Presidente do PSB diz que partido é contra a autonomia do Banco Central

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Roberto Amaral, novo presidente do PSB, disse que seu partido é tradicionalmente contrário à independência do Banco Central. A proposta foi adotada por Marina Silva (PSB), segundo confirmou a coordenadora do programa de governo da presidenciável, Maria Alice (Neca) Setubal, em entrevista à Folha, no início da semana. Segundo ela, Marina pode não concordar, mas terá de assumir o compromisso.

De acordo com Amaral, os socialistas sempre foram “historicamente contra” a independência da instituição financeira. “O BC tem que ser independente de quê? Dos banqueiros e do capital. O BC americano é independente e olha no que deu”, apontou Amaral, segundo a colunista Mônica Bergamo. Para ele, a autonomia do BC garantida com a elaboração de uma lei “ainda está em discussão”. 

A defesa do livre mercado tem sido um dos acenos da campanha de Marina, como modo de diminuir a desconfiança do mercado em relação à sua candidatura. Se por um lado ela vem se aproximando das ideias de Aécio Neves (PSDB) para a economia, por outro, vem sendo questionada sobre alguns pontos incosistentes. Como, por exemplo, como irá lidar com sua militância ambientalista e os interesses do agronegócio.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

59 Comentários

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  1. Com todo respeito…

    Com todo respeito, mas esse Amaral é, em falta de termo melhor, um fanfarão!

    Disse que não ia decidir de acordo com a pressão da imprensa, mas lançou a candidata que eles queriam, na mais maluca das decisões, onde o PSB só perde.

    Agora vem dizer que não vai deixar a Marina tornar o BC independente? Ela já rasgou a carta de compromisso!

    Esse senhor poderia parar de achar que somos idiotas.  Se o pior acontecer e essa aventureira ganhar, esse senhor vai ser um dos grandes CULPADOS de ajudar a jogar nosso país na lama!

     

    1. KKKK !!!

      Ela já rasgou a carta de compromisso, pois agora a cartilha a seguir, é ordenada pela Neca Setubal, ou seja quem dá as ordens, é o ITAÚ. Essa é a “nobre” sra. Osmarina.

  2. A candidata Marina  confirmou

    A candidata Marina  confirmou a protosta de independênia do Banco Central em entrevista, na última quarta-feira, na globonews. Disse que estão somente discutindo o modo de formalizar dita autonomia.

  3. Se o PSB aceitou ser partido de aluguel

    por conveniência , então agora acho que está um pouco sem legitimidade para contestar qualquer coisa. Tem que aceitar o que a Marina(acho que mais a Neca) decidir.

    Simples assim.

  4. Roberto Amaral não manda mais

    Roberto Amaral não manda mais nada, para saber as posições do PSB devemos recorrer a Neca Itaú, Giannetti e Lara Resende.

    Infelizmente o PSB tornou-se um penduricalho dessa aventura eco liberal representada pela candidatura Marina.

  5. Roberto Amaral, seu inocente…

    Roberto Amaral tá fazendo o que de pior um político pode fazer: dar uma de joão-sem-braço. Foi assim que o DEM se acabou, foi assim que o PSDB se afundou.

    A Marina tá nem aí se o PSB é contra. Ela já deixou bem claro que não é PSB, que é Rede, e que assim que efetivar o Rede ela pula fora. Trata o PSB como legenda de aluguel, com o consentimento entusiasmado do próprio Roberto Amaral.

  6. Banco Central

    Como já disse em outros comentários, esse é o “X” da questão, no que se refere à política econômica do futuro governo. Dessa decisão depende o futuro do povo brasileiro; se teremos concentração de renda por lei (BC independente do povo e governado pelo mercado financeiro) ou não. Infelizmente, o Sr. Roberto Amaral e a ala socialista do Partido “Socialista” parece ser minoria, desde que o partido decidiu abdicar de sua história e de seus princípios, aderindo incondicionalmente a uma aventura neoliberal, fantasiada de sustentabilidade. Por sinal, tão nebulosa até agora, que ninguém sabe o que é.

