As Matrioskas da Rússia contra o Ocidente

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Sugerido por Pedro Penido dos Anjos

Do blog do Mauro Santayana

De cérebros e de cyclones
 

Toda nação tem seus símbolos. Um dos mais tradicionais símbolos russos, à altura de Dostoiévski, e de Pushkin, são as Matrioskas, as bonecas de madeira, delicadamente pintadas e torneadas, que, como as camadas de uma cebola, guardam, uma dentro da outra, a lembrança do infinito, e a certeza de que algo existe, sempre, dentro de todas as coisas, como em um infinito jogo de espelhos e surpresas.

Ao se meter no complicado xadrez geopolítico da Eurásia, que já dura mais de 2.000 anos, o “ocidente” esqueceu-se dos russos e de suas Matrioskas.

Para enfrentar o desafio colocado pela interferência ocidental na Ucrânia, Putin conta com suas camadas, ou suas Matrioskas.

A primeira camada, a maior e a mais óbvia, é o poder nuclear.

A Rússia, com todos os seus problemas, é a segunda potência militar do planeta, e pode destruir, se quiser, as principais capitais do mundo, em uma questão de minutos.

A segunda é o poder convencional. A Rússia dispõe, hoje, de um exército quatro vezes maior que o ucraniano, recentemente atualizado, contra as armas herdadas, pela Ucrânia, da antiga URSS, boa parte delas, devido à condição econômica do país, sem condições de operação.

A terceira, é o apoio chinês, a China sabe que o que ocorrer com a Rússia, hoje, poderá ocorrer com a própria China, no futuro, assim como da importância da Rússia, como última barreira entre o Ocidente e Pequim.

A quarta Matrioska é o poder energético. Moscou forneceu, no último ano, 30% das necessidades de energia européias, e pode paralisar, se quiser, no próximo inverno, não apenas a Ucrânia, como o resto do continente, se quiser.

A quinta, é a financeira. Com 177 bilhões de superávit na balança comercial em 2013, os russos são um dos maiores credores, junto com os BRICS, dos EUA. Em caso extremo, poderiam colocar no mercado, de uma hora para outra, parte dos bilhões de dólares que detêm em bônus do tesouro norte-americano, gerando nova crise que tornaria extremamente complicada a frágil a situação do “ocidente”, que ainda sofre as consequências dos problemas que começaram – justamente nos EUA – em 2008.

Finalmente, existe a questão étnica e histórica. Para consolidar sua presença nas antigas repúblicas soviéticas, Moscou criou enclaves russos nos países que, como a Ucrânia, se juntaram aos nazistas, para atacar a URSS na Segunda Guerra.

Naquele momento, o nacionalismo ucraniano, fortemente influenciado pelo fascismo, não só recebeu de braços abertos, as tropas alemãs, quando da chegada dos nazistas, mas também participou, ao lado deles, de alguns dos mais terríveis episódios do conflito.

Derrotados pelo Exército Soviético, na derradeira Batalha de Berlim, em 1945, os alemães sabem, por experiência própria, como pode ser pesada a pata do urso russo, quando provocado.

E como podem ser implacáveis – e inesperadas – as surpresas que se ocultam no interior das Matrioskas.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

29 Comentários

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  1. O que a Rússia tem a oferecer ao mundo?

    O que a União Soviética/Rússia deu ao mundo de útil: social, politica, culturamente e economicamente, ou em direitos humanos, nos últimos 70 anos?

      1. A quimera do gás russo

        Não é assim, Ivan. 30% do gás, isso sim, já foi 45%:

        http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140304_gas_russia_vale_kw.shtml

        Há quem aponte que isso só seria 25%

        Só que o gás per si é menos de 40% das fontes de energia. Assim, no total, o gás russo não passa de 10% da matriz energética europeia e em poucos (e pequenos) países passa de 15%. Para a Alemanha é 9%

        Exatamente esses países mais dependentes já buscam importar gás dos EUA (a partir de 2016):

        http://www.reuters.com/article/2014/03/08/us-ukraine-crisis-centraleurope-usa-idUSBREA270QU20140308

        E…

        60% das receitas do Estado russo (que precisa manter uma máquina clientelista de 1/3 de funcionários públicos ou de estatais) vêm de exportação de hidrocarbonetos:

        http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carodinheiro/2014/03/1425411-a-dependencia-europeia-do-gas-russo.shtml

        No que a Rússia tem tido sucesso, isso sim, é na redução de sua dependência da importação de alimentos.

