem impactos de parada na indústria. Despesas gerais e administrativas foram reduzidas em 6%, no acumulado do ano.

A Suzano anunciou ainda uma liquidez financeira de R$ 4,5 bilhões em caixa, além de uma segunda fase do projeto de gestão de endividamento para redução do custo, bem como um alongamento do prazo de sua dívida. A companhia também concluiu o processo de alienação da participação da Suzano no Consórcio Capim Branco Energia.

Redação

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