O grande erro do modelo elétrico foi a rigidez da ecologia

Por Igor Cornelsen

Caro Luis
 
Sou engenheiro civil especializado em barragens para geração de eletricidade.
 
Quando estudava em Curitiba, na Universidade Federal do Paraná, entre 1965 e 1970, o laboratório de hidráulica da escola de engenharia modelavam uma série de barragens no rio Iguaçu, que foram depois construídas pela COPEL e Eletrosul.
 
O rio que antes transbordava, invadia cidades, deixava regiões isoladas, hoje está domado, gera energia o ano todo, e suas barragens armazenam água na época das cheias, evitando transtornos à população, e gerando eletricidade no resto do ano.
 
Vi com satisfação que as cataratas do Iguaçú estavam com forte enchente há umas duas semanas, o triplo da vazão normal, alegrando os turistas, mas não havia notícia de cidades alagadas, estradas destruídas etc.
 
Depois dos engenheiros, que felizmente construíram muitas barragens no leste e no sul do país, a sociedade encampou as ideias dos ecologistas, que já não mais permitem reservatórios para armazenar água nas cheias, e fazê-las gerar energia na época da seca, perenizando o transporte fluvial. 

As usinas hoje são a fio d’água.
 
Foi triste ver o que ocorreu nas enchentes do rio Madeira. Tenho certeza que se houvessem grandes reservatórios nas duas barragens do rio,  o Acre não teria ficado isolado, nem grandes contingentes populacionais teriam as suas casas invadidas pelas águas.
 
O Acre e Rondônia foram vítimas da ignorância dos ecologistas, que abominam barragens e que impedem o Brasil de usar uma das suas maiores riquezas, que são os seus cursos d’água, que vem do planalto e desaguam no Atlântico. Energia hidráulica não queima petróleo, nem lança no ar poluentes que aumentam o efeito estufa.
 
Um dia o Brasil vai lamentar o tempo perdido e entender as más decisões dos anos em que se imaginava que protegeriam as populações ribeirinhas sem a construção de barragens.
 
Este realmente é o maior problema do setor elétrico, todos os outros são contornáveis.
Redação

41 Comentários

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  1. Falou e disse TUDO!

    O resto é contornável. E detalhe: não precisa ser engenheiro para concluir tudo isso, basta uma meia dúzia de informações: é uma verdade límpida e incontestável.

  2. “e que impedem o Brasil de

    “e que impedem o Brasil de usar uma das suas maiores riquezas”

    Só isso é o necessário para entender.

  3. Igor, sou engenheiro

    Igor, sou engenheiro eletricista e concordo com você. Adianto que os ambientalistas, e não sou contra eles, ganharam esta batalha mas vão perdê-la no futuro! Creio que esta vitória deles foi mais devido às nações desenvolvidas que no passado depredaram as suas matas e hoje forçam pra que os subdesenvolvidos paguem a conta, obrigados a preservar as suas, às custas de políticas como essa de não construirem grandes reservatórios. O Brasil aceitou isto e já está tendo prejuizos, pois em rios que construiram usinas a fio d’água perderão muito de capacidade de geração. Creio que no futuro tenhamos que voltar a construir grandes represas pois ainda será ambientalmente mais viavel. Digo mesmo que caimos no conto do vigário!

  4. Nenhum povo inteligente

    Nenhum povo inteligente aceita que suas riquezas fiquem sujeitadas a intesses externos. Toda essa campanha contra as barragens est’a usando os ecologistas como massa de manobra, mas na reallidade visa  impedir-nos de gerar energia abundante, nao poluidora e mais barata que aquela usada pela maioria das nacoes.

  5. É do conhecimento até do

    É do conhecimento até do mundo mineral que essas usinas a fio d’água é uma imposição de fora para dentro e, o pior, com o apoio de incautos “ecologistas” nacionais.

    Obviamente, o preço será caro e pago por toda a nação.

    É uma triste realidade de consequencias perversas no longo prazo.

  6. Energia hidráulica lança no ar poluentes do efeito estufa

    Hidrelétricas geram sim gases que aumentam o efeito estufa.

    Estudos mostraram, inclusive, que em algumas situações elas geram mais gases poluentes que as próprias termelétricas movidas a carvão mineral ou gás.

