Lula recebe de Bolsonaro um corte de R$ 2,7 bilhões em Educação

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Em comparação a 2019, quando assumiu o poder, Bolsonaro reduziu R$ 2,7 bilhões no Orçamento para Educação em 2023

Prédio do Ministério da Educação – Agência Brasil

Lula recebe o Ministério da Educação com um orçamento 34% menor do o deixado para Jair Bolsonaro em 2018. São R$ 2,7 bilhões a menos.

O projeto de lei Orçamentária enviada pelo atual mandatário ao Congresso e aprovado para 2023 é de somente R$ 5,2 bilhões. Em 2019, Jair Bolsonaro recebeu das mãos de Michel Temer, que assumiu após a derrubada de Dilma Rousseff, o correspondente a R$ 7,9 bilhões para serem gastos com educação básica.

O corte na educação estabelecido pelo atual presidente ainda pode sofrer mudanças no Congresso. E é o Lula espera conseguir dos parlamentares, até o final de dezembro. Caso contrário, a herança deixada por Bolsonaro a Lula é um déficit recorde nos investimentos em educação no país.

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Mas as mudanças serão dificeis. Isso porque o projeto de Bolsonaro já foi analisado pelos deputados e senadores, que não pretendem fazer grandes alterações.

“Basicamente, o novo governo não tem dinheiro para educação básica. A primeira tarefa para 2023 é recompor esse orçamento”, afirmou a presidente do Todos pela Educação, Pricila Cruz, ao Uol.

Ela é uma das integrantes cotadas para a equipe de transição de Lula, indicada pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, que também recomendou Neca Setúbal, da Fundação Tide Setúbal, e Daniel Cara, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Os R$ 147,4 bilhões estabelecidos por Bolsonaro para o Orçamento de 2023 seguiram a linha de todo o corte na educação e em outras áreas importantes ao longo de seu governo. Enquanto recebeu o país com R$ 153,5 bi para gastar, deixará somente R$ 147,4 bilhões, como total, para Lula.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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