Suspeito de envolvimento na morte de Marielle é preso no Rio

Marielle foi morta em 14 de março, mas até agora o caso não foi esclarecido e as investigações caminham devagar (JORGE HELY/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS)

da Rede Brasil Atual

Suspeito de envolvimento na morte de Marielle é preso no Rio

Policiais civis prenderam dois homens ligados à milícia do ex-policial militar Orlando da Curicica, que está preso no Rio Grande do Norte

por Redação RBA

São Paulo – A Delegacia de Homicídios da Capital do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta terça-feira (24) o ex-policial militar Alan de Morais Nogueira, conhecido como Cachorro Louco, suspeito de ter participação no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março.

Com ele foi detido ainda o ex-bombeiro Luis Cláudio Ferreira Barbosa. Eles são suspeitos de integrar quadrilha de milicianos organizada pelo ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, que teria mandado matar a vereadora. As informações são do jornal O Globo.

A prisão deles, porém, ocorreu por envolvimento no assassinato de outras duas pessoas. Segundo relato da mesma testemunha que acusou Cachorro Louco de envolvimento na morte de Marielle, ele e Nogueira teriam sido executores do policial militar José Ricardo da Silva, que trabalhava no 5º Batalhão de Policiamento Militar (BPM), na Praça da Harmonia, do ex-PM Rodrigo Severo Gonçalves. De acordo com as investigações, ambos faziam parte da milícia e estavam tramando trair Orlando.

As prisões foram determinadas pela Vara Única de Guapimirim e atingem também Orlando, que já está detido na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele é apontado como mandante dos crimes. Agora, a estratégia dos investigadores é desarticular o bando de Orlando da Curicica para esclarecer o assassinato de Marielle. Os investigadores esperam que Cachorro Louco ajude a elucidar o crime.

Em seu depoimento, a testemunha disse que escutou Orlando e o vereador Marcello Siciliano (PHS), outro suspeito de envolvimento no caso, conversando em um restaurante no bairro do Recreio, em junho do ano passado. “Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando”, teria dito Siciliano. “Precisamos resolver isso logo”, completou.

Marielle foi morta a tiros em uma emboscada, quando deixava o evento Jovens Negras Movendo Estruturas, na Casa das Pretas, no bairro da Lapa, na região central do Rio. O motorista Anderson Pedro Gomes também foi atingido pelos disparos e morreu. Uma assessora da vereadora, que também estava no carro alvejado, sobreviveu ao ataque com ferimentos leves.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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