  7. Ora se as teses da Marina são

    Ora se as teses da Marina são contrárias ao programa do PSB, porque razão concordaram em lançá-la no lugar do Eduardo? Ou será que uma vez lançada ela revelou sua verdadeira face. como o Collor…

  8. Vamos entrar numa nova Era. A


    Vamos entrar numa nova Era. A era do vôo cego total!!

    O pre-sal já foi para o espaço.

    O próximo, talvez, Belo Monte.

     

     

  9. Será que não tem gente no PSB

    Será que não tem gente no PSB disposta a dar um fim nesta aventura ou será que todos do partido foram seduzidos pelo oportunismo? Erundina, você que declinou da vice-prefeitura de Sampa por causa do apoio do maluf, o que você teria a dizer diante de sutuação até mais grave?

      1. Erundina devia se mandar

        Erundina devia se mandar dessa estória enquanto ainda resta algum traço de ingenuidade no enredo para os mais inocentes. Não demora muito e vão levantar monstros bem cabeludos desse episódio. Como, Erundina, de boba não tem nada, tenho certeza que tem um plano B. Ela tem que ter uma estratégia, não é possível…

  10. Quem é esse senhor? Está

    Quem é esse senhor? Está completamente desmoralizado, não manda nem nele mesmo.

    Não passa do senhorio que alugou seu partido para a Rede concorer a Presidência da República. Se a candidatura era do PSB porque não escolheram para substituir a Eduardo Campos um de seus correligionários? Marina não representa o partido e nem os ideais de Campos. Foi ungida a vice apenas para atrair votos. Deu no que deu. Beto Albuquerque será descartado tão logo Marina seja eleita. É assim que ela age, usa e depois descarta. Assim fez com o PT e o PV. Historicanmente é leal apenas com a Natura e o Banco Itaú, que atendem a seus interesses pessoais.

    1.   A bem da verdade, o Eduardo

        A bem da verdade, o Eduardo Campos já havia declarado a sua opção pela independência do Banco Central. É só pesquisar.

  11. Eu hein, não era pra unir o

    Eu hein, não era pra unir o Brasil??? Não tão conseguindo nem acertar as coisas entre eles mesmos… Marina poderia começar tentando unir o pessoal no twitter e no FB para ir treinando…

  12. Até parece que Roberto Amaral apitaria alguma coisa

    Nem nas finanças da campanha o Roberto Amaral manda, da mesma forma que não mandaria na política econômica de Marina Silva, em se falando de poder orgânico, quem manda é o Marcos França, garoto de recado de Alckmin(PSDB-SP),  o França já acabou de desautorizar Marina: Grana de onde vier é bem vinda, pode ser até grana do PCC.

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/151701/Novo-racha-no-PSB-Pode-vir-dinheiro-do-que-for.htm

  13. Os abutres sobrevoam os céus desta nação querida

    Os abutres estão em festa, não podemos negar isso. Mas não passarão. Dilma vencerá nem que seja com 500 votos de frente. Não deixaramos que estruam esse pais, nossas conquistas não serão interrompidas por essa lunática sem eira nem beira  a serviço de Soros, banqueiros, rentintas, midia e tudo quanto é ruim e danoso prá este pais.

  14. Que arapuca o Eduardo Campos

    Que arapuca o Eduardo Campos montou para o PSB.

    Chamou um alien para integrar seu partido, por puro oportunismo político. Logicamente que ele não contava com sua morte prematura.

    Porém o fato é que o PSB ao dar abrigo a Marina e sua Rede de INCOERÊNCIAS, e depois referendá-la como candidata do partido, mesmo sabendo que a estada dela tem data de validade, colocou a corda do próprio pescoço e esta somente esperando que a Marina chute o banquinho (aquele ao qual o PSB esta momentaneamente apoiado).

    Nunca vi um suícidio político tão estúpido como este.

    Não adianta o atual presidente fdo PSB falar que são contra istou ou aquilo,  e até acredito que são, pois ao ajudar Marina ser eleita (e peço a DEUS com toda a minha fé, que não é das melhores, para que isto não aconteça) , o PSB está servindo de barriga de aluguel, e sim terá co-responsabilidade nos atos de MARINA, ainda que ela saia do partido para a sua sonhada REDE.