    Fica a correção para o trecho:  “Energia hidráulica não queima petróleo, nem lança no ar poluentes que aumentam o efeito estufa.” 

    1. Este problema já foi
      Este problema já foi equacionado.
      Basta retirar toda a vegetação antes de encher o lago. Neste setor aprende-se com os erros!
      Também depende do tipo de água…
      Se não me engano Jirau é que foi uma catástrofe. Mas não são todas, ou seja, o metano exalado por algumas barragens não é uma característica da geração hídrica.

  7. E, do ponto de vista

    E, do ponto de vista ecológico, o tiro saiu pela culatra. No periodo de baixa hidraulicidade, devido a falta de barragens plurianuais, as térmicas são ligadas.

  8. Eu não entendo nada do

    Eu não entendo nada do assunto, por isso gostaria de perguntar para quem sabe: é possivel transformar posteriormente uma usina a “fio d’água” em uma com reservatório, talvez aumentando o tamanho da barragem e inundando uma área maior, ou o modelo é irreversível?

  9. China

    Os chineses concordam plenamente com o senhor, e deve ser um pais que o senhor admira, um dos maiores poluidores do mundo, onde se encontra a maior nuvem de poluentes do, para se ter uma ideia poluição em São Paulo é 10 vezes menos que apenas em uma cidade chinesa (Linfen e Tianying). 

    Sou engenheiro florestal, mais não ambientalista, mais chegar aqui e dizer que a culpa pelo não construção de hidreletricas é dos ecologista é simplista e ate mesmo inocente, pois da uma força para um grupo que realmente não a tem, tendo em vista a aprovação do novo Codigo Florestal.

    E amigo engenheiro voce dizer que não se esta construindo hidreletrica é um engano, tendo em vista que uma das maiores hidreletricas do mundo, e uma das grandes obras deste governo, (BELO MONTE), e não houve ambientalista que impedisse tal obra.

  10. Enquanto cochilamos

    Estão levando a Amazônia na ‘Mão Grande’

    O EUA emite um quarto das emissões dos gases do efeito estufa do mundo, não vai mudar a sua matriz energética e não vai assinar o protocolo de Kyoto.

    Diminuir a emissão de gases do efeito estufa significa diminuir o ritmo de produção industrial que resulta em desemprego e recessão.

    O cenário não é otimista em relação às emissões, porque se continuar, por exemplo, no ritmo que está, a China em dez anos vai emitir mais gases que causam o efeito estufa que os Estados Unidos.

    Esta é uma grande preocupação mundial relacionada ao meio ambiente e, por isso, as Ongs americanas estão cuidando, direitinho, da Amazônia ===>

    ===> apesar de terem sido informadas pelo ‘Diário Oficial’ do Raposão do Norte que a ameaça está fora do território brasileiro.

    ” Amazon forest threat is greater outside Brazil “

    In the Amazon, threats to an arc of wilderness

    Mais: http://www.washingtonpost.com/world/in-the-amazon-threats-to-an-arc-of-wilderness/2012/08/30/44354750-f309-11e1-adc6-87dfa8eff430_graphic.html

  11. É possível que, em alguns
    É possível que, em alguns casos, o tamanho dos reservatórios deveria ter sido maior – lembrando que mesmo as usinas fio d’água possuem reservatórios, no entanto eles são bem menores. No entanto, não se pode esquecer da questão do relevo: a Amazônia é uma planície, e portanto formar reservatórios exigiria uma área consideravelmente maior que na região Centro-Sul, com todas as implicações para o meio-ambiente e a população.

    Ademais, o país não pode manter sua dependência em apenas uma fonte energética, por mais barata e/ou sustentável ela seja. Houve progressos inegáveis no setor eólico (embora de fato houve casos em que as linhas de transmissão chegaram bem depois que os parques eólicos foram implantados) e grande ampliação no parque de termoelétricas.

    Porém, um setor que tem sido negligenciado é o de geração a partir da biomassa (particularmente a partir da cana-de-açúcar). Atualmente a maior parte das usinas queima os resíduos da produção do álcool e do açúcar de forma ineficiente, sendo que elas poderiam estar gerando energia exatamente no período de seca (que coincide com a colheita da cana), sendo portanto excelentes alternativas às termoelétricas. O governo precisa criar mecanismos que facilitem a atualização das usinas e sua interligação ao Sistema Integrado Nacional.

