Categories: Justiça

Os juízes e o CNJ

Por Ricardo

Efeitos do CNJ, em matéria interessante do Diário de Mogi.

“Juízes apontam excessos do CNJ”

São Paulo

Criado em 2004 pela emenda constitucional 45, sob festejada expectativa de que suas ações colocariam fim a abusos e privilégios dos tribunais, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) experimenta um ciclo de censuras e desconfianças de juristas, procuradores e até advogados. A desaprovação também vem de setores da magistratura. Apontam-se excessos do colegiado, que tem a missão precípua de exercer o controle administrativo do Judiciário.

Resoluções do CNJ, como a que obriga os juízes a informarem sobre grampos telefônicos por eles autorizados e também acerca das prisões que ordenaram, são medidas que estariam asfixiando o cotidiano de juízes. (…)”

Por OREIASECA

Como juiz federal estou asfixiado. Chego no trabalho às 07 da manhã e não saio antes das 20 horas, com intervalo de apenas uma hora para pegar criança na escola e almoçar. Tenho sob minha responsabilidade mais de 7.000 processos e jurisdição em todo o Estado. TODOS OS DIAS TENHO QUE MANEJAR PESSOALMENTE os seguintes cadastros: INFOSEG, CADASTRO DE BENS APREENDIDOS, CADASTRO DE IMPROBIDADE, RPV, PRECATÓRIOS, CADASTRO DE INTERCEPTAÇÕES, BACENJUD, INFOJUD, RENAJUD. Estou perdendo UM TERÇO do tempo administrando as ESTATÍSTICAS COBRADAS pelo CNJ. ESTOU FICANDO SEM TEMPO PARA AUDIÊNCIAS E PARA DECIDIR.

Por Gilmar Crestani

Nassif, não dá para confundir a instituição CNJ com o momento atual em decorrência do papel desempenho pelo Ministro Presidente da ocasião. Dificilmente passará por aquela casa alguém sequer parecido com Gilmar Mendes, para felicidade da sociedade em geral e da magistratura de primeiro e segundo graus em particular.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Se acrescente agora a
    Se acrescente agora a esdúxula criação de um corpo de advogados voluntários, preenchendo um vazio fruto da omissão estatal que não aparelha devidamente as defensorias públicas.

  • Nassif, não dá para confundir
    Nassif, não dá para confundir a instituição CNJ com o momento atual em decorrência do papel desempenho pelo Ministro Presidente da ocasião. Dificilmente passará por aquela casa alguém sequer parecido com Gilmar Mendes, para felicidade da sociedade em geral e da magistratura de primeiro e segundo graus em particular.

  • Como juiz federal estou
    Como juiz federal estou asfixiado. Chego no trabalho às 07 da manhã e não saio antes das 20 horas, com intervalo de apenas uma hora para pegar criança na escola e almoçar. Tenho sob minha responsabilidade mais de 7.000 processos e jurisdição em todo o Estado. TODOS OS DIAS TENHO QUE MANEJAR PESSOALMENTE os seguintes cadastros: INFOSEG, CADASTRO DE BENS APREENDIDOS, CADASTRO DE IMPROBIDADE, RPV, PRECATÓRIOS, CADASTRO DE INTERCEPTAÇÕES, BACENJUD, INFOJUD, RENAJUD. Estou perdendo UM TERÇO do tempo administrando as ESTATÍSTICAS COBRADAS pelo CNJ. ESTOU FICANDO SEM TEMPO PARA AUDIÊNCIAS E PARA DECIDIR.

  • Uma razoável parcela de nós,
    Uma razoável parcela de nós, o povo brasileiro, possui o péssimo hábito de esticar ao máximo qualquer pouco poder que lhe é concedido. Isso dito do porteiro ao presidente da república, do contínuo ao presidente da empresa. Sempre que possível, essa parcela gosta de demonstrar o quanto é poderosa. Óbvio que uma grande demonstração de poder é impedir o acesso de alguém a algo que possui direito. Deferir pode significar prestígio mas não é mostra de força, indeferir sim (uma gargalhada na cara do sujeito indeferido é ainda um nível acima). Outro exemplo de grande poder é contrariar uma imensa porção da população, algo como o que o Chaves e o Morales vem bem fazendo em seus países, pouco se lixando para os divergentes, mesmo que em grande número. Pois bem, tanto o supreminho tribunalzinho federalzinho (o essetêfê), como o CNJ (cênêjota), não por acaso ambos presididos pelo gilmarzinho, nos dão excelentes exemplos de como lidar mal com poderes concedidos. Não é que não consigam evitar extrapolá-los por um consciente excesso de zelo, o mal maior é que sequer tem ciência da extrapolação. Acreditam que são mais poderosos do que realmente são. Egolatria (ou egolatrina) pura.

  • Nassif. O Jornal ATARDE
    Nassif. O Jornal ATARDE online traz o video "DEPUTADOS PAULISTAS APROVAM CENSURA AO NOTICIÁRIO POLICIAL".
    O projeto seria pouco detalhado e a regulamentação será feita pelo EXECUTIVO PAULISTA. Pelo Serra, portanto.
    O que esperar disso, senão mais uma operação "abafa" para os problemas que ocorram em SP?
    Imagino se fosse uma iniciativa do Governo Federal, qual já teria sido a reação da mídia?
    O UOL, TERRA, IG até agora não noticiaram nada. Há um silêncio sepulcral.
    Chega ao ponto a OAB SP se manifestar contrária.
    Afinal SP não está, ainda, separada do restante do Brasil e não poderia legislar sobre algo que afete o processo penal.
    iNICIATIVA DESSE PORTE ESTARIA NA ESFERA FEDERAL.
    Ademais, CENSURA CABE EM SP?

  • Nassif, perdão por mudar de
    Nassif, perdão por mudar de assunto, mas num post vc diz que estamos em uma espiral que ameaça se tornar uma depressão econômica. Noutro, diz que o poço não é tão fundo e o Brasil tende a se descolar um pouco do cenário recessivo mundial.

    A economia global está em uma crise braba. O Brasil está conseguindo se deslocar dessa crise.

  • No globo de hoje: O carnaval
    No globo de hoje: O carnaval da Justiça Fderal no RIo antes: Na sexta já é feriado. Será que voltam antes de segunda dia 2?

  • Sob a direção de Gilmar,
    Sob a direção de Gilmar, temos um Judiciário Plutocrata. Os magistrados e promotores deveriam agir para que seja respeitada a Constituição: Título II, Capítulo I, Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...

  • Ora, um CNJ formado por
    Ora, um CNJ formado por membros da magistratura para fiscalizar a própria magistratura é evidente que não funciona. O que se defende é o controle externo, pura e simplesmente.

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