Após pedir prisão de Joesley, Janot encontra advogado em boteco “casualmente”

Em resposta, Bottini indica que teria afortunadamente encontrado o autor do pedido de prisão de seu cliente no estabelecimento

Foto: Reprodução de arquivo pessoal divulgado por O Antagonista
Jornal GGN – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi flagrado encontrando-se com o advogado de Joesley Batista, Pierpaolo Bottini, fora da agenda oficial em um boteco em Brasília, na noite deste sábado.
O encontro foi registrado por fotografia por um frequentador do local e divulgado pelo site O Antagonista, que publicou que a conversa durou mais de 20 minutos e ambos teriam tomado o cuidado de “não chamar a atenção”, selecionando uma mesa no canto do estabelecimento, atrás de uma pilha de caixas de cerveja.
Janot portava óculos escuros e tentou manter a discrição.
O encontro casual de Janot com o advogado ocorreu momentos após o pedido de prisão feito pelo procurador-geral contra Joesley Batista. Pierpaolo Bottini foi quem assinou a petição protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), colocando o passaporte do investigado à disposição da Justiça.
Em resposta ao portal e à Folha, o advogado confirmou o encontro que teria ocorrido sem intenções ou planejamentos, mas de forma “casual”. O tom dado por Bottini é de que ele teria afortunadamente encontrado o autor do pedido de prisão de seu cliente no boteco: “Na minha última ida a Brasília este fim de semana, cruzei casualmente com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, num local público e frequentado da capital”, disse o advogado.
“Por uma questão de gentileza, nos cumprimentamos e trocamos algumas palavras, de forma cordial”, completou.
Segundo a defesa de Joesley Batista, eles não trataram de “qualquer questão outra ou afeita a temas jurídicos”. E que tal encontro, após o pedido de prisão e do dono da JBS, “foi uma demonstração de que as diferenças no campo judicial não devem extrapolar para a ausência de cordialidade no plano das relações pessoais”, confirmando assim a existência de uma relação “pessoal” do advogado com Janot.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

View Comments

  • Tudo inocente....casual

    Assim como os encontros de noite do Gilmar com Temer.

    Malas de dinheiro....helicóptero com drogas

    Mas, o que vale é que o triplex é do Lula....tem que ser do Lula!

  • "casualmente"

    È muita arrogância do golpista covarde Janot. Deve estar armando mais uma para se sair bem da merda que fez esta semana. Nem que seja dinheiro.

     

  • Surreal...

    Onde o Brasil foi parar...

    Podia ser mais simples...

    A justiça fazendo somente justiça!

    O judiciário é muito difícil!

    E em casos cruciais eles falham!

    Eles erram, mais que acertam!

    A culpa não pode ser de quem critica, é erro atrás de erro!

  • Interessante.

    O Janot não está bebendo nada. Não estou vendo nenhum copo. Foi no boteco só pra ver o movimento. 

    Se tivesse alguma legenda saindo dele seria "fala logo!"

    Os dois de braços cruzados, posição defensiva.

    De fato, um encontro casual!

  • Brasília é uma província.
    Brasília é uma província. Provavelmente só tem um boteco, daí a coincidência. O trambiqueiro geral da República só é culpado de gostar de cerveja de botequim. Se gostasse de poire esse mal entendido não ocorreria.

  •  Essa foto é uma foto pra

     Essa foto é uma foto pra posteridade .Retrata bem a degradação do sistema da  justiça do brasil. E sejamos justos, estou começando a pensar que, apesar de todas as sacangens do parlamento, este está muito poder podre ainda está muito aquém da imoralidade que permeia o judiciário. O gilmar , o moro e o jano que o diga.

  • Compliance. Espalhando o currículo.

    Os bandidos, como os ratos onde não existem gatos, perdem totalmente a vergonha e o receio de se expor.

    Pelo contrário, chega-se a um estagio em que competem entre sí para ver quem mais se expõem, desafiam a lei e a ordem, sem correr quaisquer riscos, quase numa provocação a sociedade, que a tudo assiste apalermada.

    A preocupação passa a ser a de se expor cada vez mais, desafiando os outros competidores. 

    - Gilmar com Temer a noite.

    - Moro condenando mediante depoimento de bandidos.

    - Delagnoll e o power pointe, que nda diz.

    - Miller advogando para o réu sem quarentena.

    E agora isso. como se fosse possível uma figura pública se reunir publicamente sem ser visto, como se não vivessemos na era dos celulares com cameras e redes socias. Não é crível que pensem que estamos nos tempos do lambe-lambe e transmissão de dados por código morse envio de fotos pelos correios a cavalo. 

    Isso tem um propósito, qual seja; A exibição de musculatura entre bandidos. A exibição do "Cartão de visitas" a clientes potenciais.

    Quem sabe daqui a 2, 3 meses Janot não venha a advogar para a JBS, como fez ou Antonio Francisco o outro "procurado" para Livrar DD do mensalão.

     

     

  • química da coisa...

    quando duas substâncias se encontram e não ocorre reação, não há transformação

    é por isso que não resolvem nada, não combatem nada, mas levam tudo a sério

    principalmente o STF.........................desgraçado o país que tem um STF como o nosso

     

  • Logo no início desse

    Logo no início desse processo, falei que temia que se a população brasileira não tivesse cuidado, chegaria o momento em que a saída seria um paradoxo: chamar o exército. Disse, querendo estar errada. Porém parece que não tarda. Que instituição poderia chamar à razão a Justiça; sanear o Congresso, convocando novas eleições e destituir Temer de onde ele nunca deveria ter estado? Que instituição poderia defender o patrimônio nacional das privatizações? Que instituição poderia colocar a mídia no seu devido lugar? Eu sei, o povo. Mas cadê o povo?

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