    1. A biomassa a partir de

      A biomassa a partir de residuos de cana de açucar estancou porque mais de 200 projetos de ampliação e de novas usinas está paralisado por causa da defasagem do preço do etanol, que hojé dá prejuizo. Com menos usinas, menos moagem e menos materia prima para biomassa, este é um subproduto da manipulação do preço da gasolina, formula que copiamos da Venezuela e Argentina. Hoje falta biomassa de cana para gerar energia, já existem termos que poderiam queimar mais do que estão queimando.

  12. A engenharia foi mais lenta que a História
    Ao lançarem-se as linhas de tempo da evolução da questão ambiental numa sociedade democrática e a evolução dos projetos, equipamentos e técnicas de construção de hidrelétricas percebe-se, lamentavelmente, que a engenharia foi lenta em iniciativa, pesquisa e criatividade para responder às demandas conservacionistas surgidas nas décadas finais do século XX, o que fez com que o tempo passasse de forma muita mais rápida na linha das relações sociais e com a natureza do que na linha técnico-econômica. A engenharia, infelizmente, sucumbiu à presunção  de que, por deter a “razão”  científica e tecnocrática não tinha obrigação de fazer uma inflexão no seu ‘know-how’, tampouco na sua inserção numa sociedade democrática a renascer e iniciar seu amadurecimento, a qual no tema do meio ambiente está notoriamente manifesta na legislação ambiental brasileira. E é por isso, e não por outras razões, que as respostas tecnológicas para a diminuição de impactos à fauna e flora, bem como às populações lindeiras, estão restritas ao arranjo baseado no uso de turbinas a fio d’água, em vez de múltiplas intervenções tecnológicas e a “customização” com alto nível de detalhamento na adaptação de cada empreendimento às especificidades de cada aproveitamento inventariado. Minha solidariedade ao dilema profissional e meu respeito ao interesse em questões de escala social do autor do artigo, embora, me obrigue a enfatizar, com elas siga minha  total discordância com sua abordagem do problema.

  13. Até que enfim alguém com

    Até que enfim alguém com conhecimento de causa mostra a ignorância – esse é o termo exato – dos chamados ecologistas deste país. Tive oportunidade há alguns anos de trabalhar próxima a eles. Fiquei espantada com as bobagens que ouvi deles. Na verdade, misturam alhos com bugalhos e são confusos em intenções e ações. Pouco conhecem do comportamento da Natureza e se guiam muito por modismos externos. Alguns são bem intencionados, claro. Mas uma boa parte é manipulada mesmo. Parabéns por apontar seus enormes erros.

  14. O medo que vem de fora

    Igor Cornelsen,

    Neste aspecto, este governo federal, sabe-se lá o motivo assinou embaixo o princípio de grandes usinas hidreléticas sem os habituais reservatórios para armazenamento de água,.

    Diversos países não querem saber de brasilsil independente em nenhum dos setores de energia, então usam $$$ este enxame de ONGs de araque prá fazer reverberar os seus interesses de forma indireta, e os medíocres dos ongueiros aproveitam prá botar uma grana no bolso, desde que fiquem inventando histórias das mais diversas e até mesmo divertidas(aquela invenção da tal ilha de Pets que irá dizimar os peixes do Oceano Pacífico é formidável )  prá pegar os otários, já que nascem alguns destes todos os dias.

    Junto da turma vem as tribos indígenas, associações de todos os tipos, síndicos de prédios e, claro, os advogados de porta de xadrez prá alimentar a indústria de liminares.

    Agora, depois deste extraordinário período de secas ( segundo a tropa, só pode efeito do aquecimento global ), é de se imaginar que os próximos projetos voltem a se utilizar dos resrvatórios.

