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Fotos: Agência Brasil
Jornal GGN – As maiores intenções de votos atingidas por Lula em um estado brasileiro é quase o dobro da maior pontuação atingida por Jair Bolsonaro em estados. Ao mesmo tempo, o estado que menos vota em Lula chega a empatar com o candidato adversário.
É o que mostrou o cruzamento dos dados do IBOPE, realizados em todas em regiões do Brasil, desde o dia 13 a 24 de agosto. Apenas Minas Gerais ficou fora desse balanço, pela falta de divulgação da pesquisa neste estado.
Ainda assim, os números revelam que a diferença de votos do primeiro para o segundo colocado nas eleições presidenciais 2018 é grande: o candidato do PT tem as maiores intenções de votos no estado do Piauí: 65%, índice que é quase o dobro da maior pontuação atingida por Jair Bolsonaro (PSL) em um estado: 38% em Roraima.
Da mesma forma, o menor índice alcançado por Lula foi em Santa Catarina, estado que teve 20% das intenções de votos no líder petista e, ao mesmo tempo, foi empate nos índices com Bolsonaro, que também somou 20% entre os catarinenses.
Já o pior resultado obtido pelo candidato da extrema direita foi no Piauí, onde angariou somente 8% das intenções, mesma quantia de outros dois estados do Nordeste: Ceará e Sergipe, ambos com 9%. É menos de um terço dos piores resultados obtidos por Lula em um estado brasileiro.
Ainda, foi justamente no Nordeste onde Lula obteve as maiores pontuações, todos acima de 50%: depois de Piauí (65%), Maranhão (63%), Pernambuco (62%), Paraíba (57%), Ceará (56%), Sergipe (56%), Bahia (55%), Alagoas (53%) e Rio Grande do Norte (53%).
Vitórias: 17 contra 3
Lula vence as intenções de votos em 17 dos 26 estados brasileiros, ou seja, 65% do Brasil, e em diferenças de votos que chegam a 57 pontos percentuais, como é o caso do Piauí, onde Lula teve o melhor índice e Bolsonaro o pior.
Já o candidato do PSL vence de Lula em apenas dois estados (Acre e Roraima) e no Distrito Federal – locais que o ex-presidente perde por uma diferença não superior a 17 pontos percentuais, como é o caso de Roraima, onde Bolsonaro tem o maior índice de 38% das intenções.
Outros estados que não tem influências de redutos do PT ainda marcam o empate de Lula com Bolsonaro: Além de Santa Catarina, que foi o pior resultado de Lula, Espírito Santo, Goiás, Roraima e São Paulo estão dividido entre os dois presidenciáveis.
Outros candidatos e seus territórios
Os números também não são muito favoráveis a outros candidatos: todos eles obtêm os maiores índices em seus estados originários ou próximos. Mas não suficientes para um vitória contra Lula.
Marina Silva tem a maior intenção de votos no Amapá (17%), Ciro Gomes no Ceará (15%), Geraldo Alckmin em São Paulo (12%) e Alvaro Dias no Paraná (22%).
E se o resultado deste último surpreende pela representatividade em seu estado, local onde o candidato do Podemos expõe apoio direto e constante ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, e conquista votos muito superiores ao 1% da pesquisa que inclui todo o Brasil, é também o único estado que registra empate entre Alvaro, Bolsonaro e Lula.
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Dois comentários
A – Parabéns aos nordestinos, orgânicamente politizados, habitantes de estados com a predominância de camadas populares historicamente oprimidas no Brasil. Infelizmente, a consciência de classe dos nordestinos faz vicejar o ódio de certa elite racista arrogante, sempre pronta para rebaixar os nordestinos, do alto de sua ignorância primitiva.
B – Que vergonha para meu estado, Brasília-DF. Como se vê até agora, infestado de protofascistas arrivistas. Minha intuição me diz tratar-se, majoritariamente, da grande classe média idiotizada daquela ilha da fantasia, mas também, e infelizmente, de considerável número de “pobres de direita”, serviçais alienados, contaminados ideologicamente pelo convívio inarredável que a dependência financeira em relação os boçais inicialmente citados acarreta.