    Do DEM e do PSDB ao PSB:

    “SEJA BEM-VINDO!!!!!!” ao ostrascimo.

  15. 2008 é logo ali…

    Banco Central independente???   Em pais de 3o. mundo?????

    Tás de brincadeira !!!!   Tem que continuar  a  ferro e fogo………

  16. PSB perdeu legitimidade pra falar em nome dessa candidatura

    Pobre Amaral… Pobre PSB… Reduzido a partido de aluguel… Bom para aprender que certas decisões feitas sem a devida reflexão são suicídio político. O Brasil não é para amadores!

    1. PSB contra a autonomia do BC

      Concordo com você, Mariana ! Pobre Roberto Amaral, um dos poucos decentes que restou ao PSB, e, pobre PSB que se tornou um mero partido de aluguel, como tantos!

  17. Quem procurar isso no programa de governo, não encontrará

    Não existem as palavras “Banco Central” no Programa de Governo da coligação Unidos Pelo Brasil, coligação da candidata Marina Silva.

    Eu li boa parte do programa de Governo de Marina Silva e nos Eixos intitulados “Estado e a democracia de alta intensidade” e “Economia para o desenvolvimento sustentável”, partes em que, em tese, estaria o assunto autonomia ou independência do Banco Central, não há uma única linha sequer sobre isso. O programa contém 5 Eixos.

    Ou outros três Eixos são “Educação, cultura e inovação”, “Políticas sociais e  qualidade de vida” e “Novo urbanismo e pacto pela vida”.

    Posso afirmar, pelo menos por enquanto, que essa questão do Banco Central não consta no programa de governo de Marina Silva. Pelo menos eu não li.

     Não consta oficialmente no programa de governo. Pode ser inserido durante a campanha. Na atual versão, que foi lançada hoje, simplesmente é um assunto inexistente. Pelo que está no programa de Governo de Marina, não muda nada em relação ao Banco Central. Fica como está, já que é o que se depreende do silêncio.

    Para mim, se não está no programa oficial, é mera invenção de jornalista brasileiro, fofoca de redação, coisa de jornalista ocioso.

    1. Pare com isto, encurte o texto!

      Todo mondo já percebeu que o psb já não manda mais nada na campanha da sua amiga.

      O tal Amaral esta falando sozinho, ninguém dá a menor bola.

      1. Estou falando de um fato objetivo e não de palpites

        Eu li o Programa de Governo de Marina Silva e não existe uma linha sequer sobre isso de Banco Central.

        De onde estão tirando isso? Basta Marina dizer não. Quem manda é ela. Neca Setúbal não vai mandar em porra nenhuma. Quem manda é quem foi eleito.

        Cada uma. Esses caras pensam que o mundo é assim, essas fantasias políticas de tempos remotos, onde o cidadão baixava a cabeça para quem tinha dinheiro. Só uma pessoa como a Marina Silva para deixar que os outros falem por ela. Marina tem personalidade. O Governo vai ser como ela quer. E é assim em todo lugar do mundo. Manda que tem a caneta na mão. O resto é invenção de menino abestalhado que imagina a realidade e não analisa como ela verdadeiramente é. E o que verdadeiramente vai acontecer é que Marina será a presidente. Quem mandará, portanto, é ela e não outra pessoa.

        A Néca vai ser, no máximo, uma agregadazinha do Poder, uma apaniguada. Pode ser até que pegue algum cargozinho, um ministério, sei lá. Mas quem mandará é a presidente. O resto é papo furado, coisa de quem fala da realidade olhando para o teto do quarto.

        Nessas horas, o dinheiro do Setúbal e nada serão uma coisa só. O que ela vai fazer? Obrigar a Marina a concordar com ela em algum momento?  Como funciona essa “influência”, esse compromisso atávico, por favor? Explica aí, que eu não sei como funciona isso!!

        1. Governo vai ser como ela quer ( hahahahahahaha)

          “Só uma pessoa como a Marina Silva para deixar que os outros falem por ela. Marina tem personalidade. O Governo vai ser como ela quer”

          Ora,  Alessandre, você é uma pessoa de excelente inteligência e cultura. Por favor, não me faça rir deste jeito. Esta assertiva, “governo vai ser como ela quer” é um tro-lo-ló que ninguém vai engulir. Nenhum governante, nem o maior déspota de toda a história da humanidade, governou como quis. Ninguém.