    Um abraço

  15. Nem tanto ceu e nem tanto

    Nem tanto ceu e nem tanto inferno. Acho que as exigencias ambientais adquiriram uma certa paranoia. Alguem aqui ja leu um RIMA ?? Beiram o ridiculo as descricoes exigidas.  Mas por outro lado,relembre-se as Sete Quedas. Que pecado fizeram. Infelizmente soh as conheco por filmes. Merece um post do Nassif. Magnificas ,  o espetaculo rivalizava-as co Foz do Iguacu.Ganhariamos muito mais dinheiro com turismo do que com a energia gerada e compartilhada de Itaipu. A epoca existia a possibilidade de construir-se duas usinas a montante das SeteQuedas, que substituiriam a energia a ser gerada por Itaipu. Mas a estupidez prevaleceu. Assim como a situacao atual. 

  16. Conclusão x Título

    Parabéns pela clareza do artigo.

    Preciso discordar do título que, para leigos, pode dar a impressão que o modelo do setor elétrico errou.

    Na verdade o modelo se adequou à Constituição Brasileira de 1988 que impôs as restrições que você, na conclusão, considera “incontornável”.

    Também acho extremamente difícil fazer as mudanças constitucionais necessárias para que a engenharia possa atuar de forma mais ampla criando soluções ambiental e economicamente viáveis.

    Um caminho, quiçá, seria a vinculação dos projetos de novas barragens com as eclusas para criar ramais hidroviários, que aumentaria os benefícios “econômicos” para as populações locais.

    Isto pode transformar em aliados, alguns dos adversários de hoje, mas ainda restaria os ambientaistas e as comunidades indígenas…

  17. Entendo seu ponto de vista,

    Entendo seu ponto de vista, mas não concordo que deve-se ignorar o meio ambiente em prol de um progresso relativo.

    Há necessidade de maior geração de energia e existem alternativas que não trazem tanto impacto ambiental, por que não usá-las ?

    Por que não modernizar as usinas atuais, as linhas de transmissão, promover a renovação de equipamentos elétricos de consumo mais baixo ?

    Poluir, qualquer uma vai, destruir espécies, nem todas, e soa leviano achar que os ambientalistas protestam só pra encher o saco, sem embasamento.

  18. Toda produção de energia

    Toda produção de energia eletrica traz custos ambientais, até as eólicas. Então é preciso comparar custos ambientais, porque os haverá ou então vamos dispensar o uso de energia eletrica e viver em tabas mas mesmo assim , como os indios, precisermos queimar lenha para cozinhar alimentos.

    1. Não precisa exagerar.

      Antes de todo mundo ir viver em tabas, podemos, se necessário, limitar a energia (elétrica e gás) consumida por residência (ou por pessoa). Pode-se começar acabando com os exageros. Aquecer a água do chuveiro é uma coisa, aquecer a água da piscina de uma residência é outra. Aquela iluminação indireta da sala feita por um renomado arquiteto, lamento mas vai ter que ser substituída por lâmpadas mais econômicas. A hidromassagem vai ter que ficar para quando tiver energia sobrando. Aquela TV de trocentas polegadas só em dia de jogo da seleção. E por aí vai. Se não der certo, e não encontrarmos um meio sustentável consumir energia e garantir um planeta para as gerações futuras, aí vamos ter que viver em tabas e não tem jeito.

      1. Inteiramente de acordo, o

        Inteiramente de acordo, o brasileiro desperdiça muito energia, como tambem agua. A California implantou um conjunto de regras e sistemas para racionalização no uso de energia eletrica há 25 anos e reduziu rm 50% o consumo de quilowatts per caputa no Estado. Aqui o Governo não propõe nada que sugira redução do uso de energia.

        Estamos licenciando a construção de predios comerciais imensos que precisam de luz acesa mesmo que haja ensolação intensa na rua, precisam de ar condicionado mesmo no pico do inverno, não há nenhuma tipo de obrigatoriedade de popuar energia em escolas, hospitais, hoteis, escritorios, repartições, casas, gasta-se o que quiser. Os sensores apaga-acende deveriam ser obrigatorios em qualquer ambiente, assim como lampadas LED na iluminação publica.

        Existem milhares de pequenas economias possiveis em energia eletrica mas o brasileiro é geralmente folgado e detesta

        fazer esforço para economizar agua e energia, o maximo é lavar o carro com maquininha aspersora, desperdiçando agua e energia ao mesmo tempo.

