Jornal GGN – O ex-presidente Lula disse em entrevista ao poscast PodPah, um dos mais famosos no Youtube, que pensa em mover processo pelos dados sofridos na Operação Lava Jato.
O ex-presidente ficou preso na Polícia Federal em Curitiba por 580 dias, em virtude de uma condenação imposta originalmente pelo ex-juiz Sergio Moro, que agora quer ser candidato a presidente da República em 2022.
Na sentença contra Lula, no caso triplex, Moro assinalou que o ex-presidente cometeu “fatos indeterminados”. O GGN publicou, à época, uma análise sobre a sentença que mudou os rumos do País. Leia mais aqui.
Com mais de 260 mil pessoas assistindo em tempo real, o PodPah perguntou a Lula sobre a prisão na Lava Jato. O petista contou histórias da infância na pobreza, remetendo à educação que recebeu da mãe, dona Lindu.
Mesmo diante de situações de fome, disse Lula, ele foi incapaz de cometer qualquer roubo. Mas na Lava Jato foi acusado de ser o chefe da “propinocracia” no Brasil.
“Eu jamais imaginei na minha vida que eu ia sofrer o que sofri nesses ataques de corrupção, com esses bandidos sabendo que eu não tinha feito. Eu poderia ter saído do Brasil, mas eu tomei a decisão de ir para Curitiba. Eu precisava provar que Moro era mentiroso e a força-tarefa da Lava Jato era uma quadrilha”, respondeu Lula.
“Isso [ter sido condenado e preso] foi muito duro, jamais imaginei passar isso na minha vida. É uma marca profunda que eu vou levar para a vida. Eu ainda vou pensar bem, mas em algum momento eu vou processar, porque nem que for um tataraneto meu, um dia vai ganhar um processo com essa sacanagem que fizeram comigo.” Assista à declaração de Lula no recorte da TVGGN clicando aqui.
No PodPah, Lula contou outras histórias da infância e da época da fundação do PT. Disse que vai anunciar se será candidato ou não no começo de 2022. Chamou Jair Bolsonaro de “anomalia política”. Argumentou que as pessoas que não acreditam na política deveriam se politizar e disputar espaços de poder, se querem realmente mudar a realidade. Criticou o fim do Bolsa Família e o desmonte de políticas públicas. Lembrou do Prouni, Ciência Sem Fronteiros, do respeito e prestígio do Brasil junto à comunidade internacional na época em que ele era presidente, entre outros feitos. E virou hit nas redes sociais ao defender que o pobre pode comer camarão, bem como ter acesso a tudo que a classe operária produz.
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