        É um país que está mais se fechando do que se abrindo ao comércio exterior.

         

    1. Pergunta descabida, caro,

      Pergunta descabida, caro, provavelmente vinda de alguém que chegou de Marte nestes dias ou que passou em hibernação por meio século. Vou te citar só uma coisa que a Rússia (então União Soviética) deu:  a derrota da máquina de guerra nazi-fascista. Sem os russos o planeta seria hoje feudo ariano (e vc como tantos de nós teriamos virado ou sabão ou teriamos morrido em campos de concentração). Mas para não ficar curto, vou te falar de outra coisa. A União Soviética freou por muito tempo (na verdade sua existência toda) a sanha imperialista dos Estados Unidos. Sem a União Soviética não teria existido China nem os movimentos revolucionários do planeta, dentre eles o Vietnã. Suas conquistas sociais obrigaram as sociedades capitalista a fazer mudanças, coisas como o estado de bem estar, reformas trabalhistas, direitos laborais, voto feminino… No campo cultural a URSS teve também destaque. Já ouviu falar do balé Bolshoi, do Circo de Moscou? No campo esportivo (algo que vc não citou) a URSS também se tornou potência, chegando a lutar de igual para igual com os Estados Unidos e em alguns momentos ultrapassando-os. Xadrez? Tirando Bobby Fisher, quantos soviéticos foram campeões mundiais? Pesquisas científicas? Putz, nem sei por onde começar… basta ver os prêmios nobel ganhos em física, sua participação na exploração do cosmos. Já ouviu falar de um tal Iuri Gagarin? Pois é, o primer homem a voar numa naveespacial ( e isso com um pais semi destruido por uma guerra mundial que não teve Plano Marshall como Alemanha) …

      1. Mario Latino
         
        Com o devido

        Mario Latino

         

        Com o devido respeito, mas a União Soviética, depois de invandir e anexar, à força, grande parte dos seus países vizinhos, manteve esses mesmos países, inclusive a Ucrânia, sob um regime ditatorial e despótico onde os os jovens eram obrigados a praticar esporte como propaganda do regime. Quem discordava ia passar uma temporada na Sibéria. O Baléde Bolshoi, na União Soviética, não era, ou é, hoje em dia, pareo para a revolução ocorrida na Dança, no século XX, na Europa e EUA. A dança evoluiu para um novo patamar e a União Soviética ainda está no Bolshoi. Ademais, nos EUA e Europa, surgiram vários balés iguais, ou até melhores, do que o Bolshoi.    Quanto ao esporte a União Soviética era uma constelação de países e não um só. Hoje a Rússia não se destaca em nada, seja no esporte ou cultura, música, cinema, literatura etc..

        Enfim, Rússia e China são ótimos exemplos de corrupção, ausência de direitos humanos, ditaduras e uma economia que não se sustenta nas pernas se mantiver a ideologia “economica” comunista/socialista. Isto é a Rússia ou a China não se sustentam sem o capitalismo que eles tanto criticam.

        1. Você perguntou o que a URSS

          Você perguntou o que a URSS ou Rússia tinha dado de contribuição ao mundo nos últimos 70 anos e eu te respondi. È possível, não me consta, que o Bolshoi não seja aquelas coisas mas o fato é que existiu e ainda é referência, salvo talvez prá vc. Os jovens sendo obrigados a praticar esporte (ou ir prá Sibéria), putz… onde vc leu isso? No Reader Digest?

          As conquistas científicas da URSS foram praticamente deles. Já os Estados Unidos tiveram grandes avanços devido aos imigrantes europeus que cooptavam, cientistas alemães ligados ao partido nazi que encontraram uma forma de não pagar por seus crimes de guerra.

    2. Somos colonizados!

      Como colonos temos a obrigação de receber apenas as noticias boas filtradas do lado feliz do planeta. O outro lado é mal, escuro e nada tem de positivo! Portanto as ferramentas de busca disponíveis (todas norte americanas) não tem interesse nenhum em divulgar o lado malvado, sem falar na dificuldade do alfabeto cirílico (o que já acontecia há 70 anos atrás, quando ainda não tinha internet)!

