Pesquisa Folha: tudo mudou para ficar como estava.

Para Dilma e o PT nada mudou.

Aécio e o PSDB perdem feio e Serra volta do além-túmulo. Marina ganha no jogo da dança das cadeiras e Eduardo Campos está no pique aguardando para entrar na brincadeira.

A primeira pesquisa de intenção de votos da Folha de São Paulo para as eleições de 2014, publicada neste sábado – 12/10, após o “fator Marina-PSB” mostrou que tudo mudou para ficar como era antes.

Quem votava em Dilma ou no PT desde sempre continua votando e, aos poucos, sem a forte campanha midiática negativa do primeiro semestre, ela retoma os votos dos que não têm partido definido.

Quem não votava em Dilma ou no PT continua não votando, mas aqui ocorre a mudança. Os anti-petistas deixaram o PSDB e seus candidatos e adotaram Marina Silva.

Ou seja, nada mudou no que diz respeito à capacidade de Dilma e do PT levarem a eleição no 1º ou 2º turno, dependendo do cenário, mas o PSDB perdeu grande parte de sua base de apoio.

Como Aécio e Serra ficam, ambos, atrás de Marina, respectivamente 29X17 e 28X20, a perda é do PSDB e não de algum candidato específico. Ainda que Serra se saia um pouco melhor devido provavelmente ao voto paulista que o mineiro não conseguiu conquistar.

Independente dos números, cabe notar se a qualidade dos votos de Marina. Marina vence entre os que têm maior renda e maior escolaridade. Esse é o perfil do eleitor que votava e ainda vota com o PSDB. Logo, a parcela desse eleitorado que migrou para Marina foi a anti-petista mas que já não se identifica mais com o PSDB também. E essa parcela não é pequena, 12 pontos percentuais no caso de Aécio Neves e 8 pontos em relação a Serra, aqui outra vez, provavelmente, devido ao voto paulista citado acima.

Como Marina ganha também entre os eleitores mais novos – de 16 a 24 anos, ou seja, os sonháticos, é a sua presença que cria o único cenário onde pode haver um segundo turno, independe da presença de Serra ou Aécio.

Agora vejamos, ainda em relação à qualidade desse eleitorado: anti-petistas, desiludidos e sonháticos formam uma “3ª via” política ou são um ajuntado circunstancial?

Essa é uma questão que cabe ao PSDB responder. Como em uma eleição de 2 turnos, no primeiro turno, o terceiro colocado briga com o segundo, Marina deve começar a apanhar dos tucanos e de seus aliados.

Dilma e o PT, neste instante, estão na confortável situação de aguardar o desafiante sobrevivente.

Detalhe importante, Eduardo Campos melhorou muito sua porcentagem, foi de 8% para 15%. Foi o “fator Marina” ou foi o fato de Eduardo ter entrado na campanha e a sua exposição na mídia que lhe trouxe essa melhoria? Aguardemos as próximas pesquisas. A sorte de Marina ou de Eduardo na chapa do PSB depende desse índice.

Ah, a pesquisa de intenções de voto no 2º turno insinua que Marina, por hora, não transfere votos para Eduardo Campos, explico abaixo. Sua melhora seria, portanto, até aqui, por méritos próprios.

2º turno, Marina prende e os outros soltam.

A pesquisa sobre a intenção de votos no 2º turno mostra mais ainda essa opção do anti-petismo por Marina. Embora Dilma ganhe em todos os cenários de 2º turno, é contra Marina que obtém o resultado mais apertado. Perigosos 47 X 41. Ou seja, Marina agregaria no 2º turno boa parte dos votos que no 1º turno teriam sido dados ao PSDB.

Dilma venceria Aécio por 54 a 31 e venceria Serra por 51 a 33. Quando Marina não está presente, seus votos migram majoritariamente para Dilma e não para Eduardo Campos. Em um hipotético 2º turno entre Dilma e Eduardo Campos, Dilma venceria de 54 a 28.

Marina e a detergente luz solar.

Outro fator a se considerar é o índice de conhecimento dos eleitores em relação aos candidatos.

Dilma e Serra são muito conhecidos – 99% e 97%. A opinião dos eleitores em relação a eles e, portanto, o seu índice de rejeição, não deve mudar. Melhor para Dilma – 27% e pior para Serra – 36%.