    2. Não tem que comparar nada,

      Não tem que comparar nada, tem que inserir corretamente os custos ambientais nos projetos executivos e depois na execução das obras, de forma a permitir uma avaliação satisfatória pelos técnicos, e não ignorá-los ou submete-los a análises superficiais. Este é o real motivo na demora das licenças ambientais. Projetos mal elaborados.

      É a natureza e o equilíbrio dos ecossistemas quem nos oferece a portunidade de vivermos no conforto que vivemos, e por isto mesmo precisamos nos ajustar a ela, e não o contrário.

  19. ah! tá bom…
    a grande culpa

    ah! tá bom…

    a grande culpa agora do risco de apagão no sistema elétrico nacional é do sapinho, da anta, do indiozinho, da bromélia, do macaquinho, do peixinho…

  20. Eu acho que tem que ter uma

    Eu acho que tem que ter uma perspectiva mais ampla nesse debate, sem cair no simplismo e na generalização.

    Faz parte da dinâmica natural de um rio transbordar e isolar lugares, e com estudos simples o poder público pode ordenar a ocupação urbana e evitar stranstornos resultantes disso,  como os causados por inundações e alagamentos.

    A grande questão é que as barragens alteram drasticamente a dinâmica de toda a bacia do rio e dos ecossistemas envolvidos. O transporte de sedimentos é drasticamente alterado, e essas mudanças se sentem abaixo da usina, como, por exemplo, na mudança na disponibilidade de alimento para os peixes (nos sedimentos há muito nutriente).

    A vila submersa na foz do São Francisco é outro exemplo do impacto de grandes alterações em rios. E toda a área alagada represada emite quantidade considerável de gas metano, pela decomposição da floresta submergida. 

    De fato uma das maiores riquezas do País são seus rios e florestas. É estupidez matá-los. A meu ver a construção de grande parte das (centenas de) hidrelétricas que estão nos projetos é de interesse maior pras mega empreiteras e cia., em nome desse desenvolvimentismo que sabemos como se dá e como sempre se deu.

  21. Tinha que ser engenheiro pra

    Tinha que ser engenheiro pra falar tanta besteira (nada pessoal, meu pai era engenheiro…)

    O que une a direita retrógrada e a esquerda progressista é este discurso nefasto e ignorante sobre as questões ambientais, por pessoas que não tem nenhuma afinidade com o assunto.

    Eu poderia dizer que foram os engenheiros que deformaram as grandes cidades brasileiras, pois esta visão “concreta” sobre a paisagem é que transformaram nossos rios em canais de esgotos, e o horizonte num paliteiro de prédios, a urbanização e o sistema viário e de transporte público numa calamidade. Engenheiros estes que dominaram a gestão pública urbana brasileira nos últimos 50 anos, com destaque para os militares faraônicos e seus asseclas.

    Rigidez da ecologia?? Ecologia é uma ciência. Não é rígida nem flexível, simplesmente ela possui seus estudos, suas teorias e suas convicções, as quais são aceitas por todos os grandes organismos mundiais e centros acadêmicos, tanto que seus conceitos hoje estão nos livros escolares desde o ensino fundamental.

    Se vc é contra a ecologia, vá para a USP e levante sua faixa contra a ciência. Agora, se vc quer ser contra a legislação ambiental, a qualidade de vida, a preservação da fauna e da flora, da qual tanto dependemos, primeiro vc deve estar em condições de debater, e não jogar a culpa “na ecologia” porque projetos de engenharia tecnicamente sofríveis não foram pra frente, ou demoram a ser aprovados.

    As lambanças de engenheiros e parceiros são motivos de risadas, tais como a inundação de florestas por barragens, que se decompõe e elevam a acidez das águas, matando (e inutilizando) o lago e afetando as máquinas da própria usina… hahaha. Durante anos e anos, mergulhadores tinham que serrar a milhares de hectares de floresta embaixo dágua… hahaha. Balbina, Balbina… que triste sina…

    Dou um desconto ao Nassif pois é economista e não sabe distinguir quando um argumento sobre as questões ambientais são pertinentes ou não, mas pelamordedeos, ninguem é contra ou a favor da ecologia. Ela é uma ciência, coitada, deixem ela em paz.