      É bom lembrar também do aviso americano: eles tem a bomba e certamente usariam!

      Mas catando aqui e ali consegues alguma coisa:

      http://theculturetrip.com/europe/russia/

      E no fim de tudo, considerando tudo: a Russia é a Russia!

    3. E algum modelo era melhor que o outro?

      Algumas coisas ‘úteis’ que eu lembro:

      ·          Em termos físico-químicos: avanços na espectrometria de massas: o conceito e a execução do reflectron no espectrômetro de tempo de voo. Aliás Mamyrim deveria ter recebido um Nobel por isso, mas ele não era americano…

      ·          Em literatura: acho que não preciso falar dos escritores que, mesmo na oposição ao regime, receberam o Nobel.

      ·          Em tecnologia: os únicos que fizeram frente ao poderio norte-americano durante décadas. Também foram capazes de absorver rapidamente toda tecnologia nuclear. Nisso (adaptar tecnologia), foram tão bons quanto os japoneses.

      Bom, eu teria de reler um pouco de Hobsbawn para relembrar mais coisas…

      Também acho que o histórico ocidental em direitos humanos é no mínimo condenável, para não dizer mais. Ou você acha que as ditaduras ocidentais apoiadas pelos EUA fizeram melhor? Cito Chile e África do Sul, só para ficar nas mais conhecidas pela crueldade.

      Não tenho ilusões quanto a um lado e outro e não quero defender nenhum dos dois, mas apenas colocar as coisas no seu devido lugar. Internamente era melhor viver nos EUA do que na URSS para o cidadão médio no auge da Guerra Fria. Mas não acho que havia muita diferença nas esferas de influência de cada um. E o nível de exploração dos recursos físicos do planeta que o modelo dos EUA impõe deve levar-nos a crises ainda maiores no futuro, além das crises de praxe causadas pela especulação financeira. Espero que a raça humana evolua e sobreviva melhor, qualquer que seja o modelo que vença.

      Abraços

    4. Volta para as aulas de História

      Gagarin, a Batalha de Kursk, as declarações : “Políticos são iguais em todo lugar. Eles prometem construir pontes mesmo onde não há rios.” e “Não diferenciaremos as cinzas de um comunista das de um capitalista” (sobre um eventual confronto nuclear) de Nikita Kruschev, Isso só para aperitivo…

    5. Venceu dois terços das tropas

      Venceu dois terços das tropas nazistas, que, se tivessem triunfado no front leste, com certeza teríamos aqui vários Helmut, Siegfried, Wolfgang…

      1. A URSS só teve condições de

        A URSS só teve condições de entrar na guerra por causa de insumos (até comida) fornecidos pelos norte-americanos antes dele próprio entrar na disputa.

        Estude mais…

        1. Haja falsificação!

          A ajuda americana em nada foi determinante. E os números estão bem registrados: de 1941 a 1944 a URSS segurou sozinha a invasão de seu território por um exército de 3,5 milhões de homens. A ajuda desejada, pedida exaustivamente, era a criação de uma segunda frente. Esta só aconteceu em junho de 1944. Até agosto, menos de 200 mil homens desenbarcaram na Normandia. Neste momento, o exército vermelho já havia vencido em Kursk, um ano antes, e marchava firme para Berlim.

  2. 🙂 Que texto

    🙂 Que texto delicioso.

    Aliás…qualquer matrioska que dê um “rabo de arraia” naquela “mocinha entochada”, na baía…dos EEUU (que adora tirar a LIBERDADE alheia) já é uma delícia! 🙂

  3. Sou contrário a invasão da

    Sou contrário a invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

    A Ucrânia tem o direito de resolver seu problemas independente da vontade dos russos e ocidente.

    Por outro lado vejo a grande hipocrisia dos americanos e europeus.

    Quando o EUA invadiram o Iraque sem motivo concreto, ignorou todos os pedidos contrários da ONU .

    Idem no Afeganistão, além de sua interferências constante pela América latina e central.

    Esta questão não é colocada pela midia ocidental e muito menos a nacional.