Interessante sua observação
Interessante sua observação porque moro aqui no DF e de fato a idiotização da classe média é assustadora, é algo tão contagiante que até nordestinos que vem morar aqui passam a ter comportamento igual, talvez por medo de sofrer represálias. Trabalho num órgão público como terceirizado e vejo como todos seguem a mesma cartilha. Só leem os mesmos portais de notícia, até as revistas que ainda resistem são do mesmo grupo modiatico. Ou seja seguem um pensamento único e dominante, não sobrevivem fora desse universo. É algo doentio.
É a triste verdade
Caro Gleisson, creio saber exatamente sobre o que você está falando. Também sou servidor público e convivi com a mesma realidade no órgão onde trabalhava, até ser transferido de Brasília. Por exemplo, logo no dia em que aprovaram a tramitação, o início do processo de impedimento da Dilma no congresso, um caminhão de som dos golpistas, com a Janaína Paschoal babando de alegria e se esgoelando ao microfone no qual gritava suas sandices, chegou ao cúmulo de tocar “Que País é Esse”, aquela beleza de música da Legião de autoria do Renato Russo, que sempre foi pessoa libertária e jamais concordaria com aquela injustiça e as outras que muitos já sabiam que viriam depois, muito pelo contrário. Pois bem, dois seguranças terceirizados ao meu lado escutavam a música e viam os gatos pingados dos manifestoches. Um virou para o outro e disse “é mesmo, que país é esse”. Falou em tom de total apoio à iminiente queda da Dilma. Não tinham noção do golpe que estava sendo deflagrado e que, por miséria, hoje em dia já deve ter ceifado seus direitos e comprometido o futuro de seus filhos. Exemplos como esse não me faltaram, infelizmente. O mais triste foi ver uma jovenzinha promissora, gente boa, contínua terceirizada, recolher inúmeros patinhos infláveis do circo da Fiesp, que foram montados na frente do congresso durante os idos do impedimento. Em seguida, levou os bonecos para casa para dar como lembrança para as amigas, como se aqueles símbolos dos golpistas endinheirados da avenida paulista, que ela sem querer transformava em fetiche, fossem algum tipo de relíquia cívica muito importante. Mas, ainda bem, também vi em Brasília a tomada de consciência de algumas pessoas do povo com as quais convivia, quanto ao desastre do golpe. O que me dói agora é não estar aí para tentar conversar e convencer meus conterrâneos para que busquem abrir os olhos contra o fascismo. Me refiro aos simples, esses mesmos sobre os quais você falou. Tenho certeza absoluta, eles não sabem o que estão realmente apoiando. Introjetaram o discurso das classes dominantes, quase que como zumbis. Logo em Brasília, cidade onde essas mesmas pessoas dependem, em enorme parte, dos recursos pagos pelo Estado brasileiro aos servidores públicos, que é o que mais movimenta a economia local. Logo aí, tantos apoiando o inominável JB. Ignoram que o mandarim das propostas para a economia do JB promete vender tudo, privatizar tudo e encolher o estado caso a besta fera em apreço seja eleita. Imagine a profunda depressão econômica que se abaterá sobre a capital se esta pauta for efetivada, imagine quem serão os primeiros a sofrer esse baque e de maneira mais profunda… Faço votos de que você tenha a disposição e a sorte de conseguir convencer quantos for possível sobre tal maluquice, de modo a que revejam suas intenções de votos para melhor. Abraço solidário!
Certamente caro Rodrigo faço
Certamente caro Rodrigo faço o que posso expondo as fragilidades e intenções malignas dessa gente que só pensa no próprio umbigo. Infelizmente não são todos que estão abertos a um diálogo racional, mas os que percebo que tem uma abertura eu procuro trazer para o debate um pouco do que aprendo acompanhando os blogs progressistas, e lendo claro os comentários daqui do GGN que sempre tem discussões de altíssimo nível.