          Bem, acho que você ouviu dizer que ela é fruto da divina providência ( ela não embarcou no avião – um milagre ), coisa que Deus está preparando para o Brasil,  pois Deus é brasileiro, é ou não é?

          Então, Marina surgiu como providência divina para salvar nosso País do comunismo ( hahahahahaha), quanto mais reflito sobre esta sua assertiva, mais me divirto.

          Agora, por que ela não desmentiu a Neca?

          Porque iria ouvir dizer: dinheiro para a campanha, neca, neca,neca…. 

          1. O que eu disse é que Marina terá o poder na mão

            O poder executivo é dela, da pessoa eleita, titular do mandato eleitoral outorgado pelo povo, titular supremo do poder (o povo indica, a presidente executa o mandato). Nada acontecerá sem o seu aval, sem a sua concordância, ainda mais em coisas fundamentais como o funcionamento do Banco Central.

            Você diz aí que ninguém nunca governou do jeito que quis. Bem, o sentido e os efeitos dessa afirmação são diferentes do que eu quis dizer. Nem sempre se pode fazer mesmo o que quer. Isso é básico. Existem limitações de várias áreas, econômicas, sociais, culturais, físicas, políticas etc. Isso é verdade.

            Mas isso é diferente de dizer que o presidente vai governar do jeito que os outros querem. Percebe a diferença?

            Se ninguém pode fazer apenas o que quer, pelos mais variados motivos, não é menos verdade que ninguém faz sempre o que os outros querem. No mínimo, num eventual Governo de Marina, qualquer coisa relevante e estratégica somente será implementada se ela quiser. Se a Neca quiser e ela não quiser, Neca não fará nada, pois a presidente será a Marina. E isso é a mais absoluta verdade.

          2. “Diga-me com que tu andas e te direi quem és!”

            “O poder executivo é dela, da pessoa eleita, titular do mandato eleitoral outorgado pelo povo, titular supremo do poder (o povo indica, a presidente executa o mandato). Nada acontecerá sem o seu aval, sem a sua concordância, ainda mais em coisas fundamentais como o funcionamento do Banco Central”

            De novo?

            “O poder executivo é dela” – até parece que ela tem na mão o suprema potestas, toda a soberania de nosso País. Ela nada pode fazer indo de encontro com o Congresso. Então, vai precisar, sim, de uma estrutura partidária que não tem.

            E quem pode lhe acudir?  O PSB – ora este partido é ainda quase médio – não tem o rojão necessário, sem o auxílio da direito mais conservadora do País. Mas Neca tem o trunfo na mão.

            “Nada acontecerá sem o seu aval “.

            Até parece que ela irá mandar. Já tentou isto no PT, no PV e não conseguiu sequer fundar a Rede. Agora quer mandar sozinha?

            Uma coisa você diz corretamente:  o funcionamento do BC é fundamental para o País, porém vai ser pau mandado dos banqueiros e, infelizmente, de todos nós, cidadãos bancotários, aqueles que pagam os juros extorsivos. Mas os bancos não estão satisfeitos de lucrarem mais que a Petrobrás. Querem mais. Coisa de capitalista.

            Você já percebeu, veja a Marina, com quem ela anda?  Uma de suas melhores amigas, como confesso,  é a Neca.

            Tem aquele ditado, diz “diga-me com que tu andas e te direi quem és”

            Ah, a Marina é socialista?  Está no PSB!

            Ora bolas, o Jim e a Crhisty Walton também são!

             

        2. Aqui está:
           
          • Assegurar a

          Aqui está:

           

          • Assegurar a independência do Banco Central omais rapidamente possível, de forma institucional,para que ele possa praticar a política monetárianecessária ao controle da inflação. Como em todosos países que adotam o regime de metas, haveráregras definidas, acordadas em lei, estabelecendomandato fixo para o presidente, normas para suanomeação e a de diretores, regras de destituição demembros da diretoria, dentre outras deliberações.O modelo será mais detalhado após as ele  Procura direitinho que você vai achar.Resta saber se o Congresso vai ajudar nessa. Falta combinar com os parlamentares.