     

     

  4. NÃO ACESSO A NOVA EDIÇÃO DO

    NÃO ACESSO A NOVA EDIÇÃO DO BLOG PELAS MANHÃS E PELO CHROME NÃO É ACEITA MINHA ASSINATURA DO MEU EMAIL

     

     

    Supremo tem outro servidor condenado pela Justiça

    Coordenador de patrimônio do órgão cumpriu pena por peculato e foi expulso da Caixa Econômica por fraude

    ·                                  

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    VINICIUS SASSINE (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)

    Publicado:

    15/03/14 – 

    21p3

    BRASÍLIA — O servidor responsável por cuidar do patrimônio do Supremo Tribunal Federal (STF) cumpriu pena por peculato e por improbidade administrativa em razão de uma suposta apropriação indevida de recursos da Caixa Econômica Federal (CEF), quando era gerente de uma das agências do banco em Brasília. A própria CEF apontou que, em 1998, o então gerente Edmilson Palma Lima fraudou o banco e usou R$ 5.675,47 para pagar contas pessoais.

    Mais de 15 anos depois, Edmilson foi condenado pela Justiça, prestou serviços à comunidade no caso do crime de peculato e está sentenciado em definitivo por improbidade — a decisão é de agosto de 2011. Mesmo assim, ele tem um cargo de confiança no STF: é coordenador de Material e Patrimônio da Corte máxima da Justiça brasileira. Desde 2005, ele eventualmente exerce o cargo de secretário substituto de Administração e Finanças, um dos mais altos postos da hierarquia administrativa do tribunal.

    Este é o segundo caso, descoberto pelo GLOBO, de um servidor condenado pela Justiça que dá expediente no STF. Em outubro, o jornal revelou a história do analista judiciário Ítalo Colares de Araújo, lotado na Seção de Recebimento e Distribuição de Recursos do STF. Ele foi condenado a sete anos de prisão por peculato e a 14 anos de detenção por lavagem de dinheiro, em razão de um desvio de R$ 3 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) quando era gerente da CEF.

    O primeiro crime prescreveu. No caso do segundo, Ítalo conseguia fugir da intimação ao fornecer endereços errados à Justiça. Com a publicação da reportagem, ele finalmente foi notificado. Ainda cabe recurso contra a sentença.

    Edmilson chegou ao STF em 2000, por meio de concurso público, pouco mais de um ano depois de ser demitido da CEF por conta da fraude detectada. Ele assumiu o cargo de analista judiciário da área administrativa e, já em 2002, foi nomeado para a primeira função comissionada no tribunal, a de chefe da Seção de Transporte. No ano seguinte, passou a chefiar a Seção de Contratos, subordinada à Coordenadoria de Material e Patrimônio.

    Finalmente, em 2004, o analista conseguiu ser nomeado como coordenador de Patrimônio, em ato assinado pelo então presidente do STF, ministro Nelson Jobim. Desde então, Edmilson é o substituto escolhido para o cargo de secretário de Administração e Finanças, responsável pelos contratos do tribunal. Na sentença por improbidade, uma das proibições impostas é o impedimento de firmar contratos com o poder público.

    Há atos de Edmilson como secretário até janeiro deste ano, principalmente assinaturas de contratos como representante do STF e dispensas de licitação. O salário bruto do servidor é de R$ 19,8 mil, dos quais R$ 6,1 mil são pagos em razão da função comissionada de coordenador.

    Funcionário prestou serviço comunitário e pagou multa

    O servidor do STF chegou a acumular o exercício da função de chefe com a prestação de serviços à comunidade num Centro de Assistência Social no DF. A Justiça condenou Edmilson Lima a uma pena de prisão de dois anos e seis meses em regime aberto, por peculato. A decisão passou a ser definitiva em 2006. A prisão foi substituída por 910 horas de trabalho e pelo ressarcimento do dinheiro desviado. Em 2006 e em 2007, o servidor passou a dar expediente no centro, das 8 às 12 horas. À tarde, exercia a função de secretário de Administração substituto do STF.

    A investigação aberta pela CEF apontou que Edmilson “usou da facilidade do cargo” de gerente e efetuou pagamentos de cartão de crédito, dívidas particulares, conta de celular e financiamento do carro com recursos públicos. Em contrapartida, fez lançamento contábil dos valores como prejuízo ou como “despesa com condução urbana”, num “evidente intuito de fraude”, segundo a CEF.

