BCs podem apenas ganhar tempo, diz representante do BIS

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A política monetária pode ser utilizada apenas para ganhar tempo no gerenciamento de problemas estruturais em uma economia, e alterar uma postura frouxa tardiamente pode ser algo arriscado, segundo declarações do diretor-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Jaime Caruana, em um aceno ao Banco Central Europeu (BCE).
 
De acordo com informações da agência de notícias Reuters, Caruana disse ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung que não espera ver a deflação se instalar na Europa e que as expectativas de inflação estão bem ancoradas. “Com problemas estruturais, a política monetária pode apenas ganhar tempo”, disse. “Depois de sete anos com taxas de juros muito baixas, é realmente possível se perguntar se estes não são problemas estruturais, que não podem ser enfrentados com taxas de juros baixas”.
 
O Banco Central Europeu levou as taxas de juros para mínimas recordes, ao mesmo tempo em que lançou diversas medidas para injetar capital na economia da região, e prometeu adotar novas medidas para combater o risco de deflação;
 
O represenante do BIS ressaltou que, embora exista o risco de uma normalização antecipada da política monetária, os riscos de uma adoção tardia não são abordados. Segundo Cartana, a política monetária se torna menos eficaz com o passar do tempo, e os efeitos colaterais aumentam.

 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. A UE não tem desconfiometro

    A UE não tem desconfiometro para entender que a taxa de juros representa o uso do dinheiro no futuro.

    O baixo crescimento tem ligação com a taxa de juros de 0,50, tecnicamente um Calote no mercado. 

    BC é considerado incompetente quando não consegue conciliar juros altos e o jogo do dinheiro, pelas ilusões da consciência, deixando ele fugir do fluxo operacional desejado.

    Se não for levar nada de juros, qual a razão de centralizar o capitalismo para capitar riquezas que antes ja existiam, sem tirar proveito dos seus valores?…

    Privatização.

  2. sem emprego e sem que a

    sem emprego e sem que a economia gire o mínimo para que se mantenha esse emprego, o resto vira conversa meio sem sentido,né mesmo?

    iludível linguagem.

  3. BIS Sofre de fetiche por juros altos
    O blog do paul krugman vem sistematicamente desconstruindo esse blablabla do BIS.

    Estavam na primeira linha alarmando sobre uma hiperinflação que nunca veio. Depois começou um blablabla so instabilidade monetária. .. e agora, quando a europa caminhafull on para uma deflação estilo japonês (muito ruim) os caras vem com essa panfletagem.

    A verdade é que esses caras estão desde sempre exigindo mais juros. A justificativa muda ao sabor das evidencias … mas o remédio é incrivelmente o mesmo, sempre – i.e. juros.

    Segue o link do paul krugman pra quem quer aprofundar na discussão:

    http://mobile.nytimes.com/blogs/krugman/2014/05/13/unbalanced-in-basel/

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