Alegando “preferência” de grupos anti-PT, Justiça cancela ato com Lula na Paulista

Foto: Ricardo Stuckert

Jornal GGN – O Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu um pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para realizar um ato, com a presença de Lula, na Avenida Paulista, no dia 24 de janeiro. Na data, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região vai julgar o recurso do ex-presidente contra a condenação no caso triplex. Segundo a decisão, a “preferência” para ocupar a Paulista foi dada a grupos anti-PT, como MBL e Revoltados Online.

“No caso em pauta, a entidade impetrante comunicou aos órgãos competentes o intuito de realizar evento às 14h00, na avenida Paulista, 1578, na altura do Masp, com “carro de som de grande porte, falas políticas e ação cultural” (fls. 79). Todavia, há notícia de que uma outra entidade indicou intuito em promover manifestação de ideal antagônico no mesmo dia e local.”

“Não resta claro, na inicial, qual entidade protocolou primeiro o documento. Contudo, analisando a ata da reunião realizada junto à Policia Militar, tudo indica que a preferência é da outra manifestação.”
“De qualquer modo, não há prova de que a impetrante tenha marcado anteriormente sua manifestação, razão pela qual não restou evidenciado, ao menos nesta sede de cognição sumária, o direito liquido e certo alegado Antonio Augusto Galvão de França”, afirma o despacho [veja em anexo].
Em entrevista ao Estadão, o MBL comemorou a decisão e disse que a CUT tentava intimidar os movimentos contra Lula.
Já o presidente da CUT, Douglas Izzo, afirmou que a central vai respeitar a decisão. Ele ressaltou que os dois atos poderiam acontecer, porque os horários do MBL e CUT seriam diferentes. Além disso, confirmou que Lula irá participar do evento, que foi transferido para a região da República. “Isso (a decisão da Justiça) não vai influenciar na qualidade e na quantidade de nossa mobilização. Ao contrário, vai elevar o nível do nosso ato”, comentou.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Entidades
     

    Eu sei a entidade que protocolou primeiro seu pedido de manifestação

    Foi o Seu Tranca Ruas, um Exú de quimbanda, força ordenadora do caos, entidade do mal que ali se manifestará com a sua legião.

    Porque entidades do mal têm preferência!

     

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