    O banco acionou o Ministério Público Federal, que denunciou o servidor. A partir da acusação de peculato, um novo processo foi aberto, por improbidade. No caso do primeiro, a pena está extinta. Ele prestou os serviços comunitários e efetuou pagamento de R$ 10,3 mil à CEF. Já o processo de improbidade resultou numa sentença em 2011. O juiz determinou o pagamento de multa e a proibição de contratar com o poder público. Segundo a CEF, a decisão já foi cumprida pelo réu.

    Procurado pelo GLOBO, Edmilson não quis dizer se as sentenças comprometem sua atuação no órgão.

    — Até tratamento psicológico fiz por conta disso. A defesa já foi feita nos processos. Não fui eu (o autor da fraude). Não consegui comprovar nos processos que não fui eu, então não vou conseguir comprovar a você — disse.

    O STF informou ao GLOBO que desconhecia as acusações e condenações contra o servidor. Mesmo assim, sustentou que isso não o impede de atuar no tribunal, pois “não contemplou quaisquer impedimentos para o exercício de cargo ou função pública”. Quando prestou o serviço comunitário, o servidor “cumpriu o expediente normal de trabalho”. “Ele exerceu com dedicação e lealdade, cumprindo sua jornada de trabalho sem ressalvas, atrasos ou faltas”, disse a assessoria de imprensa do STF.

    A nomeação para um cargo de confiança ocorreu pelo “bom exercício de suas atribuições e das boas avaliações de desempenho”. A assessoria disse ainda que Edmilson pode perder o cargo de coordenador, caso o desempenho da função fique comprometido. O mesmo valeria para uma eventual demissão, que só ocorreria em razão de “alguma falta prevista em lei”, e não por causa das condenações na Justiça.

     

    1. Ok, perdao pelo off-topic

      Ok, perdao pelo off-topic tambem (foi ele que comecou, Nassif!)  mas o primeiro caso eh simplesmente inacreditavel. Terminou condenado por “fraude” de…  DE CINCO MIL REAIS PARA DESPESAS PESSOAIS.  Simplesmente i na cre di ta vel.  Isso nao eh comportamento humano.

      Enquanto isso, o outro caso de 3 milhoes AINDA nao foi resolvido!  Isso sim eh comportamento humano.

      E judiciario:  ninguem esta vendo que o judiciario falhou mais duas vezes?

  5. GRAcias, que bom que existe

    GRAcias, que bom que existe Putin , que bom que existe a Rússia. Vai vencer e colocará os americanos em seu devido lugar. Todos os impérios um dia cai, ningue´m pode ser o dono do mundo para sempre. Quando terminar o plesbicito tomarei uma cervejinha bem gelada.Obrigada Putin por lavar minha alma.

  6. Expansionismo e conflito
    O que se vê neste caso, chamado Crise da Ucrânia, é o choque entre duas potências belicistas e imperialistas.
    Quando o expansionismo de um lado chega perto das fronteiras do outro surge a tensão e a possibilidade de conflito.
    Parece, agora, que a Guerra Fria não deixou de existir, apenas ficou latente.
    De um lado os EUA não deixaram de ver a Rússia como um possível risco e que deveria ser enfraquecida. Vemos pela expansão da UE/EUA/OTAN procurando trazer para sua esfera de influência as ex-repúblicas soviéticas. Com a consequente instalação de bases militares da OTAN.
    A Rússia, por outro lado, passou alguns momentos de crise, e fez concessões àquela expansão, mas vemos que não estava gostando nada.
    Quando UE/OTAN/EUA chegaram perto da Ucrânia, aí a coisa complicou.
    Enfim não se trata de “democracia”, “liberdade”, “direitos humanos”, constitucionalidade” ou não, o eixo central da Crise é o expansionismo.
    Ambos os impérios não têm pudores e preocupações quando seus aliados são ditadores ou promovem matança. Aliás muita matança tem sido justificada em nome daqueles conceitos.

  7. matriochkas e babaiagás

    O artigo – bastante claro e objetivo – vai muito bem até as duas afirmações abaixo.

    “Moscou criou enclaves russos nos países que, como a Ucrânia, se juntaram aos nazistas, para atacar a URSS na Segunda Guerra.”

    “Naquele momento, o nacionalismo ucraniano, fortemente influenciado pelo fascismo, não só recebeu de braços abertos, as tropas alemãs, quando da chegada dos nazistas, mas também participou, ao lado deles, de alguns dos mais terríveis episódios do conflito.”