        3. Não, não leu.

          No eixo 2 do programa, que tem o título “Economia para o Desenvolvimento Sustentável” (um oxímoro, essa expressão desenvovimento sustentável), há um quadro intitulado “Para reduzir e manter baixa a inflação”, lá está escrito com todas as letras: “Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente posível, de forma institucional… “; que conclui com a frase: “O modelo será detalhado após as eleições, com base em debates já avançados sobre o tema”.

          O roteiro da independência passa a ser o seguinte: 1) Os eleitores consagram o programa da candidata, que afirma o princípio da independência, sem descrever qual modelo; 2) Após eleita a candidata, virá o detalhamento do modelo baseado em “debates avançados”, sem que se saiba quem são os debatedores “avançados sobre o tema”, embora todos desconfiem quem sejam os “avançadinhos”.

      2. Por que Marina e Aécio querem a independência do Banco Central?

        Por que Marina e Aécio querem a independência do Banco Central?

         Não é mera coincidência que as candidaturas de Aécio e Marina incluam a proposta de independência do Banco Central como elemento de destaque.
        Paulo Kliass (*)

        Ao que tudo indica, ainda não foram suficientes todos os ensinamentos a serem retirados da profundidade da atual crise econômico-financeira internacional, que teve início nos próprios Estados Unidos. Assistimos à falência amplamente reconhecida dos principais fundamentos de natureza teórica e conceitual que dão sustentação ao regime do financismo contemporâneo. Pouco importa, pois o modelo que é considerado um paradigma a ser copiado pelos adeptos da perpetuação da desigualdade é o norte-americano. Não satisfeitos com a trombada da realidade objetiva, ainda assim eles insistem com a restauração da antiga ordem, com a reabilitação do antigo regime.

        Ocorre que, para esse pessoal, a incapacidade revelada pela própria crise do mercado em encontrar soluções satisfatórias para os conflitos econômicos pouco importa. O Estado é sempre lento, ineficaz e incompetente. E ponto final! Esse pressuposto vale para os mais variados aspectos da vida social. Desde a oferta de serviços públicos básicos como saúde, educação e previdência. Até a operação de empresas como Petrobrás, Banco do Brasil ou BNDES. E passando por organismos de regulação, como as agências do tipo ANATEL, ANEEL e o Banco Central. É impressionante, mas vira e mexe esse tema volta à baila na agenda da política econômica.

        Agora, à medida que avança o debate eleitoral, as candidaturas começam a estabelecer seus limites e revelar suas verdadeiras faces. A questão econômica ganha espaço em razão das dúvidas e incertezas a respeito do que fazer em 2015. E dentre os assuntos preferidos pelos defensores do financismo – sempre a postos! , diga-se de passagem – começa a despontar a tal da independência do Banco Central. Afinal se o “Federal Reserve” (conhecido por Fed, o BC dos Estados Unidos) é mesmo quase independente da Casa Branca, nada mais adequado do que importarmos esse sistema.

        As concepções mais conservadoras do fenômeno econômico sempre tentaram emplacar esse tema. Na verdade, trata-se de sua preocupação em como tornar operacional o conceito de “autoridade monetária”. No modelo ideal de funcionamento da economia, algumas variáveis importantes devem ser submetidas a algum tipo de controle. É o caso, por exemplo, da quantidade ofertada de moeda na sociedade e do “preço” dessa mesma mercadoria muito especial – o dinheiro. E que vem a ser a própria taxa de juros, o chamado custo do dinheiro.

        Por mais radical que seja o espírito liberal do interlocutor, a maior parte deles ainda aceita a idéia de que a moeda nacional seja um bem cuja responsabilidade é atribuição do Estado. Porém, o próprio sistema capitalista construiu um arcabouço financeiro de tal ordem, que a maior parte da oferta de “moeda” existente na sociedade é criada pelo próprio sistema bancário e demais instituições assemelhadas. O papel moeda tradicional é hoje em dia quase uma curiosidade, uma espécie em extinção. Assim, não basta mais sugerir apenas uma rígida supervisão das rotativas da Casa da Moeda. O controle efetivo sobre os meios de pagamento envolve uma ação mais incisiva da autoridade monetária sobre o universo financeiro.