     

     

  22. Coitadinha da engenharia!

    Coitadinha da engenharia! O problema é que se continuamos com esse NEGÓCIO (e bota negócio nisso) de passar com trator por cima, a torto e a direito, vai faltar água (isso soa familiar para alguém?) e luz também. Além do mais, o clima e as nossas condições de vida vão ser mesmo lindos… Qualquer um que more em grandes cidades sabe o que isso significa, segundo os modelos dominantes. E ecologia e economia têm a mesma raiz: casa. Nossa casa é o meio natural, de que fazemos parte, em que interferimos, e o qual transformamos, mas não para destruí-lo. Nem por dentro, nem por fora. Isso seria destruir a nós mesmos.

     

  23. O agronegócio consome mais de

    O agronegócio consome mais de 83% da água no Brasil. Os ambientalistas combatem a hidreletricidade, que é, de longe, a forma mais ecologicamente correta de produzir energia. A energia eólica é muito importante, como apoio.

     No final produzimos energia térmica, queimando óleo e gás, por conta dos eco-chatos. Encarecemos e sujamos nossa matriz energética. 

    O autor está corretíssimo.

  24. Perfeito o artigo.
    E é este

    Perfeito o artigo.

    E é este discurso retrógrado anti desenvolvimentista que está ecoando por todo o Brasil e recebe guarida por parte de muitas pessoas totalmente alienadas da realidade de uma sociedade que ainda precisa muito se desenvolver.

    Colocam a questão ambiental não em perspectiva, ao lado de uma gama de outras questões como emprego, tecnologias, mas com o mote central, o objetivo a ser alcançado para o “mundo não acabar”.

    Dilma tem que se reeleger e fazer um grande segundo mandato senão o risco Marina em 2018 será real e efetivo.

    1. Caro Daniel, aqui em BH há um

      Caro Daniel, aqui em BH há um movimento contrário à exploração de minério de fero na Sera do Gandarella, sea esta que é um manancial de águas na região, além de um parque maravilhoso. Acho interessante o movimento mas ainda não tomei posição. E digo o por quê: já li inúmeras manifestações de pessoas que participam deste movimento contrárias à mineradoas simplesmente pelo fato delas minerarem. Se me permite o termo, foda-se se se o que extraem é esencial. São contra a exploração pura e simplesmente. Lendo uma dessas manifestações no Facebook, questionei de onde que gostariam (ou como) viesse o aço dos carros que utilizava. Ainda aguardo resposta.

      1. Vai esperar até que o inferno

        Vai esperar até que o inferno esfrie.

        Não há lógica nestas críticas que alguns chamam de ciência.

         

        A crítica que vc fez é precisa, ou melhor, o pedido de informações, lol. Eles só pensam na metade do problema e não no problema inteiro.

  25. É mais ou menos por aí sim
    É mais ou menos por aí sim mas o potencial hídrico está praticamente esgotado.
    Faltou falar sobre isso.

    E aí…

    1. Esgotado onde?

      Ainda temos algum potêncial para criação de Grandes Usinas que deve  durar por pelo menos mais 10 anos porém todos dentro de região amazonica na região Norte e Centro Oeste.

      Porém o potencila para usinas de médio porte ainda é grande no Brasil de 30 a 300 ainda temos muitos eixos no Brasil.

       

      1. Mas quem vai bancar?
        Sabe
        Mas quem vai bancar?
        Sabe porque estas usinas não foram construídas?
        Não são viáveis. São usinas com 50% ou menos de fator de capacidade.

        Isso se traduz, para os leigos, em o dobro de TARIFA.
        Além de investir X para ter metade da energia.

        E aí, como somos um país com RECURSOS LIMITADOS, alguém vai fazer a conta e concluir que com o mesmo dinheiro se faz 3x mais energia de. .. Carvão.

        Mas tudo bem, isso não deve ter nada a ver e eu é que estou dando de mãe Dina.

        O bom mesmo é não debater e esperar pelo carvão.

  26. Finalmente… uma análise de

    Finalmente… uma análise de quem entende

    O que não falta no país são palpiteiros que não analisam nada, só fazem transformar qualquer problema em disputa política. 

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