    Mesmo que grande número de ucranianos, lituanos, letões e estonianos tivessem seus motivos – no período entreguerras – para circunstancialmente apoiar a invasão nazista – vista como libertação da dominação stalinista – e ainda que , não fosse o dogma nazista afirmando a inferioridade racial eslava, os alemães , mediante certas concessões geopolíticas, pudessem ter arregimentado um efetivo de descontentes antissoviéticos bastante superior àquele arregimentado , dizer que a Ucrânia (E o artigo – podemos deduzir – também se referiria às repúblicas bálticas.) juntou-se aos alemães para atacar a União Soviética é uma rematada tolice historiográfica.

    (Acredito que o autor saiba que o general Vlassov não era ucraniano, era russo.)

    En passant: tenho curiosidade em saber como o articulista interpretaria a adesão do movimento nomeado Exército Nacional Indiano – o Azad Hind – aos japoneses em sua luta contra britânicos e estadunidenses,  durante a Segunda Guerra Mundial. Não obstante as particularidades, há alguma semelhança.

    No mais, ressalvadas as observações, diria que Obama está brincando com fogo: Vai que de dentro da última matriochka sai uma babaiagá?

    Sabe cumé…Por lá é como se diz por aqui: A chapa é quente, o papo é reto e o bagulho é doido. 

    Pois é. E não é que aquele mesmo John Kerry , veterano revoltado  contra a Guerra do Vietnã, é agora secretário de estado…

    …A grande sacana deusa Clio adora contar piadas.

  8. Acho engraçadíssimo esse velho

    argumento idiota de que a Rússia pode cortar o suprimento energético da Europa ! 

    Quem usa esse argumento deve ser alguém que não entende patavina de negócios; é capaz de comprar carro usado como se fosse novo, ou, como se fez no metrô de São Paulo, aceitar trens-sucatas e reformá-los a um preço muito maior do que trem zero-quilômetro. 

    Explico: A Rússia, ao vender energia para fora, recebe bufunfa da boa, mais necessária para ela do que o gás guardado no subsolo. Só isso. 

    Se deixar de fornecer, deixará de receber, e seus clientes vão procurar outro fornecedor de energia. Quem sabe, uma tal de Petrobrás ? 

    Ao sobrar um tiquinho dessa bufunfa, a Rússia aplica nos títulos americanos, quem rendem pouquíssimo, mas pagam em dia. Se a Rússia puser todos esses títulos na praça, eles se desvalorizam bastante.

    Isto é um efeito antigo conhecido como “lei da oferta e da procura”. 

    Finalmente, lembro uma declaração do Ahmed Zahki Yamani (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ahmed_Yamani), para quem usa esses argumentos idiotas:

    “Ninguém ganha uma guerra prendendo a respiração.” 

    1. Você tem razão

      Mas existe um antiamericanismo tosco que já não sabe mais pra onde atirar.

      A gente só pode ajudar tentando fazer ver que isso é mico.

      1. Obrigado

         agora vejo pela mesma perspectiva de vcs e do obama

        http://pracadobocage.files.wordpress.com/2014/03/obama1.jpg?w=585

        sem  mico, isso aqui tá sempre na moda

        “já não sabe mais pra onde atirar.”

        tem que ser no mensageiro ?

        er no menssageiro ?

    2. Se deixar de fornecer,

      Se deixar de fornecer, deixará de receber, e seus clientes vão procurar outro fornecedor de energia. Quem sabe, uma tal de Petrobrás ? 

       

      Isto sim é uma asneira. A petrobrás está a milhares de quilometros de distância.

      Os russos podem sim suspender a fornecimento de gás e torniquetear os europeus.

      E os europeus sabem disso. Por isto aquela horrível imitação de Margareth Thatcher alemã já está blefando e esperneando.

       

    3. Pessoal confuso esses teleguiados

               O corte do fornecimento é consequência da tomada da grana russa(somente ameaça até a gora, claro), não  o contrário, senão já teria sido cortado, mas, a ideia é justamente essa, que acabe o fornecimento e com isso a influência russa sobre a europa, faz parte do plano do tio sam, os títulos são justamente o poder de retaliação da rússia aos americanos, e não o contrário,impressionate como esses “gênios” enxergam o mundo de cabeça pra baixo.

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