EUA: resposta a tiroteio no Texas é criticada pelo governo federal

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Departamento de Justiça aponta sucessão de falhas para conter tiroteio que matou 21 pessoas em escola primária em 2022

Robb Elementary School, na cidade de Uvalde, Texas – EUA. Foto: Don Holloway, via Wikipedia

A polícia da cidade de Uvalde, no Texas, foi alvo de duras críticas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos por conta da sucessão de falhas durante tiroteio em escola primária em 2022, que vitimou 19 crianças em idade escolar e dois professores.

Segundo o jornal The Washington Post, muitos dos detalhes da resposta falha da polícia já eram de conhecimento público, mas o relato federal é “o mais completo e detalhado de um dos piores tiroteios em escolas da história do país, e da resposta policial amplamente criticada”.

Além de criticar os comandantes da polícia local, o Departamento de Justiça federal criticou o uso da lei estadual texana ao apontar que os agentes agiram de forma desorganizada e confusa favorecendo a ação do atirador, que só foi interrompida 77 minutos após a invasão à escola.

“A falha mais significativa foi que os policiais que responderam deveriam ter reconhecido o incidente como uma situação de atirador ativo de forma imediata, com o uso dos recursos e equipamentos que fossem suficientes para avançar imediata e continuamente em direção à ameaça, até que a entrada nas salas de aula fosse feita”, afirma o documento.

“A liderança na aplicação da lei é absolutamente crítica, especialmente em momentos de desafios terríveis”, afirma o relatório. “Requer ação corajosa e firmeza em um ambiente caótico. … Esta liderança esteve ausente por muito tempo na resposta policial da Escola Primária Robb.”

Em linhas gerais, o documento concluiu que as autoridades locais não estavam preparadas para lidar com a crise ou com as exigências da época, não sendo capazes de manter a cena do crime livre de contaminação ou de fornecer informações precisas às famílias das vítimas, tanto que o processo de notificação dos óbitos foi considerado “desorganizado” e “caótico”.

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