Surpreendentemente Aécio ainda é pouco conhecido. Dele 57% do eleitorado ou não o conhece (22%) ou só o conhece de ouvir falar (35%). Isso é um péssimo sinal. Aécio esteve muito exposto na mídia há pouco tempo, protagonizou as inserções do programa do PSDB na televisão. Parece que poucos aceitaram seu convite para conversar.

Outra surpresa é o índice de rejeição de Eduardo Campos – 25%. Considerando que 75% do eleitorado ou não o conhece (43%) ou o conhece só de ouvir falar (32%), esse índice é estranho. É muita rejeição para quem é tão pouco conhecido. Como propaganda eleitoral é para falar bem do candidato e não mal, no decorrer da campanha esse índice pode mudar para melhor.

O oposto se dá com Marina Silva. Ela tem a menor rejeição – 17%. Ocorre que Marina Silva apesar de muito conhecida – 88%, tem apenas 23% do eleitorado que declara que a conhece muito bem, só para termos de comparação, 56% do eleitorado declara conhecer Dilma muito bem. 35% do eleitorado diz conhecer Marina um pouco, 31% a conhece só de ouvir falar e 12% não a conhece. Logo, 77% desse eleitorado ainda tem o que conhecer a respeito de Marina.

Qual o problema? O problema é que Marina cultiva para si mesma junto ao eleitorado uma figura mítica. Algo como a sacerdotisa ou fada madrinha da floresta, pura e benfazeja. Mas Marina, como política, é um poço de contradições. 

É a ecologista evangélica criacionista e é a progressista conservadora que defende o direito das mulheres e minorias, mas é contra a descriminação do aborto e contra o casamento ou mesmo o relacionamento homo-afetivo. É a participativa intolerante, é a verborragia “propositiva e programática” sem proposta e é a “sustentabilidade da nova política horizontalizada em rede”, mas filiada a um partido político tradicional e suas alianças nem sempre alicerçadas em “coerência ideológica”.

A campanha não levará Marina a ser mais conhecida, mas o eleitor a conhecer melhor Marina e as suas contradições.

O que acontecerá então? Não sei. Mas sei que os votos que migram de Marina vão para Dilma.

Pelo menos, é o que mostra a pesquisa da Folha deste sábado.

 

Redação

26 Comentários

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    1. “Não foi essa a avaliação dos

      “Não foi essa a avaliação dos tucanos. Em seu site, eles afirmam que Aécio herda a maioria dos votos de Marina Silva”:

      Eh, verossimilissimo.

      20 milhoes de votos de protesto migrando pra…  pra AECIO!

      Pode esperar. Vai acontecer a qualquer segundo agora.

  1. A encrenca do PSDB é que o

    A encrenca do PSDB é que o “dinheiro” desembarca da campanha deles e vai para o Dudu/marina. 

    Além de tentar  o segundo turno  o PSDB tem que segurar os financiadores que a essa altura estão desanimados. 

    Vem pau no PSB. E qual a melhor forma de trazer de volta os eleitores que se bandearam para o PSB?

    Lembrar que Dudú até ontem era o melhor amigo de Lula. 

  2. O que mudou, há agora uma disputa no centro

    Mais ou menos um terço do eleitorado, tende a votar mais a esquerda, e um outro terço tende a votar no candidato conservador, e o centro decide a eleição pelo lado da economia

    Lula perdeu três eleições seguidas com este um terço mais a esquerda, mas nem tanto a esquerda. Até que com o apagão a economia piorou muito, e os tucanos perderam a força do Plano Real, e perderam o centro, e com ele a eleição de 2002.

    Nas eleições de 2006 e 2010, o eleitorado mais progressista continuou votando no PT, e outro lado continuou votando no representante, desde 1994 o PSDB, pois não surgiu nenhuma alternativa viável mais esquerda, e nem a direita.

    O que mudou, há agora uma disputa no centro, pois tanto Marina, quanto Eduardo não empolgam, nem a esquerda, e nem a direita, porém o centro sozinho não ganha a eleição

    Para ganhar votos a direita, Marina contaria com os votos dos evangélicos, e Eduardo com alianças e com um discurso levemente neoliberal. E ambos com um udenismo moralista.