        Por outro lado, a definição da taxa oficial de juros (SELIC, no caso do Brasil de hoje) é também uma função do Banco Central. Ela é usada como referência mínima para a formação das taxas de juros praticadas pelos bancos em suas operações de depósito e de empréstimo. Além disso, é a taxa utilizada para remunerar a dívida pública. O BC pode atuar também no chamado “mercado cambial”, definindo a taxa de câmbio da moeda nacional em sua relação com as dos demais países. Caso deixe esse importante preço de referência ao livre sabor das forças de oferta e demanda, pode ocorrer o fenômeno que tem arrasado a realidade brasileira ao longo dos últimos anos: a sobrevalorização do real e a desindustrialização de nossa economia.

        As regras institucionais também atribuem ao BC as funções de órgão regulador e fiscalizador do sistema financeiro. Cabe a ele a definição das condições de concessão de empréstimos e dos limites para a prática das taxas de juros nas operações de crédito. É mais do que sabido a enormidade dos spreads praticados em nossas terras, bem como o absurdo dos níveis das tarifas cobradas pelas instituições em suas relações com a clientela. O chamado “banco dos bancos” deve atuar como uma espécie de xerife do sistema financeiro, defendendo os interesses do conjunto da sociedade contra todo e qualquer tipo de abuso cometido pelos bancos

        Pois bem, frente a esse significativo encargo de responsabilidades, nada mais recomendado que a nomeação dos dirigentes dessa instituição seja atribuída à Presidência da República. A indicação de nomes para ocupar essa função ainda passa pela sabatina efetuada pelo Senado Federal, em uma indicação de que o poder legislativo também possa alertar a respeito de algum exagero. No caso brasileiro mais recente, o ex-Presidente Lula contribuiu inclusive para ampliar ainda mais a autonomia existente, ao encaminhar uma Medida Provisória equiparando o cargo ocupado por Henrique Meirelles ao de Ministro da República.

        Ocorre que para o financismo esse quadro é pouco; eles querem mais. Não basta a autonomia concedida a um ex-presidente internacional do Bank of Boston, que ficou exatamente 8 anos à frente do BC, atendendo a todos os interesses da banca privada. Um período em que a autoridade monetária governou mais para os bancos e menos para o conjunto da sociedade. Dois mandatos em que as taxas de juros estratosféricas eram definidas pela COPOM sem nenhuma prestação de contas, nem ao governo oe menos ainda à sociedade.

        Com o argumento malandro de que o governo pode influenciar “politicamente” na definição da política monetária, o financismo agora pede um pacote completo: deseja a independência do BC. Voltam com a argumentação surrada e mal lavada de que é importante haver “técnicos” não suscetíveis de serem influenciados por quem estiver ocupando o Palácio do Planalto. Mas o presidente do BC deve ser independente de quem, cara pálida? O sonho de consumo da banca é um quadro de dirigentes no comando da autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que não respondam a ninguém. Ou melhor, que atendam tão somente aos interesses das instituições que deveriam controlar.

        Ora, todos sabemos que as decisões e as consequências relativas ao rumo da economia são de natureza absolutamente política. Daí que a responsabilidade por elas deve ser de que tem legitimidade para tanto – o Presidente da República. Não existe isenção ou neutralidade nas decisões de política econômica. Exatamente por sua natureza multidisciplinar, a economia é parte integrante das ciências sociais. Não existe apenas uma alternativa técnica e adequada para cada caminho a se trilhar.

        Assim, um desenho institucional que confira independência política e administrativa a seus dirigentes é de uma irresponsabilidade inimaginável. As funções da autoridade monetária são políticas e os responsáveis por elas devem ser passíveis de remoção a qualquer instante. Conceder um mandato com prazo fixo para eles equivale a assinar um cheque em branco para atuarem da forma que bem entenderem. A tecnocracia não tem legitimidade para tanto: ela não foi eleita para nada. Cabe ao dirigente político efetuar a boa escolha de seus assessores de confiança a cada momento. E responder pelos equívocos cometidos.

