Desembargador que votou a favor de interesses de Flávio Bolsonaro está na mira do CNJ

Paulo Rangel foi o único a votar tanto a favor do habeas corpus de Flávio Bolsonaro, como também pela anulação da decisão da Justiça do Rio que prendeu Queiroz

Jornal GGN – Em julgamento inicialmente a portas fechadas para a imprensa e com um dos desembargadores sob suspeita, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu o Habeas Corpus a Flávio Bolsonaro, na tarde desta quinta-feira (25). Agora, a investigação do esquema de “rachadinhas” irá para a segunda instância, como queria o primogênito do presidente.

A decisão dependeu de 3 desembargadores, que integram a Câmara Criminal do TJ-RJ. E somente Paulo Rangel votou tanto a favor do habeas corpus de Flávio Bolsonaro, como também pela anulação das decisões tomadas pela Justiça do Rio, que resultaram na prisão de Fabrício Queiroz.

A relatora, Suimei Cavalieri, não queria atender ao recurso solicitado por Flávio, mas bastou o voto da desembargadora Mônica Toledo para formar a maioria, juntamente com Rangel, a favor do habeas corpus do senador.

O polêmico julgamento, o primeiro que concedeu uma vitória a Flávio Bolsonaro na Justiça contra o andamento das investigações de “rachadinha” em seu gabinete, quando era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio, passou por duas controversas medidas ao longo do dia: o impedimento de jornalistas acompanharem, ao vivo, a sessão com os votos dos desembargadores e o histórico do desembargador que deu apoio absoluto aos interesses de Flávio Bolsonaro na votação de hoje.

Paulo Rangel está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde maio, por ter formado sociedade em uma corretora de seguros com o empresário Leandro de Souza, preso pela Polícia Federal no dia 14 de maio, no esquema de corrupção de licitações na área de saúde do governo de Wilson Witzel. Souza foi acusado de pagamentos superfaturados na Saúde do Rio, por meio do Instituto DataRio, que administra Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

No dia 18 de maio, o corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, instaurou uma apuração da conduta do desembargador do TJ-RJ. O magistrado que hoje apoiou todos os pedidos da defesa de Flávio Bolsonaro comprou uma parte da correta de seguros de Souza. Ele foi intimado a prestar depoimentos, mas ocorreu a prisão de seu então sócio, Rangel vendeu a participação minoritária que detinha na corretora de Leandro.

 

Redação

6 Comentários

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  1. Não se surpreendam se começar a aparecer corretoras de seguro de automóveis, por exemplo, metidas em construção ilegal de imóveis…

    tudo tão às claras que a gente fica com a impressão de que ninguém fez o acompanhamento das contratações

    mesmo esquema de Terê, com farmácias fornecendo materiais para construção

  2. Nassif: nesse Quartel chamado Pindorama, Pizza já era. Agora, tudo leva ao samba. Tome lá, que “Amigos É Prá Essas Coisas” —
    …………………………………….
    Pois é
    Pra frente é que se anda
    …………………………………….
    Minha memória é fogo
    E o L’argent?
    Defendo algum no jogo
    …………………………………….
    Tá (Tome um cabral)
    Sua amizade basta
    Pode faltar
    O apreço não tem preço
    Eu vivo ao Deus dará
    …………………………………..
    (https://www.youtube.com/watch?v=HO7Dx4ziU_o)

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