    No caso de Eduardo, há também uma aposta num fator regional, e sabemos que ele é muito popular em Pernambuco, mas não no Nordeste, como afirmam, mais por otimismo que qualquer base na realidade. Contudo, mesmo se fosse popular na norte como insistem afirmar, é desconhecido no Sul, ficando dependendo da boa vontade da mídia, o que já esta acontecendo, e de acertos com os tucanos, quanto a estes parece se entender bem com Aécio, o problema seriam os tucanos paulistas, e claro Serra.

    Pode ser que para a Globo, tanto faz, tanto fez, que seja com Serra, Aécio, Marina, Eduardo, ou Joaquim Barbosa, mas para os envolvidos não, na hora H, cada um vai cuidar é de si.

     

    1. Para ganhar votos a direita, Marina contaria…

      Isso é só teórico, posto que todos os partidos conservadores morais (PP, PSC, PR, PRB, PROS) prometem apoiar Dilma.

      Cabe ver qual é a fidelidade de eleitores a discursos.

      E até meados de 1989 eu nunca tinha ouvido falar de Collor, o ‘caçador de marajás’.

      O que dá uma ideia de como conhecimento é algo que pode mudar rápido.

      x-x-x-x-x

      O que as pesquisas falham em analisar é no registro da evolução no tempo.

      Caberia uma pergunta: ‘Em quem votou em 2010?’

      Aí poderíamos saber se há eleitores de Dilma hoje propensos a votar em Marina e vice-versa.

      Que Serra desidratou com o tempo, bom, isso nem precisa pesquisar.

      1. Mas Gunter, até 89 pouca

        Mas Gunter, até 89 pouca gente tinha votado para presidente no passado. Não sei se dá para usar aquela eleição como base para comparação. Foi um momento de aprendizado para a grande maioria, provavelmente. E hoje em dia não se acha um eleitor do Collor por aí…hehe

        Sem a mídia, creio que o Campos não vinga. Pois ele vai ter pouco espaço e tempo pra vender a imagem de bom gestor. E pelo jeito, a mídia vai é ficar tocando o terror com as pesquisas, mostrando que a Marina tem mais condições de levar para o segundo turno. E ainda vai ter que lidar com a Marina abrindo a boca, não necessariamente pra ajudar. Pois tem coisa que ela fala que realmente não dá.

        Nas hostes tucanos ainda resta indecisão, pois o Serra vai ficar em volta até o último minuto. A lógica seria ir de Aécio, até para trabalhar o nome dele para 2018, quem sabe, mas política nem sempre é feita dentro da lógica.

        Só que ainda acho que o principal adversário do PT/governo é o próprio governo petista. Lembrando que tem Copa ano que vem, e pelo menos aqui em Porto Alegre, muito do que foi prometido de obra para o evento, já ficou claro que não vai ter como concluir. Pode ser que esteja ocorrendo algo parecido nas outras sedes. Fora os protestos que devem agitar o clima. Se a coisa desandar, até as eleições é pouco tempo pra recuperar a imagem.

        1. Falaste bem…

          “Sem a mídia”.

          No dia 16/março/90 já não se achavam eleitores de Collor. 

          Mas é só palpite, acho que a mídia vai ajudar Campos sim.

          Uma outra coisa é isso de imagem do governo. Não é tão boa quanto em 2010, então acho que 55% no 2º turno é teto.

          Eu já vi pessoas que votaram em Dilma em 2010 dizerem que não votarão mais.

          Mas o contrário ainda não vi.

  3. As alternativas do PSDB e do PSB

    O PSDB ainda pode trocar Aécio por Serra, não e provável mais é possível.

    Mas o PSB tem outras alternativas além de trocar Eduardo Campos por Marina Silva, diria que a alternativa mais provável é o PSB disistir de lançar candidato a Presidência e voltar para a base aliada do Governo da Presidenta, com o trunfo de tirar Marina Silva da Disputa de 2014.

    Até o momento podemos afirmar que o tiro saiu pela culatra.

    No momento a “grande jogada” do PSB/Marina Silva, viabiliza a vitória da Presidenta Dilma no primeiro turno, e mantém o PSDB como principal partido de oposição.

    No cenário mais provável, a Presidenta Dilma tem 42% das intenções de voto; Aécio Neves tem  21%;  Eduardo Campos, 15%. Votos em branco, nulo ou nenhum somam 16%. Outros 7% não sabem em quem votar, segundo Datafolha.

