Ciro, Alckmin e Marina formariam chapa, mas todos querem ser o presidenciável

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Fotos: Agência Brasil
 
Jornal GGN – A disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República já está definida, de acordo com os resultados das últimas pesquisas eleitorais há duas semanas. Mas o terceiro, quarto e quinto colocados analisam a possibilidade de se aliar para somar seus eleitores e tentar alcançar o segundo turno das eleições 2018.
 
São Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) que, com três propostas de governo completamente diferentes e privilegiando temas e interesses distintos, podem tentar romper a “polarização” entre o PT e a extrema-direita do PSL.
 
Esse movimento, que ainda não foi concretizado e foi, inclusive, resistido pelos presidenciáveis, partiu de um manifesto online de eleitores que pedem uma chapa formada por Alckmin, Ciro e Marina, em alternativa à disputa atual já fechada.
 
Sob o nome “Alcirina”, que a junção das partes dos nomes dos três candidatos, o abaixo-assinado pede a frente única que estaria, supostamente, situada no centro da posição ideológica política – nem direita, nem esquerda. O grupo já acumulou mais de 26 mil assinaturas (veja aqui).
 
Com a grande adesão em tão pouco tempo, a possibilidade foi levantada por jornalistas aos presidenciáveis. Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro a se manifestar e mostrou receber bem a ideia, desde que ele encabeçasse essa chapa, ou seja, ele assumisse a Presidência da República em hipótese de vitória.
 
“Me honra muito a ideia de que eu possa ser o estuário de todos”, disse Ciro, durante a agenda com a Juventude Pedetista, em São Paulo, nesta quarta (03), acrescentando que ele não estaria de acordo com “oportunismos”, porque ele aposta “na inteligência do povo brasileiro”. 
 
Por outro lado, admitiu que ele não poderia “cometer a indelicadeza” de pedir que seus adversários Marina Silva e Geraldo Alckmin desistam de suas candidaturas próprias. “Isso é algo que só eles podem decidir”, havia respondido.
 
Tratando-se de projetos de governo diferentes, Ciro também disse que poderia incorporar em seu plano de governo “quase todos” os pontos defendidos por Marina Silva, “com exceção da autonomia do Banco Central”. 
 
“E do Alckmin [incorporaria] algumas coisas: o IVA [Imposto sobre Valor Agregado] ele copiou de mim, está em um livro meu de 1995”, destacou. Mas disse que só aceitaria formar essa chapa se tanto Marina, quanto Alckmin o procurassem.
 
Entretanto, a manifestação do tucano Geraldo Alckmin não foi tão positiva quanto a de Ciro. Em resposta ao mesmo questionamento feito por jornalistas, a campanha do PSDB refutou a ideia como “sem ter a menor chance de acontecer”.
 
Por outro lado, Alckmin visualizou a formação da chapa de maneira positiva caso seja ele quem encabece a chapa. Perguntado sobre o que achava de unir as candidaturas, respondeu: “Acho ótima [a ideia], nós queremos receber o apoio do Ciro e da Marina”, ironizou.
 
Alckmin disse acreditar que nenhum dos três presidenciáveis irá querer abandonar a disputa a candidato pelo Planalto no primeiro turno das eleições 2018.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. bom post.

    O que pensar de uma ideia como esta?

    Não consigo pensar em nada, foge à minha compreensão!.

    Mas uma coisa esta quase certa: provavelmente não termos sua presença em 2022 (caso haja eleições!!!).

    De Alkmin e Marina não terei nenhuma saudade.

    Ciro ainda pode contribuir com ideias…o que não é pouco os dias de hoje.

  2. Uma bela de uma

    Uma bela de uma chapa!

     

    Muito difícil distinguir quem é quem entre esses três hoje em dia.

     

    Teria meu apoio

  3. Tá parecendo a escolha do rei
    Tá parecendo a escolha do rei dos Piratas no filme os Piratas do Caribe. No circo em que tranformaram o país ninguém parece ter mais medo do ridículo.

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