Um soldado de Israel, acusado de destruir um bairro completo de palestinos civis na Faixa de Gaza, caiu na mira da Justiça brasileira, criou um imbróglio das relações diplomáticas entre o Brasil e Israel e incitou uma perseguição da extrema direita brasileira contra a advogada que denunciou o soldado.
Trata-se do militar israelense Yuval Vagdani, que decidiu passar as férias no Brasil com um grupo de amigos em dezembro passado. Por sua atuação em Gaza, ele foi acusado de participar da destruição de uma comunidade no corredor Netzarim, matando palestinos, em situação fora de combate.
Quando souberam de seu paradeiro, entidades internacionais entraram com um pedido de prisão e de investigação contra o soldado à Justiça brasileira, com base nos acordos que o Brasil tem de tratados internacionais, entre eles o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI).
A entidade que entrou com os pedidos na Justiça brasileira foi a Fundação Hind Rajab (HRF), entregando uma série de documentos e provas de que o soldado israelense cometeu crimes de guerra e teve a “intenção deliberada de causar prejuízos indiscriminados à população civil”.
Nas redes sociais, Vagdani expôs publicamente o seu desejo de destruição do povo palestino, clamando para que o exército israelense continuasse a “destruir e esmagar este lugar imundo”, ao se referir às áreas de ocupação palestina na Faixa de Gaza.
O militar soube do pedido de investigação e diligências da Polícia Federal do Brasil, por meio de uma mensagem diplomática de Israel, e fugiu, deixando o território brasileiro e retornando à Israel.
Mas a investigação da Justiça brasileira trouxe consequências, não só para a relação internacional entre os países, como também para a advogada envolvida.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel acionou a embaixada do Brasil para acompanhar o caso e determinou a “rápida e segura partida” do soldado militar do país.
Em nota, a embaixada de Israel afirmou que “está exercendo seu direito à autodefesa após o massacre brutal cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023” e que “os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos”.
Além disso, a advogada que assinou a petição de investigação que foi aceita pela Justiça do Distrito Federal, em plantão no dia 30 de dezembro, Maíra Pinheiro, membro da Fundação Hind Rajab (HRF), passou a sofrer grandes represálias e ameaças desde que o episódio veio à tona.
Nas redes sociais, a extrema-direita iniciou uma campanha de perseguição e ataques à advogada. Segundo reportagem do Uol, ela afirmou que chegou a receber mensagens com ameaças de morte contra ela e sua filha, e teve informações pessoais expostas.
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Parabéns a Advogada Maira Pinheiro pela coragem e competência de denunciar este criminoso psicopata e genocida. Este criminoso fugiu por que sabe que a nossa justiça não vai passar a mão na cabeça deste pilantra. Que fique o alerta para estes criminosos de guerra de Israel e seus simpatizantes no Brasil e qualquer lugar do Mundo! Um Viva para a corajosa Advogada Maira Pinheiro!
Jakelaine Boiola que expôs a advogada não passa de mais uma viúva do bostanaro.
Estaríamos revivendo a fuga de chacinadores , tal qual os assassinos nazistas da 2a guerra? Tipo, vai lá, diz que está de férias e vê se rastreiam.
Bastardos, fora daqui
Vendo a foto descontraída desse soldado sionista, não dá para avaliar a perversidade e maldade inerente aos integrantes do exército de Israel. Desde o início da ocupação e morte e expulsão dos palestinos. O que diria H. Arendt? Banalidade do mal? Cumprindo ordens superiores? Essas pessoas devem ser perseguidas e pressionadas em todos os países que ainda acreditam no direito internacional e na humanidade. Como os nazistas foram caçados anteriormente. Que a HRF continue seu trabalho.
Correta a decisão da juíza brasileira.
O crime de genocídio é prescrito pela legislação brasileira Lei no. 2.889, de 01/10/1956). É cediço que a competência nesses casos não se restringe a atos praticados dentro do território em que os crimes foram cometidos.
Além disso, o Brasil faz parte do TIP e tem obrigação de colaborar com as investigações realizadas naquele Tribunal internacional.
O soldado foi acusado do crime de genocídio praticado em Gaza. Ele deve responder pelos atos que cometeu. Ele poderia ser preso no Brasil e ser entregue às autoridades do Tribunal Internacional para ser interrogado e eventualmente liberado (ou não, porque de acordo com a gravidade dos fatos e dos indícios de autoria quem o julgará pode eventualmente mantê-lo sob custódia até o final do processo).
Os ataques feitos contra a juíza devem ser tratados com o rigor da Lei brasileira. Cidadãos brasileiros que participaram do terrorismo verbal podem e devem ser investigados, especialmente aqueles que sugeriram qualquer tipo de violência contra a pessoa dela. Cidadãos de outros países que participaram do episódio devem ser questionados antes de entrar no Brasil.
O episódio envolvendo o soldado é importante também porque cria um precedente que desencorajará o turismo dos criminosos de guerra israelenses no Brasil. Eles não são bem vindos e devem evitar macular nosso território com os pés deles sujos de sangue inocente.
“entenda”
Dona Patrícia, esse “entenda” e ordens do mesmo tipo são uma praga que se abateu sobre os redatores na imprensa de esquerda. Fuja disso!!!
Perfeitamente dispensável essa “ordem”. Só acrescenta antipatia à redação.