    Pelo menos até agora, a “jogada de mestre” não passou de desejo dos analistas da maior parte da mídia e dos membros dos partidos da oposição, e está revelando que o PSB e Marina Silva marcaram sim, é um gol contra, já que no cenário mais provável a coligação PSB/Marina Silva.  nem em segundo lugar vai ficar.
    Tudo indica que a melhor “jogada”, teria sido filiar Marina Silva em outro partido, e/ou transferir Serra ou Aécio para o DEM ou PPS, para que fosse possível aumentar o número de candidatos da oposição, o que já não é mais possível.

    Na pequisa anterior  de intenção de voto para presidente em 2014, realizada pelo mesmo Datafolha em 07 a 09/08/2013, a soma do percentual de intenções de votos de Marina e Eduardo campos era de 31%, em um cenário com a Presidenta Dilma e Aécio Neves da oposição PSDB, agora os dois juntos tem 15% no caso de Eduardo Campos como candidato, e de 29% no cenário improvável com Marina Silva como candidata.

    O PSDB ainda pode trocar Aécio por Serra, não é provável, mais é possível.

    Mas o PSB tem outras alternativas além de trocar Eduardo Campos por Marina Silva, diria que a alternativa mais provável é o PSB disistir de lançar candidato a Presidência e voltar para a base aliada do Governo da Presidenta Dilma, com o trunfo de tirar Marina Silva da Disputa de 2014.

  4. Nassif, essa pesquisa é muto

    Nassif, essa pesquisa é muto estranha, Serra é mencionado, Lula não é, será que o datafolha manipulou dados para recolocar o zumbi de Pinheiros no jogo?

    1. Pesquisas sempre manipulam, ainda mais as do DataFraude

      Sao feitas para trabalhar a percepçao política das pessoas, nao para informar nada. Melhor é nao crer nelas, nem quando favoráveis. 

      1. auto engano

        Pesquisas podem até ser manipuláveis mas a maioria acredita nelas até como uma forma de auto engano.E o que é pior , ninguém vive sem elas.Pesquisas de opinião apesar de sua dinâmica de variáveis, é uma ferramenta imprescindível para tomadas de decisões e conhecimento de dterminada realidade .A confiabilidade no pesquisador no caso eleitoreiro para muitos repete-se a  velha história do obviamente “relativo”, dependendo do interesse de cada um na disputa dos candidatos.Mas, no fundo, todos ficam ávidos para saber o resultado e fazer os mais variados comentários e as mais hilárias avaliações.

  5. Tanto Marina como Campos …

    precisam melhor seu discurso para serem menos conservadores.

    O público conservador moral já está dividido entre Dilma, Aécio/Serra e Marina/Campos. Não há mais como crescer por aí.

    O público que busca modernização é que está órfão.

    O único modo de algum candidato crescer a partir de agora é falando algo a essas pessoas.

     

     

  6. A verdade é que Eduardo manterá Marina “em banho maria”até o fim
    Ele, Eduardo sairá candidato de qualquer jeito, pois, o stabilishiment já visualizou isso: Marina terá sempre um espaço subverniente.
    Acredito que o pragmatismo evangélico fará com que a maioria de seus votos não acompanhe Marina.
    Tenho certeza que a inflação e a selic terao “viés de baixa” ano que vem.
    As concessões, os PACs estarão todos destravados e o crescimento já tá contratado para 2014.
    O Plano Safra foi muito ousado e abrangente, até armazenagem entrou forte e isso tudo terá maturaçãoem 2014 e sabemos que efeitos de investimento em agrobusiness tem resultados ultrarrápidos.

  7. A pesquisa foi feita NO CALOR
    A pesquisa foi feita NO CALOR do maior fato político do momento : aliança Eduardo e Marina , vejam bem, eu não disse aliança PSB_REDE.
    A pesquisa foi feita antes dos empurrões entre as turmas do Eduardo e da Marina.

  8. Santa de pau oco

    Falar de “contradições” da Marina revela a elegância e a delicadeza do Sérgio. Deixando a elegância de lado, direi que ela é uma santa de pau oco e pés de barro. Desmistificá-la não é tão complicado assim. Complicado vai ser ela sustentar essa aura de nova e impoluta.

  9. O datafraude da nó em pingo

    O datafraude da nó em pingo d’agua para mostrar que: Dilma, para de crescer; Serra, é mais conhecido que Aécio; Marina tem mais votos que Dudu Traíra. Que loucura, só para tentarem um segundo com Serra e Marina. Quando começar o horário eleitoral, se permacer o tempo de Dilma Rousseff, não tem Marina ou Serra. A peleja sera faturada na primeira rodada. Tchau e bença.

