O laboratório chinês Sinovac anunciou nesta sexta-feira (1º) que dobrou a capacidade de produção de sua vacina contra a Covid-19 para 2 bilhões de doses anuais. A vacina, batizada de CoronaVac, é um dos quatro imunizantes aprovados pelo governo chinês. Em estudos realizados no Brasil, o imunizante apresentou eficácia em torno de 50% para prevenir o contágio e 80% para evitar uma intervenção médica.
Em nota, a Sinovac especifica que concluiu uma terceira linha de produção, para que possa produzir 2 bilhões de doses por ano. Cada paciente precisa de duas doses. A Sinovac esclarece que já forneceu 200 milhões de doses para mais de 20 países, incluindo a China. O grupo afirma ter recebido autorização para comercializar o produto em mais de 30 países.
Na quarta-feira, especialistas da OMS disseram que as vacinas da Sinovac e da Sinopharm são seguras e eficazes contra a Covid-19, mas são necessários mais dados antes de recomendar seu uso. “Faltam dados no uso em idosos e pessoas que padecem de outras doenças”, estima o Grupo de Especialistas em Assessoria Estratégica em Imunização (SAGE) da Organização Mundial de Saúde.
Pressão internacional
Após declarações inesperadas do diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na terça-feira (30), alimentando a hipótese de que o coronavírus possa ter sido gerado em um acidente de laboratório, a China é mais uma vez o alvo da pressão internacional.
Nesta quarta-feira (1), cientistas e porta-vozes do governo se defenderam das críticas e lembraram que, em seu relatório publicado esta semana, os especialistas internacionais enviados a Wuhan pela OMS praticamente descartam essa possibilidade.
Na terça, Estados Unidos e 13 aliados expressaram conjuntamente preocupação com este relatório sobre a origem da Covid-19 e instaram a China a fornecer “acesso total” aos especialistas.
565 milhões de vacinados no mundo
Mais de 565 milhões de vacinas foram administradas em todo o mundo, de acordo com cálculos da AFP baseados em números oficiais, mas existe muita desigualdade entre os países. Hoje, as primeiras vacinas chegaram ao Iêmen, país devastado pela guerra e pela pobreza.
Os casos estão aumentando em lugares como a Faixa de Gaza, enclave palestino onde 1.000 novos casos de infecção por coronavírus foram registrados em 24 horas, um dos números mais altos desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde.
Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, a pandemia atrasou em mais de uma geração o tempo necessário para que a paridade entre homens e mulheres seja alcançada.
(Com informações da AFP)
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