        Não é mera coincidência que as candidaturas de Aécio e Marina incluam este ponto como elemento de destaque. Afinal, os conselheiros econômicos de ambos foram os principais responsáveis pela condução da política econômica no auge do neoliberalismo, durante a gestão de FHC. Estiveram à frente do processo de privatização das empresas estatais, promoveram um importante desmonte do aparelho do Estado, desregulamentaram a economia concedendo todo tipo de facilidades ao chamado “mercado” e aprofundaram a hegemonia do capital financeiro em nosso sistema econômico e social. Agora, ao que tudo indica, pretendem continuar a obra inacabada. Como passaram os últimos 12 anos trabalhando diretamente no interior do financismo, propõem agora a efetivação da independência do BC. Algo como o roteiro de um filme que poderia ter como título

        “A volta dos que não foram”.

        (*) Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal, e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.

         

  18. Marina acende uma vela para o

    Marina acende uma vela para o deus mercado, e Roberto Amaral tenta assoprar a chama. Perdeu, Roberto Amaral, você eé carta fora do baralho, agora quem manda é a banqueira do Itaú, Neca Setúbal. 

    Sabe de nada, inocente.

  19. AGORA É TARDE, PLAGIANDO GUNTER

    Amaral, aqui, plagiando  Gunter,  ” agora é tarde”, o PSB infelizmente se detonou.

    Vai sobrar uma Rede poderosa para que você e os demais companheiros socialistas dormirem, durante quatro longos anos.

    O câmbio vai ser livre, o real vai se desvalorizar e, principalmente, o setor privado vai ao debacle, pois deve, em dívida externa, por volta de 80 bilhões em dólares. Os outros 160 bilhões de dolares, em dívida externa,  são dos bancos. Eles querem assim.  Irão aumentar vertigionsamente  os juros e devolver o desemprego ao País, com uma recessão que vai dar inveja à Espanha e Portugal.

    Não podemos nos esquecer  de outro compontente da dívida externa: as filiais de multinacionais devem por volta de 100 bilhões de dólares para suas sedes no exterior.

    A dívida externa da União e estados e municípios está por volta de 100 bilhões de dólares.

    A reserva brasileira de aproximadamente 370 bilhões de dólares não garante toda esta dívida.

    Aí vocês todos, aí do PSB, deverão esquentar a cabeça, arrependidos de terem escolhido alguém que não tem a tradição de um verdadeiro socialista como V.Sa.

  20. Uma analogia da Rede e do PSB

    Alguém já comentou isso, mas vale a pena lembrar. A Marina e a Rede estão parecendo aquele monstro do Aliens, que vai crescendo dentro do hospedeiro até não precisar mais. Será que ninguém no PSB não percebeu isso?

  21. E daí, esse ai é uma nulidade

    E daí, esse ai é uma nulidade que não manda nada. Depois que permitiu a cabeça por candidato de outro partido perdeu completamente a moral. 

  22. À pergunta do Amaral, “ou ela

    À pergunta do Amaral, “ou ela ou eu”, adivinhem quem Marina escolherá? Ganha uma conta Vip no Itaú personalité quem acertar.

    Enquanto isso, o Argolo gasta seu tempo lendo o programa de governo do PSB(?)

    1. Esse é o problema do debate político no Brasil

      As pessoas só se prendem a atacar os adversários. Vira sempre uma picuinha lamentável. Ninguém está interessado no debate político-racional, em debater as ideias. Só ficam na troca de acusações. Esse é o debate político no Brasil, vide os debates dos candidatos, sumamente atrasados. É a mesma fórmula que existe há décadas.

      Desde que eu sou pequeno é a mesma coisa. Os políticos trocam acusações, um querendo mostrar que o outro é pior, falando dos supostos defeitos. As entrevistas dos candidatos no Jornal Nacional apenas ratificam isso. Não se falou nada sobre programas de governo, sobre propostas para resolver os velhos e novos problemas brasileiros. É sempre a mesma discussão baseada na desqualificação dos adversários, a ênfase nas polêmicas, nada de concreto, objetivo, nada, absolutamente nada.