  10. Oposição de situação

    A minha teoria de que tudo foi uma armação para tirar a Marina do Páreo e “matar” a candidatura do Aécio, está se confirmando. Vejam a matéria abaixo.

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    12/10/2013 às 10h04 (Atualizado em 12/10/2013 às 10h04)

    Marina e Campos evitam discurso oposicionista

    Ex-senadora disse que ela e Campos querem apenas “assumir uma posição”

    Agência Estado

    Marina disse que não traiu o ex-presidente Lula José Cruz/04.10.2013/ABr

    A dupla Marina Silva e Eduardo Campos, que almeja ser a terceira via da sucessão presidencial de 2014, negou nesta sexta-feira (11) traição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e rejeitou ser oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista à TV Estadão, em São Paulo, Marina disse que eles não são oposição. 

    Não me considero, jamais, uma traidora do ex-presidente Lula […] Não somos oposição ou situação. Nós queremos assumir uma posição.

    O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) disse, em encontro do partido em Mossoró (RN), que “Não é ruptura. Só estamos pensando diferente do PT”.

    Marina e Campos começam a criar um anteparo às ações do PT. Ex-ministros de Lula, ambos sabem que um discurso frontal de oposição pode trazer mais danos que potencial eleitoral, sobretudo se for associado a um rompimento com Lula. O ex-presidente, segundo petistas, considera o abrigo de Marina no PSB de Campos e a união dos dois para disputar contra Dilma uma dura traição política e vê na nova “chapa” o mais forte adversário do PT.

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    Conselheiros de Dilma focam em palanques estaduais diante de indefinição para 2014

    Em reunião realizada na quinta-feira (10) no Palácio do Planalto, com a presença de Dilma e ministros, Lula orientou o PT e o governo a fazerem todo tipo de articulação para evitar que os aliados migrem para a coalizão Campos-Marina. Isso significa ampliar espaços no governo e, principalmente, ceder para os aliados nos Estados, ampliando os palanques para Dilma.

    Questionado sobre uma eventual ação hostil do PT e de Lula nos Estados em palanques que estão sendo construídos em associação com o PSB, o governador afirmou que “compreende qualquer reação que qualquer partido venha a ter”.

    — Não estou preocupado com essas questões de quem deve ou não ficar de fora de alianças. A nossa rede será de alianças para o bem do Brasil.

    Marina aproveitou a orientação do Palácio do Planalto para alfinetar o governo sobre o loteamento político como estratégia eleitoral para segurar aliados na chapa de Dilma.

    — Só o gesto que eu e Eduardo fizemos já fez com que uma parte da base do governo começasse a chantagear a presidente. E eu imagino que ela não deseja isso para os próximos quatro anos.

    Para o presidente do PSB, a aliança com Marina, selada com a entrada dela no partido, no sábado passado, provocou um “verdadeiro terremoto” na política, “de grande repercussão”. A ex-ministra, a 2.800 quilômetros de Campos, corroborava nesta sexta-feira (11) a tese de que seu apoio transformou o agora correligionário num forte adversário: “A candidatura dele (Campos) ganha um adensamento maior em termos políticos”.

    Vice

    Marina demonstrou um certo cansaço com o debate sobre a composição da chapa. Enfatizou que em nenhum momento colocou o próprio nome como a opção de vice para Eduardo Campos.

    Por outro lado, voltou a dizer que o importante, agora, não é definir se ela ou ele estarão na cabeça de chapa.

    — Não sei por que as pessoas que criticam tanto a lógica do poder pelo poder, que criticam os que fazem alianças que não tem nada a ver, agora nos cobram de manhã, de tarde e de noite para fazermos, para cairmos na armadilha do eleitoral. Deixem a gente fazer o programático! Porque esta é a minha disposição, esta é a disposição do Eduardo. A candidatura dele está posta.

    A “nova política” e a “construção programática” que Campos e Marina afirmam defender não proporá, segundo ambos, o confronto com Dilma.

    — A candidatura da Dilma vai dar sua contribuição, a candidatura do Aécio (Neves, senador e presidente do PSDB) vai dar sua contribuição, e a nossa vai dar sua contribuição e eu acho que é a mais importante, que é a quebra da polarização.