É isso aí, prezado Gleisson
É isso aí, prezado Gleisson. Tenho para mim que nessas tentativas de convencimento não devemos jamais escarnecer dos humildes por suas posições conservadoras, diferentemente do que creio merecerem os empedernidos “bem pensantes” de nossas elites abastadas. Eu mesmo já incorri nesse erro, a exemplo de posições que assumi em face da greve dos caminhoneiros, recentemente. Não sou sociólogo mas penso que não é difícil perceber que, no fundo, as classes subalternas prezam a honestidade, o respeito e a sensação de ordem e previsibilidade, contrapostas as suas atribulações cotidianas nas quais estão subemersas. A realidade adversa com a qual se vêm obrigados a conviver, em quase todos os momentos de suas duras existências. Nesse sentido, com poucos instrumentos de informação de que de fato acabam dispondo, centrados na TV dos oligarcas e seus jornais e revistas, idem, acabam convencidos de que foram traídos pelas forças progressistas, já que tais meios os conduziu a acreditar nisso como sendo a “verdade”. Porém e como sabemos para que cheguem à narrativa dessas tais “verdades” fazem uso de todo tipo de subterfúgio a serviço da desinformação geral que realmente propagam. Os blogs progressistas são importantes mas a maioria deles apresenta uma complexidade de exposições, temas e argumentos que muitas vezes não consegue penetrar o grau cognitivo de pessoas desfavorecidas em termos de educação formal. É preciso levar ao povão linguagem que ele entenda, de modo a que a pedra das convicções que estão carregando dentro de suas consciências sejam quebradas. Nada mais legítmo para esse fim do que os próprios membros das camadas oprimidas se encarregarem de tal tarefa, que o digam os bravos militantes de movimentos sociais como o MST… Bom, desculpa por tanto blá, blá, blá e vamos em frente que o jogo é de campeonato. Abraç
Ah, essas “pesquisas” eleitorais!!!???
Quando bem feitas, seguindo métodos científicos, as pesquisas podem representar uma fotografia instantânea do eleitorado. Vejam bem: podem representar, mas não necessàriamente representam, já que os eleitores podem dissimular e mentir, pois nem todas as pessoas querem externar seu voto, seja por receio de represálias, seja porque não confiam nos tais “institutos”, que de neutros e isentao não têm absolutamente nada. Cada instituto conduz a pesquisa de acordo com os interesses de quem o contrataou; o viés das perguntas, induzindo respostas dos eleitores segundo desejos e interesses do contratante, deforma e falseia a representatividade de uma sondagem eleitoral.
Todos sabemos que o IBOPE, o DataFolha, o tal Paraná-Pesquisas, os contratados pela TV Bandeirantes muitos outros ligados a grupos de comunicação, têm seus interesses afinados com a direita golpista, oligárquica, escravocrata, plutocrata, cleptocrata, privatista e entreguista. Outras entidades/institutos – como BTG-Pactual, XP/Itaú, CNT/MDA, CNI, CNC, etc. – têm relações diretas com o rentismo, com o empresariado, com o capita; portanto as pesquisas feitas por eles têm sempre o vie de beneficiar candidatos da direita e prejudicar os da esquerda.
O único dos institutos que faz sondagens eleitorais menos enviesadas ou com viés mais pró-esquerda é o Vox Populi. Não por acaso, o resultado da última pesquisa VP, divulgao em 26 de julho, mostrou Lula com 41% das intenções de voto. Três semanas depois o DataFolha divulgu pesquisa em que Lula aparece com 39% das intenções estimuladas de voto, ou seja, 9 pontos percentuais acima do levantamento que havia sido feito no início de junho e no limite da margem de erro (que é de 2 pontos percentuais) em relação ao resultado divulgado pelo VP. Ficou claroq ue não só o Dafa Folha, mas também outros institutos de pesqusa pródireita e pró-mercado conduze os levantamentos de modo a beneficiar a direitae prejudicar a esquerda, lula e o PT.
Apesar de todas as induções emanipulações, os institutos de pesquisa não conseguiram, até agora, fabricar ou prouzir resultados animadores/alentadores para a direita golpista, oligárquica, escravocrata, plutocrata, cleptocrata, privatista e entreguista. O desespero já pode ser visto nas capas de jornais e revistas do PIG/PPV e nos comentários de colunistas PIGais. Sem fraude, o Ex-Presidente Lula é imbatível nas urnas e pode liquidar a fatura já no 1º turno. O xeque-mate do CDH-ONU em qualquer “plano B”, de bolas nas costas, assim como as tangas justas em que colocou os golpsitas do TSE, do STJ e do STF, que terão de se expor ainda mais ao descrédito público internacional, violando a legislação brasileira, inclusive a CF/1988, e descumprindo tratados internacioais ccujas decisões têm valor supralegal, coloca o golpe e os golpistas na berlinda. O silêncio ensurdecedor dos togados, desde o último dia 17, quando foi divulgada a liminar do CDH-ONU, mostra que os golpistas estão encurralados e não há mais condições deles continuarem ostentando máscaras de ‘legalidade’ e ‘institucionalidade’.