      O Brasil está parado no tempo. Uma lástima. O debate político no Brasil é pobre, cheio de mentiras e invenções, uma conversa de surdos, ninguém se entende. Nêgo fala sem base nos fatos, sem conhecimento das coisas. É só achismo, enrolação. E é justamente isso que consagra o tal “papel aceita tudo”.

      1. Você é realmente um sujeito

        Você é realmente um sujeito estranho (estou sendo condscendente em relação ao que penso). Outro dia mesmo escreveu aqui detonando um post do Ricardo Amaral com a alegação de que ele era petista. Nenhum argumento que rebatesse, com conteúdo, qualquer dos pontos que ele levantou. E agora vem esse papo de que o problema é que as pessoas se prendem somente em atacar os adversários. Mais um que gosta de fingir que é isento e volta meia deixa escapar sua verdadeira face.

      2. diálogo e união eleitoral
        É difícil dialogar num plano onde o PSB não consegue ser unânime nas posições, onde ‘falhas técnicas’ provocam alterações depois de anunciadas, onde o discurso vazio e frases de efeito são o mote, e as incoerências se somam, e as fantasias de ‘nova política’ se desfazem frente ao atual sistema político brasileiro.

  23. Interessante este rótulo,

    Interessante este rótulo, partido de aluguel. E o que fez e faz o PT quando aluga ministérios, secretarias,diretorias,empresas estatais? Com a devida licença para saquear.

     

  24. Marina diz que apoia a

    Marina diz que apoia a independência do Bacen, o presidente de seu partido diz que é contra.

    Essa é a presidente que vai unir o Brasil, não consegue unir nem seu partido.

  25. só rindo com essa gente que

    só rindo com essa gente que acha que a marina vai apitar alguma coisa.

    a presidencia é tradiconalmentre forte,m mas há  um congresso,

    um judiciiário,

    pra mudar radicalemnte essas coisas só  com uma revolução mesmo.

    neste caso especifico do banco  central independente ou não quem votará é o congresso.

    se o psb  está desminlinguindo como o psdb que cobngresso a direita terá?

    êssa é a questão,

  26. Muito tarde sr Amaral. O PSB

    Muito tarde sr Amaral. O PSB ja se tornou uma legenda de aluguel da dona Marina. Ruim para o PSB, muito pior para o Brasil. As abutres financeiros nacionais e internacionais devem estar delirantes de alegria. Aposto que a bolsa tah em alta. Muito, muito triste ver tantos brasileiros prestes a votar contra si mesmos, contra suas familias, contra seus filhos.. Em parte a culpa eh do PT por nao ter lutado contra os oligopolios da midia.

    Eu vivo num pais onde o neoliberalismo tem predominado nos ultimos 30 anos, e faz 30 anos que a situacao economica do povo americano soh piora, a concentracao de renda cada vez maior, a classe media pouco a pouco se diluindo, um pais que tem hoje o maior numero de prisioneiros do mundo (em numeros relativos e absolutos), um pais em que policiais ja se vestem e se armam como soldados militares, e tambem matam cidadaos desarmados nas ruas…Tudo isso num pais em que a classe media era poderosa ate um passado recente, no pais que teve o New Deal do  Franklin Roosevelt, o pais do bill of rights, o pais que nasceu com a revolucao dos pequenos e medio empresarios e fazendeiros.Se o veneno do liberalismo ja esta derrotando uma nacao com esse historico, o que vai ser do pobre povo brasileiro depois de uma ou duas decadas de neoliberalismo? O que vai ser da soberania e do desenvolvimento brasileiro? O que vai acontecer com a atual onda progressista na America Latina se o maior pais latino americano sucumbir ao cancer do neoliberalismo?

  27. A cúpula do PSB é ruim e não é de hoje

    Os caciques do PSB, com raras excessões, são de uma primariedade e de uma falta de jeito para com a política real de dar dó.

    No episódio do Ciro Gomes em 2010 só fizeram besteiras e agora se superaram, infelizmente.

  28. Quem defendeu o BC

    Quem defendeu o BC independente foi o Eduardo Campos (o presdente do PSB na época). A Marina acatou o concenso que se criou na coligação, mas esta não é uma tese dela (que na verdade prefere uma autonomia do BC apenas operacional).

    Ou seja, a informação está mal construída.

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