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    A ex-ministra de Lula disse torcer “profundamente” para que o governo Dilma “deixe uma marca”. E, mais uma vez, mirou a adversária com críticas sutis.

    — Talvez uma grande contribuição que a presidente Dilma esteja dando para o nosso País é a denúncia contundente de que este modelo de governabilidade baseada na negociação de cargos já se esgotou. Isso porque no atual governo não é mais apenas uma percepção. Isso está transformado em ato.

    Afinadíssimo com a parceira, Campos pediu o sepultamento da “velha política”.

    — É preciso romper com a velha política, renovar métodos. Estamos colocando o PSB à disposição do debate nacional para pensar e discutir junto com o povo e oferecer uma proposta para o Brasil, sem destruir ou atacar ninguém.

  11. Marina não apita nada

    Marina não apita nada no partido do coroné Edu, ela já teve que pedir desculpas ao Caiado e declarar apoio ao agronegócio

  12. Deixa ela falar…

    Sabe, as vezes o mais eficiente é deixar que a “natureza marque” o adversário político. Marina, ao discursar, se assemelha ao pior dos atacantes de pelada de fim de semana…se embola com a bola toda vez que a ecebe, e prejudica o time sozinha. É bom ter alternativas, mas eu quero ver algo diferente de fato, do tipo perder o medo dos chamados “investidores”, continuar o que Lula começou mais de forma mais acentuada, priorizar o crescimento e bem estar dos menos favorecidos. Mas se Marina tem como guro André Lara Resende, como se apresentar como novo? O voto dos chamados “mais ricos e instruídos” é a prova cabal de que formação intelectual não se relaciona com capacidade de raciocinar politicamente, o ecololiberalismo de Marina pode até empolgar alguns, mas será impraticavel sem as sempre abomináveis alianças fisiológicas.

  13. Pra mim é armação

    Eu acho que esta pesquisa é uma jogada para dar uma rocada na chapa Dudu X Marina.

    A imprensa fez questão de destacar que só haveria segundo turno com Marina na cabeça de chapa.

    Os números da pesquisa me pareceram artificiais em relação ao PSDB, posto que não houve fato novo.

    Aliás até houve: Um enxurrada de denúncias de corrupção nos governos paulistas.

  14. O que eu não sabia de Marina.

    O que eu não sabia de Marina. Não sei se ela vai emplacar em 2014, mas em 2010 o cenário era de terror e a auxiliar de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra. era apresentada como uma Maluf de saias. Nada ficou provada contra a Dra. Erenice, que foi absolvida no STF, mas o estrago, nas eleições foi brabo. Sem o fator Erenice Guerra, Marina repetirá a extraordinária votação de 2010? O que eu não sabia de Marina? Que havia se bandeado da Igreja Católica para a evangélica, assim como se bandeou do PT para o PV, que era criacionista (quando o povo souber do que se trata…), que é contra a união homoafetiva e contra o abortamento, certamente bandeiras progressistas. Ela que quer posar como representante do novo, defendendo ideias antigas, ultrapassadas e reacionárias. Queria plebiscito para ver se o povo estava disposto a explorar o Pré-Sal (petróleo contido sob a camada de sal de 3km de espessura, principalmente na Bacia de Santos). Com essas ideias reacionárias, será que os jovens, que buscam o novo, vão engoli-la? Respostas em outubro de 2014.

  15. Pesquisa 2014

    A última pesquisa Ibope, divulgada há poucos dias, indicou Marina com 16% (em queda) e Eduardo Campos com 4% (praticamente estacionado, mas também com viés de queda). Os dois juntos tiveram, portanto, 20%. Agora o Datafolha aponta Marina com 29%. Há aí um disparidade muito significativa entre as duas pesquisas, que foram realizadas num intervalo de tempo muito curto. 

  16. Tudo pode mudar e já está mudando!.

    Discordo, nessa pesquisa mostra que edurdo tem 15%, dias atrás ele estáva com 4%,Marina se for candida tem 29%, houve uma mudança grande em poucos dias, quem acha que a Dilma já ganhou, faltando 1 anos para as eleições, vai cair do cavalo.Eu mesmo que sempre votei no PT,por causa do ativismo gay, não votarei e nem farei militância!….Vejo que muita gente está abandonando o barco pelo mesmo motivo, e o PT sem a militância não é nada!.  

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