Executivo da Odebrecht é preso na Suíça

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Fernando Migliaccio, executivo da Construtora Norberto Odebrecht, está preso na Suíça desde a última quarta-feira (17). Em documento enviado à Polícia Federal brasileira, o Departamento Federal de Justiça e Polícia suíço comunicou hoje (23) que a prisão de Migliaccio ocorreu por determinação do Ministério Público Federal do país europeu. Os motivos da detenção não foram informados. Migliaccio também está com prisão decretada para ser executada na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagada ontem (22).

A construtora Odebrecht é alvo de investigação autônoma das autoridades suíças e também, no Brasil, da Operação Lava Jato. O juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Lava Jato na primeira instância, expediu ordem de prisão contra Migliaccio no dia 11.

O executivo é suspeito de controlar contas de empresas offshore ligadas à Odebrecht que seriam usadas, segundo a força-tarefa da Lava Jato, para intermediar pagamentos ilícitos ao marqueteiro João Santana. Ontem, quando foi deflagrada a 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, agentes da PF estiveram em dois endereços de Migliaccio e não o encontraram.

Outro que teve pedido de prisão decretado na nova fase da Lava Jato, o diretor-presidente da construtora Odebrecht Benedicto, Barbosa da Silva Junior, entregou-se à Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro no final da tarde de ontem e foi transferido para a sede da PF na capital paranaense.

Estão também presos em função da 23ª fase da Lava Jato o marqueteiro de campanhas eleitorais do PT João Santana e a esposa, Monica Moura, que chegaram hoje ao Brasil; o engenheiro Zwi Skornicki, apontado como operador do esquema; Vinícius Veiga Borin, administrador de uma consultoria financeira ligada à offshore da Odebrecht e a funcionária da construtora Maria Lúcia Guimarães Tavares. Com exceção Zwi Skornicki, que foi preso preventivamente, os demais foram detidos temporariamente e devem ficar presos por cinco dias.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

7 Comentários

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  1. Ele foi preso na Suíça por
    Ele foi preso na Suíça por causa de um pedido do Ministério Público da Suíça.
    Que tal dar um tempo nas teorias conspiratórias de perseguição política e ponderar que a Odebrecht realmente pode ter a corrupção como modo operacional?

    1. Claro; eu sei disso desde

      Claro; eu sei disso desde criança. O problema é que o sistema judicial inteiro não viu isso antes e nem verá depois, como está prometendo Aécio Neves em Brasília. 

      Vejamos o que vai acontecer após o golpe; quantas panelas baterão após a volta da normalidade prometida por Aécio aos empresários.

    2. Que tal vc “ponderar” que a Odebrecht existe desde 1944?

      E que o modo operacional dela é disseminado pelo mundo afora?

      Assim como praticamente todas as empreiteiras nacionais e as multinacionais, aliás de qualquer ramo?

      E que não foi um partido operário que as inventou (e mal explora), muito menos seu “modo operacional”?

      E que elas estavam por aí desde pelo menos a construção de Brasília, Furnas, etc., quando aprenderam com as estrangeiras sobre o modo operacional a ponto de competir com elas lá fora?

      Ou vc acha que a Suiça nunca guardou dinheirinho sujo em contas herméticas (para não feder)?

      Enfim, o pior problema da burrice torcedora ou ma fé é olhar só um lado de uma esfera.

      E pensar que é um disco…

       

  2. Muito estranha esta

    Muito estranha esta perseguição contra a construtora Norberto Odebrecht, sem dúvida, uma das organizações que mais contribuíram para o desenvolvimento do Brasil em todos os tempos. Odebrecht, ficará; Moro passará.

  3. Muito estranha esta

    Muito estranha esta perseguição contra a construtora Norberto Odebrecht, sem dúvida, uma das organizações que mais contribuíram para o desenvolvimento do Brasil em todos os tempos. Odebrecht, ficará; Moro passará.

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