Marco Aurélio Mello pede que Supremo julgue mandado de segurança pelo impeachment de Temer

Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello pediu que a presidente Cármen Lúcia insira na pauta o mandado de segurança pela abertura de processo de impeachment contra Michel Temer, parado na Corte desde maio. 

Na semana passada, Mello cobrou explicações da Câmara sobre o motivo de uma comissão especial para analisar a responsabilidade de Temer na assinatura de decretos de créditos suplementares – semelhantes aos que levaram ao afastamento de Dilma Rousseff – ainda não ter sido instalada, conforme determinado pelo magistrado em decisão liminar.

O presidente da Casa, Rodrigo Maia, respondeu que, pelo “peso institucional”, seria melhor que o plenário do Supremo tivesse um posicionamento sobre isso.

Segundo informações de O Globo, Marco Aurélio encaminhou a resposta à Cármen Lúcia, e avaliou que há um “esvaziamento do primado do Judiciário”, pois, para alguns, a decisão judicial de um único ministro não mais “personifica o Supremo”. Neste caso aliás, o plenário nem deveria ser provocado a deliberar sobre o que foi decidido em liminar. Por isso, o que Mello pede que seja colocado em pauta é o pedido para forçar a Câmara a instaurar o impeachment.

O mandado de segurança foi impetrado pelo advogado Mariel Márley Marra. “Relator, Marco Aurélio deu a liminar por falha formal na condução do processo. O ministro ressaltou na ocasião que não analisou qualquer suposta prova contra Temer e defendeu apenas que o assunto tinha de ser submetido a uma comissão especial.”

Eduardo Cunha chegou a pedir aos líderes dos partidos para que indicassem os nomes dos deputados que deveriam compor a comissão, mas até hoje os aliados de Temer não fizeram as indicações.

Segundo o jornal, o Supremo deve entrar em recesso antes de decidir sobre isso, ou seja, é mais um tema para 2017.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Nassif, entre em contato com

    Nassif, entre em contato com os demais blogueiros progressistas e veículos de mídia livres e tentem iniciar uma onda pelo "anula STF", de maneira conjunta. Sugeriria uma matéria do tipo: "onda pela anulação do impeachment cresce no país". Há esse poder de ajudar a gerar os fatos pela imprensa, você sabe. Uma ação conjunta desse tipo pode ser o início de uma onda nessa reta final de ano. A conjuntura existe, com a aprovação da PEC. Saudações.

  • Ele vai ficar enrolando até o

    Ele vai ficar enrolando até o começo do próximo ano, para que então só possa haver eleição indireta e então os conspiradores possam eleger como presidente quem eles quiserem. E mais uma vez eu me pergunto porquê vocês só ficam assistindo ao invés de fazerem algo concreto, é o país de vocês que está sendo retalhado e vendido pelo menor preço.

  • O Ministro Voto Vencido

    Marco Aurélio involuiu de ministro voto vencido para ministro ignorado. Tomou toco de Renan, uma raposa velha. Agora tomou toco de um insignificante Rodriguinho Maia.

  • MAM devolvendo a bola aos golpistas

    Se Temer por um segundo tivesse se comportado como Itamar, eu não desejaria outro impeachment, pois é um processo desgastante para o Pais, mas sendo Temer quem é, acho bem merecido. Alias, esse "impeachment" jamais chegaria a termo, seja porque Temer caira antes, seja porque encontrarão uma saida com o pernostico sentado na cadeira presidencial, mas sem o cetro para mandar.

  • Recado

    Nassif: gosto desse ministro porque ele é um sonhador. Desse julgadores que não se importa de ser nem bom, nem mau; apenas justo em seus juizos de valor, independente de quem desagrade ou agrade. Por isto o Justiceiro de Diamantino queria seu emparedamento. Ele não faz parte da Corte do "Ferrari", aqueles 6 que ele garantiu assegurariam o trancamento da Farsa Jato, tão logo fosse deposto o governo anterior.

    E quando digo ser ele um "sonhador", relembro de sua insistência, seja na Casa daqueles 2/3 de bandidos, seja na outra, onde "Justiça" por pouco não mandou que o Meirinho invertesse a ordem e desse voz de prisão ao ministro por atrapalhar o andamento da farra do boi, patrocinada pelo Informante do Jaburu e sua turpe.

    E com essa agora de querer que a do Convento ponha na pauta de julgamento essa questão do bota-fora do governo anterior fico receoso que isto lhe custe o emprego. Porque, do geito que as coisas têm andado naquela Corte Mor de Suplicação Constitucional, não estranharia fosse ele dispensado por justa causa, sem direito a seguro desemprego nem levantamento do FGTS. É só "Caranguejo" dar o salve e ele vira ex. Sim, porque não é pelo fato de estar o meliante trancafiado em confortáveis dependências (lembra Pablo Escobar?) que as coisas tamariam outro rumo. Pense comigo ---os "comandantes" do PCC ou CV deixaram de conduzir seus negócios, mesmo em cana de segurança máxima? Não podemos esquecer que "Caju", "Angorá", "Botafogo" "Primo", "Babel" e "MT" (só prá lembrar uns maiorais) estão livres, leves e soltinhos da silva.

    O interessante é que estão todos imaginando que em 2017 as coisas serão diferentes. Que a Justiça, nesse particular, vai a lugar algum. O caso ficará para as Calendas Gregas, com pompas e circunstâncias.

    E você que tem mais voz que nós da rés-do-chão recomende que o ministro se cuide. Diga a ele que não esqueça o xilindró para onde possivelmente devem mandar o Nove Dedos (dizem, antes da Noite Santa) tem só 1,5 x 3m. Seriam instalações incômodas e apertada para dois.

  • Está cada vez mais difícil exercer a Monocracia

    Os Magistrados estão desengavetando os processos contra os réus que pisam nos seus calos.

    A vingança judicial. Mas está em voga, também, a vingança legislativa.

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